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sexta-feira, 21 de julho de 2023

Precisamos saber!

 

Nos planos estratégicos do Governo do Ceará e da Prefeitura de Fortaleza, intitulados respectivamente de “Ceará 2050” e “Fortaleza 2040”, consta a Economia Criativa como uma área econômica estratégica para o desenvolvimento sustentável do estado e da Capital. Já no estudo “Rotas Estratégicas Setoriais 2025” a Federação das Indústrias Cearenses/FIEC diz que, segundo quem ela chama de “especialistas dos setores”: “A Economia Criativa, no futuro, será estratégica para o crescimento de territórios e de um ecossistema de negócios que prezem pela sustentabilidade, que valorizem a memória, a cultura local e as experiências criativas. Esse mesmo estudo que envolve FIEC e SEBRAE, define como visão de futuro para a Economia Criativa no Ceará:

“Ceará como referência nacional em desenvolvimento sustentável tendo como vetor estratégico a Economia Criativa, a partir do fortalecimento dos processos identitários, territórios, setores, empreendimentos e da integração de organizações políticas, educacionais, empresariais e da sociedade.”

A questão é a seguinte: Diante de tamanha expectativa, o que está sendo feito pelo poder público para ajudar a alcançar o cenário sugerido pela referida visão de futuro, e pelos objetivos projetados no “Ceará 2050” e no “Fortaleza 2040”?

Pelo menos algumas poucas indagações poderiam ser respondidas pelo Governo do estado e pela prefeitura de Fortaleza:

Em relação ao governo estadual, como estão acontecendo as políticas públicas relacionadas à economia criativa no Ceará, temos uma área para a economia criativa na SECULT com gente qualificada, que entenda do setor e consiga se relacionar bem com os arranjos criativos nos territórios e com o conjunto de instituições da sociedade que lidam com o mesmo tema? Temos um plano estadual de economia criativa sendo pensado, organizado, executado e mensurado a partir de indicadores adequados?

E a prefeitura de Fortaleza poderia nos informar como estão sendo tratadas as questões relativas à Economia Criativa no município? Como está a implantação do Distrito Criativo pensado para a Praia de Iracema (e que, inclusive, foi apresentado à UNESCO como contrapartida para Fortaleza conseguir a chancela de Cidade Criativa do Design)?

Essas são apenas singelas questões que precisamos tratar, conversas que precisam ser feitas, ações que devem ser adotadas pelo bem de um setor que se apresenta com grande potencial para a inclusão socio-econômica-cultural e para o desenvolvimento sustentável de Fortaleza e do Estado do Ceará.

 

Johnson Sales – Sociólogo, fellow da Rede Ashoka Empreendedores Sociais, e consultor sênior do Coletivo Território Criativo.