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quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

SAP anuncia projetos para promover empreendedorismo no Brasil

por SAP Notícias Brasil

Empresa firma parceria de três anos com Endeavor e revela que dois projetos brasileiros estão entre os vencedores do concurso global realizado com o Changemakers da Ashoka
São Paulo, Brasil – A SAP, líder mundial em aplicações de software empresarial, anuncia investimentos em projetos de empreendedorismo no Brasil, como parte de iniciativa global, com o objetivo de estimular o potencial de pequenas e médias empresas. A empresa assinou uma parceria de três anos com a Endeavor Brasil, que visa criar oportunidades para empreendedores por meio do acesso ao talento, tecnologia e capital da SAP. Também anuncia que dois projetos brasileiros estão entre os quatro vencedores da iniciativa global de empreendedorismo social promovida com o Changemakers da Ashoka, comunidade global que identifica, promove e financia soluções inovadoras para os mais prementes problemas sociais do mundo.
Por meio do acordo com a Endeavor, empreendedores em todo o Brasil poderão usar a tecnologia da SAP para gerenciar os seus negócios e criar novos empregos de forma responsável e sustentável. A SAP e a Endeavor trabalharão para criar um ambiente mais favorável para que essas companhias alcancem o sucesso, agindo junto com os empreendedores para superar as principais barreiras para o crescimento e desenvolvimento.
“As pequenas e médias empresas fazem parte de um universo imenso e extremamente importante no Brasil. Hoje, são responsáveis por 20% do PIB nacional, correspondem a 99% das companhias no país e respondem por mais de 60% dos empregos”, afirma Sandra Vaz, vice-presidente da SAP Brasil. “Com a economia aquecida, essas companhias precisam de apoio e tecnologia, para crescer de forma estruturada. E com os projetos de empreendedorismo fazemos isso não apenas por meio da tecnologia, mas com apoio aos negócios e orientação para o crescimento”, acrescenta.
De acordo com uma pesquisa recente divulgada pela Economist Intelligence Unit (EIU), o mundo precisa criar mais de 500 milhões de empregos até 2020 para garantir oportunidades de carreira para os atuais desempregados e para os jovens que entrarão no mercado de trabalho. Grande parte desse desafio recairá sobre os países em desenvolvimento, incluindo o Brasil.
“Lançamos recentemente uma pesquisa em parceria com o IBGE e descobrimos que apenas 1,3% das empresas no Brasil são empresas de alto crescimento (EAC)*. Elas são responsáveis por 57% nos novos postos de trabalho gerados no país. Dessa forma, buscamos essa parceria com a SAP para oferecer suporte a pequenos e médios empreendedores e, assim, permitir que se tornem empresas de alto crescimento e possam gerar cada vez mais empregos. Além disso, sabemos que EAC contribuem para o desenvolvimento social. Colaboradores que trabalham em empresas apoiadas pela Endeavor, por exemplo, tem mais acesso a educação e saúde.” reforça Rodrigo Teles, diretor da Endeavor Brasil.
Na prática, a SAP e a Endeavor Brasil vão:
• Selecionar 50 empreendedores emergentes que terão acesso à plataforma de mentoring online da Endeavor e orientação sobre oportunidades da SAP;
• Entre as 50 selecionadas, 20 empresas serão escolhidas pela SAP e Endeavor para receber um pacote tecnológico da SAP, orientação exclusiva e financiamento;
• Estabelecer a iniciativa “Entepreneurship HUB and Cities”, para acompanhar e monitorar melhor as condições do empreendedorismo no Brasil. A SAP e a Endeavor vão lançar uma plataforma de empreendedorismo online e a Endeavor vai liderar os esforços para testar o progresso do empreendedorismo em cidades específicas, começando pelo Rio de Janeiro.
Parceria SAP e Changemakers da Ashoka
Ainda como parte da sua estratégia global de empreendedorismo, a SAP anuncia que dois projetos brasileiros estão entre os quatro vencedores do concurso global promovido com o Changemakers da Ashoka: Construir a Base: a Força dos Micro e Pequenos Empreendimentos. Lançado em julho, o desafio é voltado para o apoio de empresários emergentes e pequenas empresas, por meio do desenvolvimento de um ecossistema que possibilite seu pleno crescimento. Essa iniciativa surgiu da percepção de que empreendimentos de pequeno porte têm grande influência na prosperidade econômica local, com especial foco em geração de renda, empregos e estímulo à inovação.
Os projetos brasileiros vencedores são a Agência de Desenvolvimento Econômico Local (ADEL), que está construindo um Centro de Treinamento para Jovens Empreendedores, e a MeuSoft, que desenvolve e distribui aplicativos para pequenos provedores de serviços. A ADEL promove treinamento prático, como técnicas para agronegócios e gestão de negócios para jovens, e os apoia por meio do desenvolvimento de modelos de negócios inovadoras. A Agência também possui o Fundo Verdera, para garantir a esses jovens a ajuda financeira necessária.
Já a MeuSoft, da Dossier Digital, garante a inclusão digital de pequenas empresas. Os aplicativos são desenvolvidos por jovens de comunidades carentes, organizados em redes de cooperativas nacionais. Isso permite a geração de uma renda para esses jovens como desenvolvedores de software. Os outros dois vencedores do concurso são as empresas africanas MFA – The Microfranchise Accelerator, do The Clothing Bank (TCB) em parceria com o Business Place Philippi, da África do Sul, e a Wennovation HUB, da LoftyInc Allied Partners Limited, da Nigéria.
Cada um dos quatro vencedores, anunciados hoje, 12 de novembro, durante o SAPPHIRE NOW Madri, receberam US$ 10.000, doação de tecnologias e oportunidades de promoção e networking com executivos e clientes da SAP. Eles foram escolhidos com base em critérios de inovação, impacto social e sustentabilidade.
“Com as iniciativas de empreendedorismo podemos estimular o potencial de empreendedores e pequenas e médias empresas para gerar crescimento econômico, inovação e oferta de empregos que, por sua vez, são a chave para o sucesso de longo prazo da SAP”, afirma Cristiana Brito, diretora de Responsabilidade Social e Comunicação da SAP Brasil. “Essas ações ajudam as companhias a atingirem todo o seu potencial, criando um impacto positivo econômico, social e ambiental”, conclui.
*EAC: Empresas de Alto Crescimento são empresas que crescem 20% ano por 3 anos consecutivos.
Sobre a SAP
Como líder do mercado mundial de aplicações de software empresarial, a SAP (NYSE: SAP) ajuda empresas de todos os tamanhos e setores do mercado a funcionar melhor. Ao abranger desde o chão de fábrica às salas de reunião, de armazéns de depósito a pontos de venda e de desktops até dispositivos móveis, a SAP capacita pessoas e organizações a trabalhar juntas e a explorar suas percepções de negócios com mais eficiência para manter-se à frente da concorrência. Os serviços e aplicativos da SAP dão a mais de 197 mil clientes no mundo (incluindo aqueles provenientes da aquisição da SuccessFactors) condições para operar com rentabilidade, adaptar-se constantemente e crescer com sustentabilidade. Para mais informações, acesse www.sap.com.br, a sala de imprensa http://brasil.news-sap.com/ e siga no Twitter @SAPNotíciasBR.
Sobre o Changemakers da Ashoka
O Changemakers da Ashoka é uma comunidade de ação que conecta inovadores sociais em todo o mundo para compartilhar ideias, inspirar e orientar uns aos outros. Por meio de seus desafios colaborativos on-line, o Changemakers é um dos espaços mais robustos para lançamento, discussão e financiamento de ideias que atinjam os mais urgentes problemas sociais do mundo. O Changemakers se fundamenta em três décadas de história da Ashoka e na crença de que cada um de nós tem a capacidade de ser um agente de mudança. A Ashoka é uma associação global com os principais empreendedores sociais do mundo — mais de 3.500 homens e mulheres com soluções para resolver os problemas sociais mais urgentes da atualidade. Para mais informações, acessewww.changemakers.com/pt-br e siga @ChangemakersPT no Twitter.
Sobre a Endeavor
Com sede em Nova Iorque, a Endeavor Initiative Inc. foi criada em 1997 por um grupo de ex-alunos da Universidade de Harvard que, tendo trabalhado em mercados emergentes, identificou a inexistência de uma cultura de incentivo ao desenvolvimento de novos negócios e de programas que efetivamente apoiassem empreendedores. O instituto baseia-se na crença de que a mentalidade empreendedora que tanto beneficiou países desenvolvidos deve ser replicada com sucesso em países em desenvolvimento. Por isso, seus fundadores deram início à operação na Argentina e Chile no mesmo ano de sua fundação, em outubro de 1997. Atualmente, a Endeavor opera por meio de parcerias em 17 países e cada unidade possui administração independente, sendo mantida por empresários e parceiros locais.
A Endeavor em Números:
• Apoia 443 empresas e 708 empreendedores em 17 países;
• 200 mil postos de trabalho gerados desde sua fundação;
• Em 2011, registrou faturamento de 5 bilhões de dólares das empresas do seu portfólio. O faturamento anual de empreendedores brasileiros foi de R$ 2,4 bilhões. Elas geraram mais de 14.500 empregos;
• A Endeavor Brasil representa 20% do impacto econômico (empregos e receita) gerado com apenas 10% das empresas do portfólio global;
• Países em que está presente em operações Locais: Arábia Saudita, África do Sul, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Egito, Grécia, Indonésia, Jordânia, Líbano, México, Turquia e Uruguai. Escritórios Internacionais: Estados Unidos e Singapura;
• A média de crescimento do faturamento dos empreendedores Endeavor no Brasil está entre 40% e 50% ao ano;
• No Brasil, a entidade apoia 56 empresas e 109 empreendedores;
• Tipos de indústria Empreendedores Endeavor Brasil: TI – 28%; Bens de Consumo – 16%, Saúde – 9%; Comunicação – 9%; Industria – 8%; Serviços – 6% e Outros – 24%.

Fonte:  http://www.ashoka.org.br/blog/2012/12/10/sap-anuncia-projetos-para-promover-empreendedorismo-no-brasil/

Especial: As eleições que vão definir os rumos do mundo em 2013

Após um ano em que três dos cinco membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (França, China e Rússia) trocaram seus chefes de governo e os Estados Unidos reelegeram Barack Obama, o mundo terá em 2013 novas eleições que podem provocar mudanças na política e na economia internacionais.
A América do Sul e o Oriente Médio são as regiões que concentram mais eleições decisivas. Neste ano, Chile, Equador e Paraguai vão às urnas escolher novos presidentes. Desses pleitos, o mais importante é o do Paraguai, atualmente suspenso do Mercosul por conta do golpe aplicado contra Fernando Lugo em junho passado. Caso as eleições sejam limpas, o país deve voltar ao bloco.
No Oriente Médio, a situação é mais tensa. Em 2013, Israel deve manter o radical Benjamin Netanyahu como premier, mas o Irã escolherá um novo presidente. Além dos dois inimigos, vão às urnas países afetados pela chamada “Primavera Árabe”. O Egito elege um novo Parlamento e a Tunísia parte para eleições gerais após um período de transição. Dois países afetados pelo conflito na Síria também terão eleições: a Jordânia, que recebeu mais de 200 mil refugiados, escolhe um novo Parlamento, assim como o Líbano, onde a política é, em grande medida, definida pela relação com o governo sírio.
A eleição mais importante do ano deve ocorrer na Alemanha. A chanceler Angela Merkel é a favorita para continuar no posto, mas deve precisar reorganizar a coalizão governista. Isso pode afetar a forma como a maior economia europeia lida com a crise econômica no continente, um problema cujas repercussões irradiam por todo o mundo.
Confira abaixo as dez principais eleições de 2013:

1) Alemanha – Eleições parlamentares

Angela Merkel durante discurso em 31 de dezembro. Nas mãos dela estão as principais decisões que afetam os rumos da Europa. Foto: John Macdougall / AFP
Em setembro, a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, tentará conseguir seu terceiro mandato à frente da maior economia da Europa. A boa situação do país em meio à crise no continente torna seu partido, o conservador União Democrática Cristã, o favorito. A também conservadora União Social Cristã deve ser uma parceira importante na coalizão, mas os liberais do Partido Livre Democrático devem ficar sem representação parlamentar. Sem maioria, Merkel deverá ser obrigada a fazer uma aliança com o Partido Verde ou com o partido social-democrata A Esquerda, principal força da centro-esquerda. Se isso ocorrer, há uma grande chance de as políticas alemãs para combater a crise sofrerem modificações, arrastando com elas toda a Europa.

2) Irã – Eleição presidencial

Ahmadinejad durante discurso. Ele tem muitos inimigos e não quer acabar no ostracismo, ou na cadeia. Foto: Emmanuel Dunad / AFP
Presidente do Irã desde 2005, Mahmoud Ahmadinejad não pode mais concorrer ao cargo. Por isso, até 14 de junho, quando os iranianos vão às urnas escolher seu sucessor, ele usará o fim de seu mandato para coletar material contra os inúmeros inimigos que colecionou nos últimos anos. Para isso, Ahmadinejad pode até tentar fazer o processo eleitoral descarrilar. Em sua empreitada, Ahmadinejad deve ter como obstáculo o líder supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei. O religioso deseja um processo eleitoral tranquilo e uma eleição legítima para limpar a imagem deixada pela reeleição de Ahmadinejad em 2009, quando denúncias de fraudes provocaram a maior manifestação popular do país desde a Revolução Iraniana de 1979.

3) Israel – Eleições parlamentares

Netanyahu durante lançamento da campanha, em 25 de dezembro. Seu governo é altamente popular. Foto: Gali Tibbon / AFP
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, é o favorito para formar o novo governo depois das eleições parlamentares de 22 de janeiro. Seu partido, o Likud (direita), se aliou ao Yisrael Beitenu, ainda mais radical, e formou uma chapa extremista que parece imbatível no atual clima político israelense. A vitória deve permitir que Netanyahu siga com seu programa de governo, que inclui intransigência nas negociações com os palestinos, um discurso bélico contra o Irã, hostilidade direcionada aos imigrantes não-judeus e leis cada vez menos liberais. Partidos religiosos de direita, que pregam teocracias judaicas, podem se aliar a este novo governo. A centro-esquerda deve ter um bloco significativo no Parlamento, mas ainda luta para reconstruir o discurso de que, sem a paz com os palestinos, os caráteres judaico e democrático de Israel estarão ameaçados.

4) Egito – Eleições legislativas

Morsi faz discurso ao Senado egípcio em 29 de dezembro. A casa legislativa tem pouco poder, mas fará a função da Câmara até a eleição. Foto: AFP
No primeiro semestre deste ano, os egípcios vão às urnas eleger os 498 membros da Assembleia Popular, a principal casa legislativa do país. Para os setores liberais, esquerdistas e seculares, que se opõem ao presidente Mohamed Morsi, da Irmandade Muçulmana, a votação é a oportunidade perfeita para criar uma oposição legítima e democrática. Para isso, precisam se organizar de forma a conter suas diferenças e elaborar uma plataforma atraente aos egípcios. Caso não consigam uma representação ao menos razoável, a instabilidade deve aumentar no Egito. A Irmandade Muçulmana tem o presidente do país e conseguiu aprovar a Constituição que desejava. Se o grupo, e seus aliados salafitas, dominarem também o Legislativo, terão uma domínio da política do país que deixará a oposição acuada.

5) Itália – eleições parlamentares

Bersani, o candidato esquerdista (à esq.), cumprimenta em 28 de dezembro o promotor Piero Grasso. Conhecido pelo combate às máfias, Grasso deixou o MP para se candidatar pelo Partido Democrático, de Bersani. Foto: Andreas Solaro / AFP
Em 24 e 25 de fevereiro, os italianos elegem 630 deputados e 315 senadores num pleito que vai definir como o país continuará lutando contra os efeitos da crise econômica. O atual primeiro-ministro, Mario Monti, elogiado por autoridades europeias, vai se candidatar, mas parece ter pouco apoio internamente.
A disputa, assim, deve ficar entre figuras políticas conhecidas. Condenado por fraude, Silvio Berlusconi é o candidato da direita e tentará voltar ao cargo pela quarta vez. À esquerda, o candidato é Pierluigi Bersani, o favorito de acordo com as pesquisas de opinião mais recentes. De acordo com muitos especialistas, é possível que Bersani busque o apoio de Monti na formação do governo. Assim, ele ampliaria seu apoio no Senado (casa na qual a esquerda tem dificuldades) e atrairia setores que favorecem Monti, como as grandes empresas.

6) Paraguai – Eleição geral

Fernando Lugo, presidente deposto do Paraguai. Foto: Milciades Rodriguez
Ao derrubar Fernando Lugo num golpe em 22 de junho passado, os conservadores paraguaios conseguiram o que desejavam: controlar o Estado antes das eleições. Em 21 de abril, a população vai às urnas para a eleição geral e também para substituir o presidente golpista, Federico Franco. O candidato do governo será Efraín Alegre, do Partido Liberal. O Partido Colorado, que ficou 61 anos no poder até a vitória de Lugo, em 2008, lançou Horacio Cartes. O ex-general Lino Oviedo, que tentou um golpe em 1996, é outro candidato. Lugo tentará uma vaga no Senado, enquanto a frente de centro-esquerda que representa deve apoiar o médico Aníbal Carrillo.

7) Chile – Eleição presidencial

O presidente do Chile, Sebastián Piñera. Foto: Carl Court / AFP
A grande questão da eleição deste ano no Chile é sobre a capacidade de a Concertación voltar ao poder no país. A aliança de centro-esquerda, que elegeu todos os presidentes do Chile entre o fim da ditadura Pinochet (1990) e 2010, quando foi eleito o atual governante, Sebastian Piñera, está dividida. Há muitos pré-candidatos, mas a única que parece ter chances de uni-los é a ex-presidente Michelle Bachelet. Ela, no entanto, ainda não se manifestou sobre essa possibilidade. Na Coalizão para a Mudança, a aliança de direita à qual pertence Piñera, há dois pré-candidatos. Laurence Golborne Riveros, ex-ministro de Minas e Energia, e Andrés Allamand Zavala, ex-ministro da Defesa. O primeiro turno da eleição, que pela primeira vez não terá voto obrigatório, está marcado para 17 de novembro.

8) Equador – Eleição presidencial

Correa em imagem de 2010, após ser resgatado por militares que invadiram o local onde ele era mantido em cativeiro por policiais rebelados. A crise não afetou sua popularidade Foto: AFP
O esquerdista Rafael Correa buscará em 17 de fevereiro mais quatro anos de mandato para dar sequência à chamada “revolução cidadã”. Será mais uma prova para seu histórico de sucessos eleitorais. O primeiro se deu em 2006, quando foi eleito pela primeira vez. Depois, em referendo, conseguiu aprovar uma nova Constituição que prevê a reeleição. Em 2009, foi reeleito e agora busca mais quatro anos de mandato. Há oito candidatos, entre eles o ex-presidente Lucio Gutiérrez e o banqueiro Guillermo Lasso, mas Correa aparece à frente na maioria das pesquisas, impulsionado pelos aumentos frequentes no salário mínimo, pela ampliação do acesso à saúde pública e pelas melhorias na infraestrutura rodoviária do país.

9) Austrália – Eleições parlamentares

Julia Gillard com jogadores de críquete da Austrália e do Sri Lanka em 3 de janeiro, em Sydney. Em novembro, ela testa sua popularidade nas eleições. Foto: Manan Vatsyayana / AFP
O Partido Trabalhista australiano (esquerda) tentará em 30 de novembro obter seu terceiro mandato consecutivo na disputa contra a coalizão de centro-direita formada pelos liberais e nacionalistas. A missão é, mais uma vez, da atual primeira-ministra, Julia Gillard. Seu rival será o líder oposicionista Tony Abbott. O partido vencedor do pleito terá pela frente dois desafios: manter a Austrália como modelo de economia que cresce de forma ininterrupta por duas décadas com inflação e desemprego baixos e melhorar as relações do país com nações asiáticas, vizinhas desprezadas por décadas.

10) Zimbábue – Referendo / Eleição geral

Robert Mugabe, de 89 anos, é o ditador do Zimbábue desde 1987
O ano de 2013 pode ser marcante na história do Zimbábue, um dos vários países instáveis da África. Estão marcados para este ano um referendo constitucional e eleições gerais (presidencial e legislativa) que podem colocar o país no caminho do crescimento e da normalidade. As divisões entre o Zanu-PF, partido do presidente Robert Mugabe, ditador desde 1987, e o MDC, do primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, no entanto, são tão grandes que podem fazer com que os pleitos nem mesmo saiam do papel. O grande temor é que as disputas voltem ao nível de tensão de 2008, quando um segundo turno entre Mugabe e Tsvangirai provocou uma onda de violência que deixou dezenas de mortos.

Publicado em Carta Capital por José Antonio Lima.