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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

MinC aposta tudo na economia criativa

Misto de planejamento para os próximos anos e estruturação da pasta, o Plano da Secretaria de Economia Criativa foi divulgado na última segunda-feira. Nele, definições e direcionamentos para os anos 2011-20

A Secretaria da Economia Criativa do Ministério da Cultura é dirigida pela professora cearense Cláudia Leitão (ALEX COSTA, EM 11/05/2006)

A Secretaria da Economia Criativa do Ministério da Cultura é dirigida pela professora cearense Cláudia Leitão (ALEX COSTA, EM 11/05/2006)

Não há números nem estatísticas sistematizadas sobre o setor da economia criativa no Brasil. Por mais que esse nicho de mercado ainda não acompanhe a estruturação de outros setores, mundo afora, estamos, nós falantes do português brasileiro, ainda mais atrasados. Isso de acordo com o Plano da Secretaria da Economia Criativa, divulgado na última segunda-feira e lançado um pouco antes, na sexta, 23. Misto de estruturação e plano de ações para os anos 2011-2014, o plano está sendo apontado como o documento mais importante feito pela gestão de Ana de Hollanda, iniciada em janeiro desde ano.

Segundo Cláudia Leitão, titular da pasta, o trabalho vinha sendo desenvolvido desde abril, com profissionais das mais diversas áreas, dos ministérios, agências de fomento, instituições internacionais, sistema S (Sesc, Senac), universidades, segmentos criativos, entre outros. A secretaria, apesar de criada, ainda não foi institucionalizada, mas se configura como ponto essencial para o Governo Federal como um todo – tendo a presidente Dilma afirmado sobre a importância da sistematização da economia da cultura.

Na ocasião do lançamento, na Casa Rui Barbosa, no Rio de Janeiro, dentro do 2º Seminário Internacional de Políticas Culturais, Cláudia Leitão anunciou também que até o final do ano estarão em funcionamento cinco projetos-piloto do Criativa Birô, escritório para apoio ao empreendedor criativo, com assessoria jurídica, de comunicação, linhas de crédito e formação profissional. Está sendo levantado, ainda, o material relativo à construção da Convenção da Diversidade Cultural brasileira, “não só como patrimônio, mas como recurso econômico”, declarou à imprensa.

“Porque nós não temos metodologia, não temos números confiáveis, não temos números dos estados comparáveis com outros países da América Latina”. De acordo com a secretária, isso faz com que o Brasil não apareça como exportador de serviços criativos, nem tenha dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) dessa economia, que está crescendo a taxas de 4% a 6% em todo o mundo. “O que prova que ela tem uma sustentabilidade, não polui, trabalha mais com a abundância do que com a escassez, é uma economia cooperativa, é desconcentradora”, completou.

No plano, o termo Economia Criativa é definido. No decorrer do documento de 148 páginas, que pode ser encontrado no endereço http://bit.ly/rtsyjT, a discussão versa sobre as necessidades dos setores criativos, apontando os desafios da área. Segundo o texto, inspirado em ideias de Celso Furtado (que foi ministro da Cultura entre 1986 a 1988), os setores criativos “são todos aqueles cujas atividades produtivas têm como processo principal um ato criativo gerador de valor simbólico, elemento central da formação do preço, e que resulta em produção de riqueza cultural e econômica”. (com as agências)


SERVIÇO: GT ECONOMIA VIVA
O quê: Bate-papo virtual com intuito de debater o Plano da Secretaria da Economia Criativa.
Quando: Hoje, às 20h.
Como participar: O link direto será disponibilizado pelo perfil de Andrea Saraiva na rede social Twitter (@andreasaraiva), a partir das 18h.
Participantes: Além de Andrea Saraiva, que foi implementadora da ação Economia Viva no Minc, participam ainda Taciana Portela, ex-chefe da Regional do MinC no Nordeste, e Liduína Lins, ex-consultora do MinC Nordeste.



Saiba mais

O Plano traz ainda diversos textos de especialistas, como Lia Calabre (A problemática do desenvolvimento dentro do campo de construção de políticas culturais), Ana Carla Fonseca (Economia Criativa: um novo olhar sobre o que faz a diferença) e Humberto Cunha (O Ponteiro da Bússola), entre outros.
Júlia Lopes

julialopes@opovo.com.br

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Um encontro pra não perder

MH2O e Coordenadoria de Juventude do Governo do Ceará buscam entendimento

A reunião aconteceu no gabinete do governador e representou um esforço conjunto para buscar o entendimento e repactuar as relações. Durante o encontro, Lideranças do MH2O/Dias de Luta apresentaram as seguintes propostas de ajustes na condução da Coordenadoria e na Política de Juventude do Estado:

1. Montagem de um grupo de trabalho com organizações e movimentos de juventude e agentes do poder público (responsáveis por ações de juventude nas secretarias e órgãos do Governo) para pensar estrategicamente a politica de juventude do Ceará;

2. Montagem de uma agenda de trabalho nas secretarias para o desenvolvimento de ações (inclusive intersetoriais) de juventude;

3. A chancela da Coordenadoria para algumas tecnologias sociais para facilitar e dar celeridade á tramitação junto ao governo a fim de aproximá-las de politicas públicas;

4. Organização do fórum de gestores de politicas públicas do Ceará;

5. Desenvolvimento de um programa de empreendedorismo criativo para a juventude cearense com financiamento de empreendimentos de jovens e disponibilização de crédito;

6. Democratização das relações institucionais da Coordenadoria de juventude com o fim das relações privilegiadas com alguns grupos;

7. Transparência nas contratações de consultorias e serviços para as Conferências;

8. Protagonismo da Coordenadoria de Juventude nas ações envolvendo Crack e violência juvenil no estado (realização de estudos, seminários, diálogos e projetos relacionados com o tema);

9. Fim da dependência das politicas públicas federais (a exemplo do Projovem) e elaboração de um conjunto de estratégias e ações em resposta as grandes demandas da juventude de nosso estado, que apoiadas na experiência e qualidade dos movimentos e organizações locais, possibilitem a geração de uma marca cearense para as PPJs do Governo do Ceará;

10. Realização de consulta pública ás juventudes do estado para saber quais suas prioridades e principais demandas;

11. Eleição direta para o Conselho Estadual de Juventude;

12. Campanha da Coordenadoria de Juventude do Governo do estado para coibir o desrespeito dos programas policiais sensacionalistas de televisão contra os jovens da periferia e a exposição dos usuários de crack e outras drogas para efeito de audiência por esses programas e emissoras;

13. Prestação de contas pública sobre os resultados da última conferência estadual de juventude.

Após quatro meses de fortes críticas feitas por referenciais do MH2O/Dias de Luta à condução do órgão governamental, essa é uma perspectiva concreta de normalização das relações. Principalmente devido ao Movimento reconhecer o compromisso do Governo Cid em relação aos jovens e limitar suas divergências ao modo como a Coordenadoria tem sido conduzida até então.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Defesa do retorno do “Cred-Cultura”


O Cred Jovem é sem dúvidas um grande programa e o maior e mais completo do gênero no Brasil. E o mérito da Prefeitura de Fortaleza (Secretaria de Desenvolvimento Econômico-SDE e Coordenadoria Municipal de Juventude) deve ser reconhecido. Porém, ter desativado o Cred Cultura que era a versão do Cred-Jovem específica para a área cultural, foi uma perda. E atualmente, para as pretensões da Economia Criativa em Fortaleza seria muito bom poder contar com o Cred-Cultura como elemento de fomento ao empreendedorismo juvenil no Âmbito da Economia Criativa.

domingo, 18 de setembro de 2011

Trabalhador Criativo e Empreendedor Criativo:

 
Diferenças, semelhanças e desafios.
*Por Johnson Sales

O Trabalhador Criativo, geralmente não consegue apreender todo o conteúdo de sua produção: Sites de busca, redes sociais, blogs, empresas de internet, de comunicação e de telefonia entre outras, apoderam-se do fluxo de informação gerado por seus usuários, que produzem, copiam, colam, sistematizam, adequam e compartilham conteúdos de forma colaborativa e na maioria das vezes, gratuita. 

Para muitos, a flexibilização do direito autoral e das patentes da produção criativa, aliados á livre produção colaborativa e á circulação gratuita de produtos e serviços, são tratadas como campo de militância e opção ideológica e como adesão a uma espécie de socialismo baseado em redes.

Mas se por um lado, a economia criativa possibilita o rompimento com a avareza e o liberalismo, aspectos clássicos do capitalismo. Por outro lado, se os Trabalhadores Criativos atuarem de forma desatenta em relação á voracidade e oportunismo do mercado e á regras básicas econômicas; terminarão por fortalecer e financiar as atividades de capitalistas que montam seus negócios e baseiam seus lucros na expropriação dos direitos autorais e patentes da produção criativa. 

Abrir mão indiscriminadamente dos direitos patrimoniais dos produtos e serviços criativos, pode significar o financiamento involuntário de atividades capitalistas predatórias no âmbito da economia criativa; e torná-la tão concentradora, opressora e injusta quanto a economia capitalista convencional. Isso, é claro, dificulta e pode até impedir o desenvolvimento de uma atividade econômica sustentável (no sentido mais amplo) para o setor.

Portanto, um dos grandes, senão o maior, desafio para os Trabalhadores Criativos é encontrar o equilíbrio entre a distribuição gratuita de produtos e serviços de forma não capitalista, por meio de atividades solidárias, colaborativas e cooperativas e o desenvolvimento de um setor econômico baseado na inovação e na criatividade, que consiga praticar Comércio Justo, Economia Solidária, Responsabilidade Social Empresarial e promover a Inclusão Economia e o Desenvolvimento Local Endógeno

É nesse contexto que se insere o Empreendedor Criativo.

O Empreendedor Criativo se diferencia do simples Trabalhador Criativo por apresentar qualidades e capacidades que o possibilitam acessar a parte lucrativa do mercado, e usufruir do valor econômico da sua produção de forma mais organizada e eficiente. O Empreendedor Criativo milita na economia fazendo de suas atividades produtivas e comerciais uma extensão de sua concepção de mundo e de seu posicionamento ideológico.

O Empreendedor Criativo é também um Empreendedor Social.

Um empreendedor social é um "indivíduo com experiência na área social, desenvolvimento comunitário ou de negócios, que persegue uma visão de empoderamento econômico através da criação de empreendimentos sociais voltados para prover oportunidades àqueles que estão à margem ou fora da economia de um país". (Jed Emerson e Fay Twersky, editores do livro "New Social Entrepreneurs: the success, challenge and lessons of Non-Profit Enterprise creation" (The Roberts Foundation, São Francisco, 1996).

Empreendedores sociais têm características semelhantes aos empreendedores de negócios. Porém, diferem-se por priorizar a maximização dos retornos sociais ao invés da maximização do lucro. Empreendedores sociais são executivos do setor sem fins lucrativos que prestam maior atenção às forças do mercado sem perder de vista suas missões (sociais).

O Empreendedor Criativo desenvolve ideias originais e inovadoras e empreende baseado na criatividade, equilibrando sustentabilidade e impacto social positivo. Pode atuar tanto no setor sem fins lucrativos quanto no mercado, sempre pautando sua atuação por valores sociais, ambientais, culturais e ideológicos que ajudam a construir a Economia Criativa como alternativa á economia capitalista tradicional.


*Johnson Sales é Consultor em Economia Criativa e Advocacy da Embaixada Social, Conselheiro Administrativo dos Centros de Cultura, Arte, Ciência e Esporte (CUCAS) da Prefeitura de Fortaleza, Coordenador de Relações Internacionais do MH2O e Fellow da Rede Ashoka Empreendedores Sociais.

sábado, 17 de setembro de 2011

Economia Criativa: SURF

27-05-2011 09:32
Consumidores: Três em cada dez roupas do brasileiro são de praia Surfistas do asfalto são os que mais consomem o estilo. 
 
Bermuda florida, camiseta colorida, óculos escuros e saia de tecido impermeável. Só faltou o sol para completar o visual surfista que veste 30 milhões de consumidores no país. E como calor é o que não falta no Brasil, praticamente 3 em cada 10 peças de vestuário vendidas por aqui entram na categoria de moda praia, ou o chamado surfwear.


No ano passado, o setor movimentou R$ 1,5 bilhão em vendas, segundo dados da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil), o que coloca o brasileiro entre os povos que mais consomem esse tipo de roupa no mundo. A associação diz que, em 2010, foram produzidas 300 milhões peças (incluindo biquínis, sungas e maiôs) e importadas outras 300 mil.


O empresário Romeu Andreatta é um dos que ajudam a dar uma ideia do que esse segmento representa para o setor de vestuário do país. Surfista desde os dez anos (hoje ele tem 52), ele já foi até editor de revista especializada e agora organiza o FestivAlma Surf, considerado a principal vitrine da cultura surfe – tanto para adeptos ou curiosos quanto para as empresas, que podem encontrar as principais novidades do ramo.


- Eu vejo que esse segmento é muito plural, com consumidor em todas as classes e faixas etárias. O Brasil tem mais de 8.000 km de praias no seu litoral. Consumimos tantas roupas assim que somos o terceiro mercado mundial desse segmento. Só perdemos para a América do Norte, que é o primeiro [porque reúne Estados Unidos, México e Canadá], e para a Europa como um todo.

É fácil encontrar um consumidor na rua com pelo menos uma peça de vestuário do estilo praia, mesmo em dia de garoa em São Paulo. Moletom da Osklen, bermuda da Mormaii, óculos da HB, boné da Billabong, tênis da Redley, e outras combinações das dezenas de marcas que atuam no mercado são mais do que comuns entre os jovens das grandes cidades – tenha ela praia ou não.


- O paulista tem encantamento com o mar, e isso explica essa voracidade de estilo de vida de estar na praia. Hoje, nem é preciso mais ser feriado nem data especial para as estradas ficarem engarrafadas. São Paulo rivaliza até com o Rio de Janeiro e com Los Angeles o posto de “cidade do surfe” mundial. E a cidade não tem praia.


Pesquisa encomendada pelo empresário para a realização do FestivAlma Surf mostrou que as seis principais empresas do segmento faturaram, sozinhas, mais de R$ 2 bilhões por aqui. A expectativa de crescimento para este ano é de 10%. Isso faria com que mais do que 3 em cada 10 roupas vendidas no Brasil (ou mais de 30% do total) fossem desse estilo.


Praia é no shopping 


Na cidade de São Paulo, um dos locais frequentados pelo público que consome surfwear fica no meio de um mar de concreto. O shopping Metrô Tatuapé, ao lado da Radial Leste e com saída direta para a estação de metrô de mesmo nome, tem a maior variedade desse estilo entre suas lojas.


Das 300 lojas, 78 (ou 26%) são de moda em geral, vendendo roupas ou sapatos. Entre elas, seis (8% do total) são especificamente para o segmento surfe, como explica a gerente de marketing Flávia Tegão.


- [O segmento] é bem representativo. Temos uma parcela grande dessas lojas em comparação com outros shoppings. Mas esse ramo tem uma característica que ele não está restrito ao surfe, mas tem um mix com streetwear [voltado para as modas de culturas de skate, patins e outros esportes do gênero].


Fábio Gliosci, proprietário da rede Central Surf, afirma que a procura por roupas de estilo praia são bastante grandes, mesmo no frio, “quando as vendas caem um pouco, mas se mantêm”. E isso não depende do preço: o valor médio que um jovem gasta na loja é de R$ 226. Para ele, o desejo desse estilo é o que explica as vendas.


- Considero esse valor alto. Mas não dá para negar que é uma moda de grande interesse. É um desejo de consumo. E quem move isso nem são os praticantes, mas os simpatizantes do esporte. Sem contar na questão de identificação de grupo: nossos funcionários têm perfil de primeiro emprego. Praticamente damos a roupa, eles têm desconto para vestir a camisa literalmente.


Essa estratégia é o que atrai os simpatizantes. Andreatta diz que, dos 30 milhões de consumidores de surfwear do país, só 3 milhões (ou 10%) de fato pegam onda com suas pranchas. Para ele, ainda há muito espaço para crescer.


- Toda a cadeia de vestuário de surfwear moveu cerca de R$ 9 bilhões no ano passado. Isso dá 7% do PIB [Produto Interno Bruto, soma de todas as riquezas produzidas no país]. Colocando os setores de produção de equipamentos e acessórios [pranchas, óculos, nadadeiras e outros], temos 13%.


E ele dá a dica: “Para quem vai começar, hoje qualquer praia tem escolinhas de surfe tocadas por surfistas que resolveram se manter na área. Em um final de semana de aula, dá para aprender truques que antes demoravam cinco anos para ser dominados. Uma prancha boa para iniciante [o longboard, mais comprido e estável na água] sai de R$ 800 a R$ 1.600. O resto é se permitir a experiência que é deslizar na água.”

 
Fonte: R7

Economia Criativa: Saindo do século XIX e entrando no século XXI

Eis aqui uma notícia que deveria estar em manchete nos jornais, trazida por Wang Xingquan, da Shanghai Academy of Social Sciences: neste ano, e como conseqüência da crise financeira, a Economia Criativa passou a ser a estratégia número 1 de desenvolvimento da China! Sábia decisão: por se tratar de economia baseada em recursos que não apenas não se esgotam, mas se renovam e multiplicam com o uso, a Economia Criativa é uma das únicas soluções possíveis para um futuro sustentável. Afinal, os recursos naturais são finitos, mas cultura, conhecimento e criatividade são recursos infinitos (ainda mais se aliados aos infinitos bits das novas tecnologias).

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

1º Encontro Focal de Economia Criativa da Regional 1 em Fortaleza-CE


No dia 28 de Setembro de 2011 será realizado o 1º Encontro Focal de Economia Criativa da Regional - 1. O evento acontecerá no Centro Urbano de Cultura, Arte, Ciência e Esporte - CUCA Che Guevara- da Barra do Ceará.

O evento é uma realização do Núcleo de Economia Criativa do CUCA e representa uma ação pioneira e inovadora no campo da Economia Criativa e das Polticas Públicas de Juventude  em Fortaleza e no Ceará; Servindo de exemplo nacional e estímulo a politica de fomento a economia criativa no Brasil.

O QUE É?
Encontro para discussão sobre o conceito de Economia Criativa, suas praticas e oportunidades.

PÚBLICO:
Para quem trabalha com Surf, Skate Rock, Hip Hop, Produção Cultural e Tenologia da Informação.

QUANDO E ONDE VAI ACONTECER?
Cine Clube do CUCA Che Guevara em 28 de Setembro de 2011 a partir das 14h.

QUER SABER MAIS?
economiacriativacuca@gmail.com
(85) 32374566 - ramal 222

Ou pelo fone 3237-4488 – Núcleos Especiais (Núcleo de Economia Criativa).
Instituto de Cultura, Arte, Ciência e Esporte
Av. Presidente Castelo Branco, 6417
CEP: 60.010-000. Fortaleza-Ceará
Fone: (85) 3237.4688

É o Ceará seguindo pioneiro em Economia Criativa no Brasil.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Dia Histórico para a Economia Criativa no Ceará

Hoje foi um dia histórico para a Economia Criativa do Ceará. Banco do Nordeste do Brasil (BNB), Secretaria de Desenvolvimento Humano (SDH) da Prefeitura de Fortaleza e Fórum da Economia do Negro firmaram parceria para implantação de Fundo Rotativo Solidário para empreendimentos baseados na economia étnico-racial. Esta é uma das primeiras ações concretas em âmbito nacional que podem fomentar a inclusão econômica dos negros a partir do incentivo ao empreendedorismo e á Economia Criativa. Parabéns ao Professor Luiz Bernardo titular da Coordenadoria de Politicas de Promoção da Igualdade Racial (Coppir) da PMF que fez a brilhante articulação para tornar esse projeto possivel. E a todos os negros e negras criativ@s de Fortaleza.

domingo, 11 de setembro de 2011

Frentes Criativas de Trabalho na mídia nacional especializada em Juventude


A Revista Viração, ano 9, edição 75, traz nas páginas 22 e 23 um artigo escrito por Johnson Sales e Edmar Junior sobre as Frentes Criativas de Trabalho para a Juventude. O artigo "Nem Tiro Nem Droga" apresenta uma reflexão sobre o crime, a violência e o potencial criativo das juventudes como solução. Confira:
http://issuu.com/viracao/docs/ed_75 

Um grande avanço para a Economia Criativa do Ceará

Lançamento do Fundo Rotativo Solidário do Fórum da Economia do Negro e Assinatura de Convênio com Banco do Nordeste do Brasil.

Data: segunda-feira, 12 de setembro
Horário: 16h às 18h
Endereço: Mercado dos Pinhões (Praça Visconde de Pelotas – entre as Ruas Nogueira Acioly e Gonçalves Ledo) – Aldeota- Fortaleza (CE).
Participe. Fortaleça essa idéia!!

Poeta Urbano: Virão dias difíceis...



Poeta Urbano: Virão dias difíceis...: Olho pra vida E não me vejo feliz. Na verdade, ás vezes nem me vejo. Nesse instante cercam-me inseguranças e incertezas. Que...

Confira e siga!

Artigo -11 de Setembro: Um lamento para além das Torres Gêmeas

Os dirigentes norte-americanos “plantaram e colheram dores”. E hoje estão frente ás câmeras chorando seus mortos. Muitas vidas perdidas de forma cruel e covarde. Porém, se comparados aos que eles mataram no Afeganistão, Iraque, Paquistão e Líbia; Isso apenas para citar algumas de suas vítimas mais recentes e contemporâneas, seus muitos mortos (2.996 pessoas, incluindo os 19 sequestradores), vão parecer proporcionalmente poucos.

Ainda mais se juntarmos a essa conta macabra, os números da covardia e crueldade que eles praticaram em Hiroshima e Nagasaki (cerca de 140 mil mortos em Hiroshima e 80 mil mortos em Nagasaki) durante a segunda guerra mundial; quando jogaram uma bomba atômica sobre duas populações civis inteiras, esse sim, o maior atentado de todos os tempos contra a humanidade.

Devido a sua opção pelo imperialismo e pelo desrespeito ás vidas dos seres humanos de outras nações e á sua ganância pelos recursos naturais do planeta; Os EUA por meio de seus governos tem atraído ódio, mágoa e desejo de vingança do mundo inteiro contra seu povo e sua nação.

É claro que isso jamais poderá servir de justificativa para as mortes dos civis das Torres Gêmeas e tampouco diminuir a solidariedade para com os parentes destes e a lamentação por tantas vidas perdidas de forma tão brutal. Claro que não. E aqui fica um protesto sonoro e retumbante contra esse tipo de crueldade. E ainda mais, é preciso fazer a distinção entre o povo norte-americano e seu Governo imperialista (esteja este em mãos brancas ou negras).

Ao povo dos EUA toda solidariedade e fraternidade. Aos atos imperialistas e gananciosos de seu governo, toda a repulsa e a responsabilização pelos sofrimentos e pelas tragédias atraídas contra sua gente e nação.

E nessa data tão midiática, fica um alerta para que não deixemos que nossa comoção e a atuação “colonizada” da mídia brasileira, nos faça enxergar apenas um lado dessa dor. Isto não ajudaria ao povo norte-americano, nem ao mundo a refletir sobre as causas e efeitos históricos do imperialismo, da ganância e do desrespeito á soberania das nações e aos direitos humanos.

Hoje a nação que chora suas perdas é a menos sofrida dessa história e também a causadora através de seus governos gananciosos e imperialistas, dos motivos que levaram a toda essa tragédia. E não há nenhum sinal de arrependimento ou autocrítica por parte dos dirigentes norte-americanos, muito pelo contrário; Sua politica internacional segue tirana, imperialista, gananciosa e desrespeitosa da autonomia dos povos e nações, tanto quanto, na era Bush. Para eles (EUA), parece ainda valer á pena “trocar sangue por petróleo”.

Toda homenagem aos mortos das Torres Gêmeas, aos assassinados e torturados e mantidos sequestrados em Guantánamo, nas prisões Iraquianas e afegãs e a todas as vitimas de Hiroshima e Nagasaki. E que essa data sirva pra lembrar ao mundo que a única coisa que realmente nos tem nivelado e unido nesse planeta, é a dor. E que isso precisa mudar.

Johnson Sales

Coordenador de Relações Internacionais do MH2O
Fellow da Rede Mundial Ashoka Empreendedores Sociais
Consultor da Embaixada Social.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

2011: Um ano quase perdido...


(O Crack e o Extermínio da Juventude como espetáculo)

Já é Setembro! O ano caminha para o final. Dois mil e onze parece ter sido perdido para alguns temas. Apesar do alarde e sensacionalismo da mídia, o combate ás drogas no tocante á prevenção e até repressão ao tráfico, tem tudo para figurar entre os diversos temas que não progrediram neste ano. 

Não foram adotadas medidas eficazes que pudessem oferecer respostas para o drama dos viciados em crack e suas famílias. Desintoxicação e melhoria na qualidade de vida dos atingidos pelas drogas, nem se quer entraram em pauta nos governos e casas legislativas de nosso estado e País (pelo menos, não de forma eficaz, democrática e com a urgência necessária). 

E como se não bastasse, parecem ter razão os que afirmam: “Nada é tão ruim que não possa piorar”.  No Ceará essa afirmação se faz justificar quando a aplicamos na programação local das emissoras de televisão. 

Uma dessas TVs oportunistas de Fortaleza, achando pouco a panaceia que monta em torno dos dramas da população pobre de nosso estado, agora criou um “quadro” no qual persegue como a animais, pessoas viciadas, a fim de capturá-las e interná-las á força. Tudo isso filmado e transmitido como espetáculo para a população e comunicado como uma ação humanista e social de um dos mais sensacionalistas e desrespeitosos programas televisivos da história da TV do Ceará.

E o “show de horrores” por si só, não vai parar. Pois rende audiência e votos. Esse “circo macabro” já elegeu vereadores, deputados estaduais e federais e está entre os líderes de audiência e venda de publicidade.

Diante disso tudo, não há como não responsabilizar os governos e parlamentos . A meu ver, cabe aos governantes apontar soluções para os dramas que afligem aos jovens e suas famílias atingidas pelo tráfico e consumo de drogas. Aos parlamentos cabe criar leis que protejam a população da irresponsabilidade e ganância por audiência de apresentadores, repórteres e redatores desses “espetáculos vis”.

Mas também tem nossa parte como cidadãos e telespectadores. Devemos denunciar e até boicotar essas emissoras. 

Também é preciso que cobremos do Governo e principalmente dos órgãos de juventude (Coordenadorias e Secretaria Nacional) que entrem nessa discussão e apresentem propostas e tecnologias para resolver esses problemas.

A menos de quatro messes para o final de dois mil e onze, é perceptível que estamos perdendo mais um ano. Enquanto o tráfico, o vício e o extermínio dos jovens “avançam á passos largos” sobre a sociedade indefesa e abandonada nas mãos dos redatores e apresentadores de programas sensacionalistas de TV que em 2012 (ano de eleição) podem estar se tornando ou se confirmando como parlamentares e quem sabe até gestores públicos. E assim, perpetuando esse ciclo perverso.


Johnson Sales
Consultor da Embaixada Social – Membro do Conselheiro Administrativo dos CUCAs da Prefeitura de Fortaleza e Membro fundador do Movimento Hip Hop Organizado (MH2O).