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terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Fortaleza acaba de entrar oficialmente na "era Roberto Cláudio"

Roberto Cláudio toma posse e diz que objetivo central é "derrubar muralha da vergonha" entre ricos e pobres 

 

Roberto Cláudio (PSB) e Gaudêncio Lucena (PMDB) tomaram posse como prefeito e vice-prefeito de Fortaleza na noite desta terça-feira, 1º, na Câmara Municipal de Fortaleza. Em seu primeiro discurso como prefeito empossado, Roberto Cláudio disse que seu objetivo central é "reduzir a grave desigualdade existente".
"Derrubar a muralha da vergonha que separa a cidade rica da cidade pobre", acrescentou. Ele anunciou ainda objetivo de recuperar a capacidade de liderar as forças sociais. E prometeu inaugurar, segundo ele, nova atitude, juntamente com seu secretariado: andar pela cidade e vivenciar os equipamentos que não funcionam.
Roberto Cláudio e Gaudêncio prestaram juramento e foi feita a leitura da declaração de bens de ambos. Depois, assinaram o termo de posse. 


Fonte: Redação O POVO Online

Jornal O Povo esclarece em matéria que a responsabilidade pelo aumento da passagem de ônibus em Fortaleza é da justiça e não de Luizianne Lins

É preciso a mídia cearense agir com mais responsabilidade. Sobre o caso do aumento das passagens de ônibus em Fortaleza, após Diário do Nordeste e Jornal O Povo divulgarem manchetes responsabilizando a ex-prefeita Luizianne Lins pelo aumento, o próprio O Povo se contradiz publicando a verdade:

"Em 10 de dezembro, o sindicato das empresas de ônibus, Sindiônibus, obteve liminar para aumentar a tarifa para R$ 2,25. Dois dias depois, a Prefeitura conseguiu derrubar a liminar. Em 19 de dezembro, nova decisão da Justiça deu prazo de 48 horas para a Prefeitura promover a revisão do preço da tarifa, que deveria ter ocorrido em novembro.

O decreto que define o valor em R$ 2,20 é datado de 21 de dezembro e foi publicado no Diário Oficial datado de 24 de dezembro. Contudo, a publicação só entrou no ar neste feriadão."


Fonte:  http://www.opovo.com.br/app/politica/2013/01/01/noticiaspoliticas,2980790/ex-lider-de-luizianne-diz-que-aumento-de-passagem-e-decisao-da-justica-e-espera-que-roberto-claudio-recorra.shtml

Mesmo assim o Jornal Diário do Nordeste ainda mantém na capa do seu site a seguinte manchete: "Luizianne Lins aumentou o valor da passagem de ônibus para R$ 2,20"

E como se não bastasse o mesmo Diário do Nordeste ainda traz a seguinte charge:


Reflita! É correto a mídia local promover esses insultos e esse escárnio todo com uma mulher que realizou um grande legado social à frente da Prefeitura de Fortaleza, entregou uma prefeitura com as contas em dia e com dinheiro no caixa e realizou talvez a gestão mais honesta da história de nosso município? E não se trata de ser ou não petista e ou de esquerda. Trata-se na verdade de sermos justos, humanos e verdadeiros. E é porque ainda estamos em clima de fraternidade natalina. Imaginem quando esse período passar.

Com essas atitudes, não estaria a imprensa cearense, de manchete em manchete,  desnecessariamente perdendo credibilidade?

"Foucault - Seu Pensamento, Sua Pessoa"

Eu não havia compreendido que Foucault tomava partido, sem o dizer, num grande debate moderno: a verdade é ou não é adequação ao seu objeto, assemelha-se ou não ao que enuncia, como supõe o senso comum? Na realidade, vê-se mal por que viés poderíamos saber se ela é semelhante, já que não temos outra fonte de informação que permita confirmá-la, mas passemos. Para Foucault, assim como para Nietzsche, William James, Austin, Wittgenstein, Ian Hacking e muitos outros, cada um com seus próprios pontos de vista, o conhecimento não pode ser o espelho fiel da realidade; da mesma maneira que Richard Rorty,1 Foucault também não crê nesse espelho, nessa concepção “especular” do saber; para ele, o objeto, em sua materialidade, não pode ser separado das molduras formais por meio das quais o conhecemos e que ele, com uma palavra mal escolhida, chama de “discurso”. Tudo está aí.

Mal compreendida, essa concepção da verdade como não correspondência ao real fez com que se acreditasse que, para Foucault, os loucos não eram loucos, e que falar de loucura era ideologia; nem mesmo um Raymond Aron compreendia de outra maneira a História da loucura, e me dizia isso sem rodeios; a loucura é demasiadamente real, basta ver um louco para sabê-lo, protestava ele, e tinha razão: o próprio Foucault professava que a loucura, pelo fato de não ser o que seu discurso disse, diz e dirá dela, não podia ser reduzida a nada.

O que é então que Foucault entende por discurso? Algo muito simples: é a descrição mais precisa, mais concisa de uma formação histórica em sua nudez, é a atualização de sua última diferença individual.4 Ir assim até a differentia ultima de uma singularidade datada exige um esforço intelectual de apercepção: é preciso despojar o acontecimento dos drapeados demasiado amplos que o banalizam e racionalizam. As consequências disso vão longe, como veremos.

Trecho do CAPÍTULO I Tudo é singular na história universal: o “discurso”
Em "Foucault - Seu Pensamento, Sua Pessoa" (trad. de Marcelo Jacques de Morais, ed. Civilização Brasileira), o historiador Paul Veyne procura esclarecer o pensamento do filósofo e amigo Michel Foucault (1926-1984). O livro é uma resposta aos detratores do pensador francês, a quem Veyne define como um "cético", que vê com desconfiança as concepções universalistas, mas não da realidade dos fatos.   Fonte: Folha de São Paulo.

Autor: Paul Veyne
Editora: Civilização Brasileira
Área: Filosofia
Páginas: 256 Pág.


"Marrom" é pouco!

Há coisas que seriam inexplicáveis não fosse pela compreenção de que definitivamente não existe imparcialidade nenhuma na mídia. Mas ainda pior é ver que nossos jornais locais vem adotando uma postura semelhante a da revista Veja. O que justificaria o jornal O POVO divulgar a charge ao lado, mesmo diante de uma prefeitura em ordem, com várias obras concluidas e outras em fase de conclusão, com um enorme legado social e com dinheiro nos cofres que a ex-prefeita Luizianne Lins está entregando para o atual prefeito? Refletir é preciso! E não calar diante disso, também.