Pesquisar este blog

segunda-feira, 29 de abril de 2013

As invasões Bárbaras



...O tempo é muito lento para os que esperam,
muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que lamentam,muito curto para os que festejam.Mas, para os que amam, o tempo é uma eternidade.
(As Invasões Bárbaras)
 


À beira da morte devido ao câncer, e com dificuldades em aceitar o seu passado, Rémy procura paz nos seus últimos momentos de vida. Para tal recebe a ajuda de Sébastien, seu filho ausente, de sua ex-mulher, e de velhos amigos.

 As invasões bárbaras (Les invasions barbares, 2003) parte de um clichê batido - os últimos dias de um pai que se acerta com a família e o passado - e o desconstrói. Adiciona referência políticas e culturais, faz uma bem humorada crônica da modernidade e, de quebra, exorciza os fantasmas de toda uma geração (a sua própria). Tudo isso sem esquecer a simplicidade, também conhecida como modéstia. As invasões bárbaras  ganhou em Cannes o prêmio de melhor roteiro e melhor atriz para Marie-Josée Croze.

  Na trama, os mesmos personagens de O declínio do império americano (Le Déclin de lempire américain, 1986), o filme mais famoso do diretor, se reúnem quinze anos depois. O professor de história Rémy (Rémy Girard, irretocável) sofre de câncer num hospital lotado de Quebec. A sua ex-mulher, Louise (Dorothée Berryman), apesar das infidelidades do marido, fica ao seu lado. Ela até consegue chamar de volta ao Canadá o filho do casal, Sébastien (Stéphane Rousseau). Com o reencontro, renasce o conflito. Conquistador incansável, típico intelectual idealista dos anos 60, o pai é o contrário do filho, noivo fiel, pragmático, de futuro financeiro promissor no mercado acionista de Londres.

 Aparentemente previsível, a lavagem de roupa suja não tem nada de banal. O filme nunca parece nostálgico demais com os anos 60, nem ranzinza em demasia com os 90. Num momento, por exemplo, Rémy é obrigado a conversar com a sua filha pela tela impessoal de um computador, já que ela vive num veleiro pelo Pacífico. A tecnologia é fria, mas ajuda. Em outro, os ex-alunos de Rémy são pagos por Sébastien para visitar o ex-professor no hospital. O artifício é reprovável, mas o doente não sabe do embuste e acaba comovido. São toques sutis, cheios de ambiguidades, que fazem o filme ser especial. Essa é a palavra: sutileza.

Com o avanço da projeção, o título se auto-explica. Bárbaros são aqueles que invadem a globalização com a sua cultura ultrapassada. Nesse equilíbrio, Arcand realiza a emocionante releitura de erros passados, à procura de acertos presentes, sempre de maneira sóbria. Você percebe que um filme dramático é diferente dos demais, único no mundo, quando a indução ao choro acontece não de modo ostensivo, mas apenas no clímax final - e o espectador não se sente um boneco de emoções manipuladas. 

Uma pessoa só faz um filme assim depois de ter vivido bastante, lá pelos cinquenta de idade. Já o público deveria assisti-lo por toda uma vida, em intervalos de cinco anos, no mínimo. Arcand (que aparece na tela como o homem que devolve o laptop a Sébastien) fez 62 em 2003 e ainda tem uma bela vida pela frente. 

Neve no deserto

 

Tempestade de neve no deserto árabe surpreende sauditas


Uma onda incomum de frio provocou uma tempestade de neve na cidade de Hael, no nordeste da Arábia Saudita, durante este domingo. A região fica no Deserto Árabe e, apesar das habituais quedas de temperatura durante a noite, o fenômeno surpreendeu a população local.

Segundo a Al Arabya, aulas e serviços comerciais foram suspensos em cinco províncias da Arábia Saudita por questões climáticas.

Além da surpreendente neve no nordeste do país, áreas do sul enfrentam chuvas igualmente incomuns para a região - que provocaram enchentes e deixaram centenas de desabrigados.




Fonte: Terra.


 

O peso da alma




Há um peso, aproximado, da alma. Dizem que a alma humana pesa 21 gramas, sei não! Só sei que em determinados momentos, pesa!

Don Johnson de Sales.





sexta-feira, 26 de abril de 2013

"Bicho de Sete Cabeças" - Perversidade sem limites

 

Planalto apoia internação à força de dependentes de drogas no País

Proposta que permite a internação compulsória deve ser votada no próximo mês na Câmara dos Deputados e tem apoio do governo federal

A internação deverá ser permitida em todo o País, desde que seja feita com a família pedindo e o médico determinando a internação. Em caso de ausência absoluta de um familiar, a internação involuntária poderá ser feita por pedido de um agente público vinculado ao sistema de saúde ou sistema de proteção social. A especificação foi feita para evitar que a internação involuntária possa ser pedida por um agente policial.
A medida está no projeto do deputado Osmar Terra (PMDB-RS), que deve ser votado no dia 8. Ele defende a internação involuntária do dependente de drogas como forma de antecipar o início do tratamento. O deputado lembrou que esse tipo de internação só poderá ser feito em ambiente hospitalar e pelo período de 15 dias a seis meses. O prazo máximo foi ampliado por acordo partidário.

Postos de saúde
 
Segundo o parlamentar, na reunião no Planalto, o governo pediu que fosse incluído no texto que todos os postos de saúde sejam obrigados a encaminhar a internação involuntária, tornando-se porta de entrada para o atendimento. Com isso, o posto de saúde não poderá se negar a fazer o atendimento.

Nesse caso, o médico ouvirá a família, avaliará o caso e, após assinatura do termo de pedido de internação dos familiares, ele determinará a internação e encaminhará o paciente para o local específico. O texto prevê ainda que, em caso de internação involuntária, em até 72 horas o Ministério Público terá de ser informado sobre a entrada do paciente, assim como ser comunicado da alta.

A internação involuntária é um tema polêmico e sofre crítica de alguns setores da sociedade, uma vez que permite que o dependente químico seja internado para tratamento sem que um juiz autorize. No caso das comunidades terapêuticas, por exemplo, as internações só podem ser voluntárias. As informações são do jornal "O Estado de S. Paulo".

  _______________________________________________________________________________

 

Psicólogos se colocam contra internação compulsória

 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Homem de Ferro, Chaplin e Sustentabilidade

 

Robert Downey Jr. diz ter usado Chaplin como inspiração para humor de "Homem de Ferro 3"

Estéfani Medeiros
Do UOL, em Los Angeles
O ator Robert Downey Jr., astro da franquia "Homem de Ferro", afirmou ter usado Charles Chaplin como inspiração para o humor do terceiro filme da franquia, que será lançado nesta sexta-feira (26) no Brasil. O artista de 48 anos conversou nesta terça-feira (23) com o UOL em Los Angeles durante exibição do longa para a imprensa.

"Definitivamente, ainda sou influenciado pelo humor do Chaplin, é uma grande referência e também uma inspiração para esse filme", disse o ator, que já interpretou o ícone do cinema mudo na cinebiografia "Chaplin", de Richard Attenborough, que rendeu ao ator uma indicação ao Oscar de melhor ator em 1993.

Depois de seis anos identificado com um papel que recuperou sua carreira, Downey Jr. ainda identifica espaço na franquia para desenvolver ainda mais a sua versão do milionário excêntrico Tony Stark.

"Aprendi muito com o personagem durante esses seis anos de franquia, é tudo sobre crescimento", conta o ator, que somente discorda dos caminhos que o personagem playboy toma. "Se eu tivesse o conhecimento e o dinheiro de Tony Stark, provavelmente o usaria em iniciativas sustentáveis."

Sobre um bom prefeito




Por Fábio Campos (Jornalísta do OPovo).

A receita do bom prefeito

Não há um só candidato preparado para assumir plenamente as suas responsabilidades urbanas
A cada eleição municipal, venho apontando que os candidatos a prefeito apenas reproduzem a ladainha detectada nas pesquisas de opinião. Saúde, educação, transporte... As obviedades de sempre. Quando falam em segurança pública só raciocinam no limite paupérrimo do tema “guarda municipal”. Ou seja, aumentar o efetivo. Nada mais.

Infelizmente, a nossa política não produziu massa crítica capaz de ir além. Não há um só candidato preparado para assumir plenamente as suas responsabilidades urbanas. Na campanha eleitoral, nem sequer são capazes de garantir ao distinto público que vão fazer com que as leis em vigor, que são frouxas, sejam respeitadas.

Temem perder voto. Temem contrariar interesses. No poder, já de olho na próxima eleição e em seus projetos políticos pessoais, são permissivos, tolerantes e negligenciam o respeito às leis urbanas. Buscam sempre um tal de consenso que, invariavelmente, atropela as regras urbanas e os melhores interesses da cidade, além de, no fim das contas, beneficiar aqueles que desrespeitaram as regras.


O bom prefeito é aquele que não tolera invasões de terrenos públicos e privados, que não consente a privatização dos espaços públicos pela turba de comerciantes ricos, pobres e remediados. O bom prefeito é aquele que tem como bíblia o livrinho onde estão escritas todas as regras urbanas e que trabalha para aprimorá-las.

O bom prefeito precisa acabar definitivamente com esses lamentáveis TACs (Termos de Ajuste de Conduta). Trata-se de uma invenção não prevista em nossa Constituição que servem para remediar o que não tem remédio.

Um TAC é o seguinte: o poder público foi permissivo e incompetente para impedir, por exemplo, que um prédio irregular fosse erguido. Feito isso, inicia-se uma negociação com os infratores. O Ministério Público participa da panaceia. Os infratores pagam uma espécie de fiança e pronto. Tudo resolvido.

O TAC é como a venda de indulgência. É só pagar e o infrator está perdoado. Que se lixe a lei, que se lixe a cidade. Esse pagamento, que é feito aos cofres públicos, é usado até para equipar um órgão. Comprar computadores, por exemplo. O dano urbano e/ou ambiental continuará. Ficará como um símbolo para que muitos outros sigam a mesma linha.

O dia em que a Prefeitura perseverar na demolição pura e simples de um prédio irregular, a nossa cidade vai se encher de júbilo. Na linha oposta do TAC, será também exemplar. Os infratores de sempre vão recuar. Uma nova cultura urbana se estabelecerá.

A atuação do prefeito, no que se relaciona às regras urbanas, tem forte relação com o combate à violência. Um prefeito que for firme nessa área conseguirá instituir o tão esperado clima de paz e de ordem na cidade.

terça-feira, 23 de abril de 2013

“Para que trabalhar?” - Um debate que vale a pena fazer!

 

 Robert Nielsen vive de benefícios desde 2001: não quer "trabalhos degradantes" e comprou até apartamento

Segunto o New York Times, Com benefícios sociais generosos, Dinamarca sofre com "preguiçosos"

País reconsidera auxílio a desempregados, estudantes e idosos para lidar com a crise

 

Tudo começou como um experimento para provar que dificuldades e pobreza ainda faziam parte da Dinamarca, aquele país rico e distante, mas o experimento deu errado. Visite uma mãe solteira de dois filhos vivendo sob os cuidados da seguridade social, propôs um membro liberal do Parlamento a um adversário político cético, e veja por si mesmo o quão difícil é viver assim.

Eles descobriram que a vida sob o bem-estar não era tão difícil assim. A mãe solteira de 36 anos de idade, que recebeu o pseudônimo de "Carina" na mídia, tinha mais dinheiro para gastar do que muitos dos trabalhadores período integral do país. Ao todo, ela recebia cerca de US$ 2.700 mensais (cerca de R$ 5,5 mil), e estava no bem-estar social desde que tinha 16 anos de idade.

Nos últimos meses, os dinamarqueses não prestaram mais tanta atenção ao caso, e acreditam que apesar de tudo a situação de Carina é lamentável. Mas mesmo antes de sua história chegar às manchetes, há um ano e meio, eles estavam profundamente envolvidos em um debate sobre se o estado do bem-estar social do país, talvez o mais generoso da Europa, havia se tornado generoso demais, o que prejudica a ética de trabalho do país. Carina ajudou a desequilibrar essa balança.

Com pouco barulho ou protesto político – ou aviso no exterior – a Dinamarca resolveu rever os direitos, tentando pedir para que os dinamarqueses trabalhassem mais ou durante mais tempo ou ambos. Enquanto grande parte do sul da Europa foi atinginda por greves e protestos à medida que seus credores forçam medidas de austeridade, a Dinamarca ainda tem classificação de risco AAA.

Mas as perspectivas de longo prazo para o país são preocupantes. A população está envelhecendo e, em muitas regiões, as pessoas sem emprego agora superam o número de empregadas.

Algumas dessas pessoas são resultado de uma economia deprimida, mas muitos especialistas disseram que um problema mais básico é que uma grande proporção de dinamarqueses não estão participando da força de trabalho – sejam eles estudantes universitários, jovens pensionistas ou beneficiários do bem-estar social como Carina, que depende do apoio do governo por simples comodismo.

"Antes da crise, havia uma sensação de que sempre teríamos cada vez mais e mais riquezas", disse Bjarke Moller, o editor-chefe de publicações para Mandag Morgen, um grupo de pesquisa em Copenhague. "Isso não é mais verdade. Hoje, há uma série de pressões sobre nós. Precisamos ser uma sociedade ágil para sobreviver.”

Uma trabalhadora dinamarquesa conta que a irmã vivia de benefícios, ganhava mais e perguntava: "Para que trabalhar?"
 
O modelo dinamarquês de governo é praticamente uma religião no país, e produziu uma população que reivindica regularmente estar entre a mais feliz do mundo. Até mesmo políticos conservadores do país não estão sugerindo livrar-se dele.

A Dinamarca tem um dos mais altos impostos sobre a renda do mundo, com a alíquota mais alta, de 56,5%, atingindo quem ganha acima de US$ 80 mil (cerca de R$ 160 mil) por ano. Em troca, os dinamarqueses recebem uma rede de segurança "do berço ao túmulo", que inclui sistema gratuito de saúde e educação (inclusive universitária), além de indenizações robustas mesmo para os mais ricos.

Pais de qualquer faixa salarial, a propósito, ganham cheqyes trimestrais do governo para ajudar no cuidado com as crianças. Os idosos ganham empregada grátis caso precisem, mesmo se forem ricos.

Mas, atualmente, poucos especialistas no país acreditam que a Dinamarca pode pagar pelas regalias que oferece. Por isso, a Dinamarca está planejando reequipar-se e mexer com as taxas de imposto, tendo em vista os novos investimentos do setor público e, a longo prazo, tentando incentivar cada vez mais pessoas – jovens e idosas – para viverem sem os benefícios do governo.

"Antigamente as pessoas nunca pediam ajuda a não ser que precisassem”, disse Karen Haekkerup, ministra dos assuntos sociais e de integração, que foi honesta a respeito do assunto. “Foi oferecida uma pensão para a minha avó e ela se sentiu ofendida. Ela não precisa.”

"Hoje as pessoas não têm essa mentalidade. Elas acham que esses benefícios fazem parte de seus direitos. Os direitos têm se expandido cada vez mais e nos trouxeram uma boa qualidade de vida, mas agora precisamos voltar para os direitos e os deveres. Todos nós temos que contribuir”, afirmou.

Em 2012, pouco mais de 2,6 milões de dinamarqueses entre 15 e 64 anos trabalhavam, 47% da população total e 73% da população nessa faixa etária. Nos EUA, 65% das pessoas em idade de trabalhar estão empregadas, mas as comparações enganam, porque muitos dinamarqueses trabalham poucas horas e todos usufruem de pausas como longas férias e extensas licensas maternidade, para não mencionar o fato de que o salário mínimo é de US$ 20 (R$ 40) a hora. Se o ranking fosse de horas trabalhadas por ano, os dinamarqueses ficariam muito atrás.
Getty Images
Estudantes do país recebem, por seis anos, salário de R$ 1.980 para completar curso – que é gratuito
O governo já reduziu planos de aposentadoria antecipada. Os desempregados costumavam receber benefícios durante até quatro anos. Agora o número foi reduzido para dois.

Estudantes verão os próximos cortes, a maioria em recursos para que ingressem no mercado de trabalho mais rapidamente. Atualmente, eles têm direito a seis anos de salários, cerca de US $ 990 por mês, para completar um curso de cinco anos, que, naturalmente, é gratuito. Muitos demoram ainda mais para terminar, trancando seus estudos para viajar e para fazer estágios antes e durante seus estudos.

Na tentativa de encolher o bem-estar social, o governo está se concentrando em fazer com que pessoas como Carina não existam no futuro. Ele propõe cortes de subsídios de bem-estar para quem tem menos de 30 anos e checagens mais rígidas para ter certeza de que os "ajudados" tentaram empregos ou programas de ensino antes de apelarem para benefícios do governo.

Autoridades também questionam o grande número de pessoas recebendo cheques para deficientes por longos períodos. Cerca de 240 mil pessoas – ou 9 % da força de trabalho em potencial – tem recebido auxílio de deficiência durante toda sua vida, e aproximadamente 33.500 têm menos do que 40 anos. O governo propôs acabar com esse status para os menores de 40 anos, a menos que tenham uma condição física ou mental que seja grave o suficiente e os impeça de trabalhar.

Em vez de oferecer cheques de deficiência, o governo pretende criar uma "equipe de reabilitação", que poderiam incluir aconselhamento, treinamento de habilidades sociais e de educação, bem como um emprego subsidiado pelo Estado, pelo menos no início. A ideia é fazer com que trabalhem, pelo menos meio período ou enquanto estudam.

Carina não foi a única pessoa que demonstrou publicamente ter usufruído do sistema de bem-estar social da Dinamarca. Robert Nielsen, 45, foi manchete em setembro do ano passado ao admitir que estava vivendo com ajuda do estado de bem-estar social desde 2001.

Nielsen disse que não era deficiente, mas não tinha intenção de aceitar um emprego degradante, tais como trabalhar em um restaurante fast-food. Ele se deu muito bem ao entrar para o bem-estar social, disse ele. Conseguiu até comprar um apartamento.

Ao contrário de Carina, que não vai mais dar entrevistas, Nielsen, chamado de "Robert Preguiçoso" pela mídia, parece estar gostando da atenção. Ele disse que é bem recebido na rua o tempo todo. "Felizmente, eu nasci e vivo na Dinamarca, onde o governo está disposto a apoiar meu estilo de vida", disse ele.

Alguns dinamarqueses disseram que a existência de pessoas como Carina e Nielsen não surpreende. Lene Malmberg, que vive em Odsherred e trabalha meio período como secretária, apesar de uma grave lesão cerebral que afetou sua memória de curto prazo, disse que a história de Carina não era novidade para ela.
Em um determinado momento, disse ela, antes do acidente, quando trabalhava em período integral, sua irmã estava recebendo benefícios e ganhava mais dinheiro do que ela. "Eu concordo que de alguma maneira o sistema está errado", disse ela. "Eu queria trabalhar, mas minha irmã dizia: “Para que trabalhar?”

* Por Suzanne Daley


Fonte:  http://economia.ig.com.br/2013-04-23/com-beneficios-sociais-generosos-dinamarca-sofre-com-preguicosos.html

Se cada dia cai



Se cada dia cai, dentro de cada noite, há um poço
onde a claridade está presa.
há que sentar-se na beira
do poço da sombra
e pescar luz caída
com paciência.

Pablo Neruda )




Sobre linchamentos públicos e Facebook (Por *LULI RADFAHRER)

Quem você pensa que é para me julgar?

O Facebook está cada dia mais próximo de uma aldeia global. Infelizmente está mais para aldeia do que para global. Pouco importa a capacidade da rede de conectar pessoas e ideias ao redor do mundo, boa parte do tempo empenhado ali é desperdiçada em fofocas e linchamentos públicos.

Os covardes estão cada vez mais valentes no mundo digital. Protegidos (ou melhor, escondidos) das consequências de uma verdadeira interação social, estimulados a dizer a primeira coisa que lhes passar pela cabeça e apoiados pelo reforço de um grupo intolerante e fofoqueiro que parece não ter mais nada a fazer, eles não economizam deboches, insultos e humilhações variadas.

Praticamente não há dia sem julgamento. É o blog da babá, a mulher que transou na praia, a apresentadora de TV acima do peso... Como velhas fofoqueiras debruçadas em suas janelas a vigiar o que acontece na praça, pessoas modernas, informadas, aparentemente bem-educadas, conscientes e esclarecidas, por falta de assunto nas mídias sociais, não perdem uma oportunidade para crucificar o próximo.

O diferente é alvo de ataques e repetidas humilhações ou depreciações feitas por aqueles que buscam a popularidade e o reconhecimento à base de intolerância. Chame a agressão de bullying, stalking ou assédio, pouco importa. No espetáculo das redes, todos fazem o papel de espectador — e, como no Big Brother, se dedicam ao voyeurismo do grotesco, que seja para reclamar de sua repugnância. Quase ninguém sai em defesa da vítima. A maioria age como uma plateia ou torcida.


Editora Globo

O resultado é triste: ao transformar todo mundo em celebridade e todo perfil em palco, as redes que chamamos de sociais deixam seus usuários cada vez mais sós, intolerantes e mimados, enclausurados em seus reinos unitários, ranzinzas como velhas bruxas, cheios de “amigos” mantidos a uma cuidadosa distância.

Ao interagir com o mundo por interfaces, aos poucos perde-se a capacidade de compreender o outro, de tentar imaginar seu ponto de vista. Quem se isola e se deixa moldar pelo grupo que frequenta acaba por perder a identidade e se tornar um zumbi, preso ao brilho das múltiplas telas, escrevendo qualquer coisa para mostrar que está vivo, esperando ansiosamente por resposta.

A tecnologia, não se pode esquecer, é só uma ferramenta. É o uso que se faz dela que traz o seu verdadeiro valor. Quando as pessoas com quem se convive são reduzidas a uma foto e um conjunto de linhas de texto, fica muito mais fácil atacá-las, ignorá-las, julgá-las. Ou esquecê-las.

* LULI RADFAHRER é Ph.D. em comunicação digital na ECA-USP, onde dá aula há mais de dez anos. Trabalha com internet desde 1994 e já passou por (e fundou) várias empresas da área.


Fonte: Revista Galileu. 


Livros livram da prisão: Presidiários de São Paulo podem trocar tempo de prisão por livros

 

Crédito da foto: Shutterstock

No programa recém-aprovado, 30 dias de leitura reduzem 4 dias de pena

Foi aprovada pelo corregedor geral do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Renato Nalin, uma mudança no artigo 126 da Lei 7.210/84. Agora, a lei que autorizava a diminuição da pena de detentos em troca de dias de trabalho, permite que os presidiários também troquem dias nas penitenciárias por sessões de leitura. 

No programa, uma sessão de 30 dias de leitura reduz a pena de cada detento em 4 dias. Funciona da seguinte forma: o presidiário recebe um livro (literário ou científico) e, dentro de um mês, deve terminar sua leitura. Para provar que leu e entendeu a obra, ele também deve entregar uma resenha sobre ela. Possivelmente, os trabalhos serão lidos pelos próprios autores. 

Fonte: Revista Galileu Via Catraca Livre

Consumismo e Amizade - Amigos te deixam menos pobre

Sem amigos a gente não é nada, só uma tentativa frustrada de ser feliz. E a ciência vive confirmando isso – diz até que solidão pode mesmo matar. Mas seus amigos não te deixam “apenas” feliz, eles também podem deixar você um pouco menos pobre.

Pesquisadores da Universidade Tilburg, na Holanda, convidaram voluntários para quatro experimentos. A ideia era fazer com eles se sentissem excluídos ou aceitos pelo grupo em cada um das atividades. Na sequência, os participantes podiam comprar, simbolicamente, alguns itens das outras pessoas.

E, olha só, quanto mais isolada uma pessoa se sentia, maior era o seu impulso consumista. Eles também tentavam alinhar seus gostos com os de outro conhecido – numa tentativa desesperada de se sentir parte de alguma coisa.

É que se sentir excluído definitivamente não deixa ninguém feliz. Aí vale tudo para se integrar a uma turma, mesmo que isso custe uma bolada. Ou talvez seja ainda uma tentativa infeliz de preencher a solidão com coisas materiais.

Tristeza, não? Melhor cuidar dos amigos que você tem.
(Via Live Science).


Publicado originariamente em:   http://super.abril.com.br/blogs/cienciamaluca/seus-amigos-te-deixam-menos-pobre/  por Carol Castro.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Vigiar e Punir - Nunca Foucault foi tão necessário ao nosso pensamento




Aos que, por ignorância, defendem absurdos como aumento das penas, redução da maioridade penal, criminalização da pobreza, internação compulsória de dependentes químicos e outras medidas punitivas semelhantes, recomendo a obra do filósofo francês Michel Foucault. Leiam "Surveiller et Punir: Naissance de la prison" e se ainda restar alguma dúvida, recomendo "Histoire de la folie à l'âge classique" ou em português: "História da loucura na idade clássica".


Vigiar e punir (em francês: Surveiller et Punir: Naissance de la prison) é um livro do filósofo francês Michel Foucault, publicado originalmente em 1975 e tida como uma obra que alterou o modo de pensar e fazer política social no mundo ocidental. É um exame dos mecanismos sociais e teóricos que motivaram das grandes mudanças que se produziram nos sistemas penais ocidentais durante a era moderna. É dedicado à análise da vigilância e da punição, que se encontram em várias entidades estatais (hospitais, prisões e escolas). Foca documentos históricos franceses, mas as questões sobre as quais se debruça são relevantes para as sociedades contemporâneas. É uma obra seminal que teve grande influência em intelectuais, políticos, activistas sociais e artistas.
Foucault muda a ideia habitualmente aceita de que a prisão é uma forma humanista de cumprir pena, assinalando seis princípios sobre os quais assenta o novo poder de castigar:
  • Regra da quantidade mínima
  • Regra da idealidade suficiente
  • Regra dos efeitos (co)laterais
  • Regra da certeza perfeita
  • Regra da verdade comum
  • Regra da especificação ideal
A partir destas, o delinquente pode ser definido em oposição ao cidadão normal, primeiro como louco, depois como meliante, malvado, e finalmente como anormal.
O livro tem quatro partes, intituladas "Suplício", "Punição", "Disciplina" e "Prisão".

Se depois de ler atentamente essas duas obras de Michel Foucault, você ainda continuar defendendo suas antigas ideias conservadoras, pelo menos, saberemos que não será mais por ignorância. Fica a dica!

A foto acima pertence ao blog "Viver a Filosofia" que também oferece link para o download do livro "Vigiar e Punir": http://viverafilosofia.blogspot.com.br/2012/06/download-foucault-vigiar-e-punir.html

Contra a redução da maioridade penal



Após 23 anos de aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), tramitam no Congresso Nacional aproximadamente 30 propostas de leis e emendas constitucionais, sugerindo a redução da maioridade penal. Os projetos de lei retornam com forte apelo social para discussão nos parlamentos, especialmente quando algum ato infracional cometido por adolescente ganha repercussão nacional, destacado, sobretudo, pela grande mídia.

O sistema carcerário e socioeducativo hoje se encontra superlotado e avança para uma ampliação ainda maior no número de detentos. Ressalte-se que a maioria dos que ali se encontram são jovens na faixa de 16 a 29 anos. Se partirmos da premissa que o maior encarceramento da juventude no nosso País reduzirá os índices de violência, o Brasil devia figurar como um dos países menos violentos do mundo, pois além sermos um país com uma população carcerária gigantesca e que a cada ano aumenta os seus níveis, somos também o 4º país do mundo a cometer violência contra as crianças e adolescentes. Entre 1980 e 2010 tivemos um aumento em 346% do número de mortes de crianças e adolescentes, segundo o Mapa da Violência 2012.

Segundo dados da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Brasil tem hoje cerca de 20 mil adolescentes recolhidos em unidades de internação e delegacias especializadas. No Ceará, de acordo com o segundo monitoramento do sistema socioeducativo, feito em 2011 pelo Fórum DCA, o levantamento apontou que existem atualmente 958 adolescentes privados de liberdade, em 13 centros educacionais no Estado. Esses dados desmitificam a ideia de que o ECA protege demais e que, portanto, adolescentes que cometem atos infracionais não são responsabilizados.

A proposta de reduzir a idade penal, ou seja, de termos cada vez mais jovens no sistema penitenciário, não aponta para um futuro de mais respeito aos direitos. Negar direitos não gera direitos! Uma sociedade mais punitiva colherá mais violência.


Laudenir Gomes
comunicacao@cedecaceara.org.br Assessor comunitário do Cedeca Ceará

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Defesa da redução da maioridade penal é “discurso raivoso” segundo sociólogo

 A opininião é de Pedro Albuquerque que escreveu para o Blog do Eliomar de Lima para comentar a postura da deputada patricia Saboya (PDT) que juntamente com alguns parlamentares como Antonio Carlos (PT), Eliane Novais (PSB) e Bethrose (PRP) votou contra a proposta na Assembléia Legislativa.





Sobre a postura da deputada estadual Patrícia Saboya (PDT) em ter se manifestado contra a posição da maioria da Assembleia Legislativa de querer redução da maioridade penal, o sociólogo Pedro Albuquerque deixou este comentário no Blog se solidarizando com a parlamentar. Confira:

Tem razão a deputada Patrícia Saboya. É mais fácil, tem mais apelo eleitoral assumir o discurso raivoso do populismo penal reacionário. A posição da deputada não é surpresa para mim, mas é uma palavra de sensatez num ambiente toldado por discursos desprovidos de fundamento material.

É uma falácia querer resolver o problema da violência a partir da redução da maioridade penal ou do aumento da pena. Os adolescentes que cometem homicídio cumprem pena de prisão (este o nome verdadeiro de internação) que, em geral, é de três anos.

Réus adultos, mesmo condenados a penas maiores, como prevê o Código Penal, têm direito a progressão de regime para o semiaberto e aberto, a livramento condicional, chegando ao cumprimento de menos de três anos de pena, conforme o caso. Os menores homicidas cumprem a pena de três anos em sua inteireza e sem os direitos garantidos ao homicida adulto.

Vejam isto: Em São Paulo, cumprem medida socioeducativa por homicídio 134 adolescentes. Eles correspondem a 1,5% dos 9.016 internos da Fundação Casa (antiga Febem). No mundo adulto, de acordo com dados compilados pela Secretaria da Justiça paulista, os homicidas representam, 12% da população carcerária do Estado. (…) A taxa entre adultos é oito vezes maior que a dos adolescentes. (Ver em ‘Os menores e as penas’, excelente artigo de Hélio Schwartsman , na FSP – http://folha.com/no1264225).

* Pedro Albuquerque, Advogado e sociólogo.


A proposta do deputado Ely Aguiar (PSDC) foi condenada por Bethrose (PRP) e Eliane Novais (PSB). A primeira preside a Comissão da Infância e Adolescência da Assembleia. A segunda, a de Direitos Humanos e Cidadania. Para Bethrose, reduzir a maioridade produz “uma falsa sensação de segurança”, já que, segundo ela, a violência cometida por adolescentes resulta da falta de cuidado do Estado com esse grupo. “80% da população são a favor da redução, mas estou aqui dando a cara a bofete”. Eliane Novais continuou: “É preciso atacar a causa, não a consequência. O Brasil precisa dar uma chance ao ECA”.

Patrícia Saboya (PDT) e Antônio Carlos (PT) também falaram contra. “O problema tem outra raiz: a falta de oportunidade. Há uma onda conservadora no País. Daqui a pouco vão apelar para reduzir para 14, 13, 12”, disse Carlos. “Não é verdade que os adolescentes infratores ficam impunes. Eles vão para instituições piores que os presídios”, disse Patrícia.

O requerimento foi aprovado com votos contrários também de Fernanda Pessoa (PR), Inês Arruda (PMDB), Lula Morais (PCdoB), Paulo Facó (PTdoB) e Professor Teodoro (PSD).

Eliane e Patrícia solicitaram ao presidente da sessão, Tin Gomes (PHS), que o comunicado fosse enviado ao Congresso informando o voto de cada deputado. Tin disse não ser possível, pois o documento é expedido em nome da Assembleia Legislativa. Outro requerimento de Ely aprovado ontem faz a Assembleia sugerir ao Congresso que este realize debate sobre a redução da maioridade. Contra este votaram Carlos, Bethrose, Eliane, Patrícia, Fernanda e Lula.

Depois de muita discussão, a Assembleia Legislativa aprovou requerimento de Ely Aguiar (PSDC) que comunica ao Congresso Nacional o apoio do Legislativo cearense à redução da maioridade penal de 18 para 16 anos. Foi uma manhã de defesas e ataques ao Estatuto da Criança e do Adolescente.



quinta-feira, 18 de abril de 2013

Valores Universais Existem?





Certa vez, me vi às voltas com um debate envolvendo a existência, ou não, de valores universais próprios da humanidade em qualquer que sejam as civilizações. Tal esforço intelectual de tão presunçosa (ou desavisada) envergadura se dava entre participantes de uma rede social que congregava intelectuais vinculados à vida acadêmica. Na ocasião, eu defendia que a preservação da vida humana seria um valor “universal”. E fui prontamente questionado por um colega, que ao que me pareceu gostaria de me ver apontar as bases conceituais ou científicas de tal afirmação. Na ocasião, pelo que me lembro, desviei das bases teóricas acadêmicas e afirmei que a academia não dá conta da totalidade das questões culturais ou sociais humanas e que buscar unicamente nela respostas para tais questões seriam limitações academicistas. Mas no entanto, não apresentei maiores considerações sobre minha visão. A despeito do resultado ou consequências do referido episódio, esta questão ganhou em meu pensamento, relexões e autocrítica um lugar de relevância.


Ruth Benedict em “Padrões de Cultura” (Ed. Livros do Brasil, Lisboa) escreve:


Podíamos supor que na questão de privar alguém da vida todos os povos concordariam na sua condenação. Ao contrário, na questão de homicídio pode afirmar-se que ele não é censurável, se se romperam as relações diplomáticas entre dois povos vizinhos, ou que é costume matar os primeiros dois filhos, ou que o marido tem o direito de vida ou de morte, ou que é dever do filho matar os pais antes de serem velhos. Pode suceder que se mate o que rouba uma galinha, ou aquele a quem nasçam primeiro os dentes superiores, ou que nasça numa quarta-feira. Entre certos povos sofrem-se tormentos por se ter causado acidentalmente uma morte; entre outros o facto é coisa sem importância. O suicídio pode também ser uma questão fútil, o recurso de alguém que tenha sofrido qualquer leve censura, um acto que é frequente numa tribo. Pode ser o acto mais elevado e nobre que um homem pode cometer. Mas pode suceder que só a própria referência a ele seja motivo da mais incrédula chacota. E propriamente o acto em si ser inconcebível como coisa possível. Porém, ser um crime punível por lei, ou considerado como pecado contra os deuses.


Ruth Benedict aborda, em relação ao conjunto do texto originário, tais questões sobre a “lente” da integração e relativização das culturas e busca situar tais práticas num universo de costumes e padrões comportamentais que se apresentam como “feições culturais” distintas e possíveis entre as diversas civilizações.


Diante de tal argumentação, me vejo impelido a refletir sobre a origem histórica, social e política de cada comportamento, padrão ou feição cultural identificada em cada dada civilização na qual eles encontram-se “naturalizados”.


Eu sei, é um longo e complexo debate que não tenho a pretensão de aprofundar aqui. Mas deixo o questionamento: No caso dos exemplos apresentados pela autora, não haveria a possibilidade do “valor” preservação da vida humana encontrar-se subjugado por tradições e comportamentos histórica e socialmente forjados? Trato a “preservação da vida humana” como “valor” devido a sua aparente relação de proximidade com a sobrevivência biológica das espécies. E como “universal”, devido à universalidade do ser humano. Mas confesso que não tenho no momento a condição de definir se esse “valor” seria aplicável tanto ao indivíduo, que despido das construções culturais de sua civilização e de sua época, se visse diante da possibilidade de erradicação de sua vida, ou se é possível fazer tais especulações em relação a uma civilização. Também, por esse raciocínio, valor e instinto não seriam cofundidos e sobrepostos? Sem falar que o próprio conceito (ou conceitos) de "valor" precisa ser trabalhado. Enfim, os estudos, reflexões e debates continuam...


quarta-feira, 17 de abril de 2013

Sindicato dos Cientistas Sociais do Estado do Ceará

I Reunião do ano de 2013 para retomar a pauta da criação do sindicato. Estão todos convidados para este momento (aluno, ex alunos, professores, profissionais ligados a área).
 Local:
Uece C.H. (centro De Humanidades)
Av. Luciano Carneiro, 345, 60.410-690 Fortaleza.
 
Quarta, 24 de abril de 2013 - 18:15

Shodan - O concorrente do Google

O Google é uma ferramenta de buscas que abarca grande parcela da internet, mas não tudo. “Quando as pessoas não veem algo no Google, acham que ninguém pode achar aquilo. Isso não é verdade”, diz John Matherly à rede de notícias CNN. Matherly é o criador da ferramenta de buscas Shodan, capaz de encontrar servidores, impressoras, roteadores, câmeras e qualquer equipamento conectado à internet.

O problema é existir muita coisa listada pelo Shodan que não deveria ser acessível por qualquer usuário nem passível de ser controlada, caso de semáforos, webcams, sistemas de aquecimento ou automação, operação de postos de gasolina, parques aquáticos e até crematórios.


Segurança. Matherly, do Shodan, filtra os pedidos dos usuários cadastrados. Foto: Matt McClain/ The Washington Post/ Getty Images
Segurança. Matherly, do Shodan, filtra os pedidos dos usuários cadastrados. Foto: Matt McClain/ The Washington Post/ Getty Images


Dan Tentler, expert em segurança e decodificação de sistemas, disse em palestra em 2012 (disponível no YouTube, basta procurar por Defcon 20 Dan Tentler) que a maioria dos esquemas de segurança “é horrivelmente, horrivelmente ruim”. “Eu posso controlar uma usina hidrelétrica francesa pela internet. Ela possui duas turbinas com produção de cerca de 3 megawatts cada, o que pode ser interessante. Ou simplesmente entrar no sistema que controla um lava-rápidos”, afirma.

Ou seja, grande parte do encontrado pelo Shodan poderia ser usada para causar estragos e danos, mas não é o intuito de Matherly, criador da ferramenta. Quem entra no site recebe dez resultados sem a necessidade de abrir uma conta no sistema. Ou 50 resultados com uma conta. Para conseguir mais informações, é preciso abrir uma conta paga, e informar Matherly do propósito das buscas a ser feitas no Shodan.

Não se sabe se alguém já tentou utilizar os resultados para causar problemas, mas não é difícil imaginar encrencas potenciais: mexer com sistemas de controle de semáforos certamente levaria pessoas à morte. Ou seja, existem muitos sistemas conectados à internet, de forma completamente insegura, sem qualquer motivo para estar na rede.

Outro uso interessante dos sistemas de buscas é fazer uma relação das predileções de cada país na hora de fazer downloads ilegais na internet. O site TorrentFreak, por exemplo, decidiu vasculhar o que computadores do Vaticano baixaram nos últimos meses. Em primeiro lugar, o número de downloads foi bem baixo, até por causa do tamanho da população de 836 moradores permanentes.

Seriados como Chicago FireLightfields, The Neighbours e Touch são bem “populares”, assim como os filmes Snitch e The Last Stand. Alguém parece gostar da música do artista inglês Ed Sheeran, além de passar algum tempo jogando uma cópia pirata de um simulador de aeroportos. Outra coisa que interessa os moradores do Vaticano são os filmes pornográficos, com predileção especial por luta livre entre mulheres nuas com direito a acessórios variados e também sexo com travestis. O TorrentFreak não conseguiu falar com ninguém do Vaticano para comentar as descobertas, mas percebe-se que o pessoal precisou de algum entretenimento para passar o tempo durante o último Conclave, algo compreensível.

domingo, 14 de abril de 2013

A Fenomenologia do Silêncio Implosivo




Não me emprestou, a lingua conhecida, um termo mais apropriado para lhe encobrir. E somente uma gravura eu pude divulgar como sinônimo daquele instante; e mesmo assim, esperançoso eu, que não se depreenda com exatidão a profunda sensibilidade que produziu aquele fenômeno gerado insubordinadamente no fundo de uma alma em contenção.

Don Johnson de Sales.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

bridges and highways

"Algumas vezes, 
 
 
estradas significam pontes
 
ligando você a você mesmo através de uma destas infinitas realidades que se institucionalizam ao seu redor."
 
Don Johnson de Sales.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Arte livre

A arte é um poderoso decodificador do mundo e da cultura humana; encanta, atrai, dignifica e comunica de uma forma singular e ao mesmo tempo universal. Quando a arte desafia as condições materiais, termina em nosso tempo, também por desafiar o próprio capitalismo. A arte na rua, feita por vítimas do sistema que apesar das dificuldades esbanjam criatividade e acessam a alma de quem tem a felicidade de cruzar seu caminho, funciona como um maravilhoso testemunho da força e genialidade de alguns humanos. Apoiemos a arte sempre! Princialmente a arte de rua, alternativa e livre. Saudações aos muitos "artistas de rua" do mundo.





Veja também "Zé da lata - Do Ceará pra Goiás; de Goiás para o Mundo" : http://www.youtube.com/watch?v=yc7NGSHysr8

terça-feira, 9 de abril de 2013

Pablo Neruda

Pablo Neruda foi um poeta chileno, bem como um dos mais importantes poetas da língua castelhana do século XX e cônsul do Chile na Espanha e no México. Wikipédia
Nascimento: 12 de julho de 1904, Parral
Falecimento: 23 de setembro de 1973, Santiago
Prêmio: Nobel de Literatura.

"...Saudade é amar um passado que ainda não passou, é recusar um presente que nos machuca, é não ver o futuro que nos convida..." Pablo Neruda.

Obras recomendadas:

Cem Sonetos de Amor
Cem Sonetos de Amor