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quarta-feira, 14 de março de 2012

InfoBrasil 2012 discutirá "Politicas Públicas para a Economia Criativa"



É preciso que o poder público conheça o conceito e o potencial e reconheça de imediato o valor e importância da Economia Criativa para a inclusão socioeconômica de nossa gente e o desenvolvimento sustentável de nossos territórios.

Estamos perdendo tempo e oportunidades devido a ignorância dos governos a cerca do tema. As poucas iniciativas ainda carecem de chancela, apoio e maior aporte de recursos para se efetivarem e apresentar resultados.

Precisamos da criação de órgãos gestores (secretarias, coordenadorias, assessorias, etc) para planejar e gerir politicas e ações para o setor. Os Municipios e o Estado devem se alinhar com o Plano Nacional de Economia Criativa do Ministério da Cultura, desenvolvido pela Secretaria Nacional de Economia Criativa que tem a frente a brilhante e competente cearense Cláudia Leitão.

A Economia Criativa oferece inúmeras alternativas sociais, econômicas e de desenvolvimento. A juventude pode ser muito beneficiada se for compreendida como um ativo criativo. Um bom exemplo disso é a proposta de Frentes Criativas de Trabalho para a Juventude, articulada pela ONG Embaixada Social e pelo MH2O e que em Abril deverá ganhar um "projeto teste" em Fortaleza em parceria com a Prefeitura Municipal por meio da Coordenadoria de Juventude.

Os idosos também podem participar da Economia Criativa tendo seu acúmulo cultural e sua sabedoria vivencial compreendidos como ferramentas criativas de amplo uso para o desenvolvimento local endógeno. Principalmente em ações relacionadas com a memória, tradições, conservação, preservação, acervos e sítios históricos. Mas também com novos desafios da vida moderna como mobilidade urbana, educação para valores, diretos humanos e desenvolvimento de tecnologias voltadas para um público de melhor idade que cresce a cada dia em nossa sociedade.

A economia criativa se pensada em sinergia com conceitos de Trabalho Imaterial (ver A. Negri e M. Hardt) assume uma amplitude ainda maior e pode oferecer soluções atualmente inimagináveis.

Porém, tudo isso depende do poder público compreender esse conceito e sua aplicabilidade e recrutar profissionais, técnicos, artistas, intelectuais e estudiosos do tema para somarem-se em um esforço colaborativo para pensar e implementar politicas públicas eficázes para o setor.

Estarei tratando do tema hoje 14 de Março a partir das 14:30H. No Centro de Convenções em Fortaleza-CE, durante a INFOBRASIL 2012 na mesa "Politicas Públicas para a Economia Criativa" promovida pelo Comitê Fortaleza Digital e Criativa e pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) da Prefeitura de Fortaleza.

Johnson Sales - Consultor de Economia Criativa e Advocacy da Embaixada Social e Empreendedor da Rede Ashoka Empreendedores Sociais.