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quinta-feira, 3 de março de 2022

S.O.S. Conjunto Ceará aumenta a pressão sobre governo do estado e cobra Hub Social

 


Coletivos ligados ao S.O.S. Conjunto Ceará se reuniram na quarta-feira (03 de março) para discutir a situação da reforma do polo de lazer do Conjunto Ceará. A preocupação se dá devido ao governo do estado e prefeitura de Fortaleza virem negando, sistematicamente, informações para a comunidade acerca da condução da obra de reforma do espaço.

Os grupos culturais, esportivos e sociais já vinham reclamando da falta de diálogo por parte do poder público, e o “sinal de alerta” acendeu, definitivamente, quando no inicio da semana, a construtora responsável pela obra demoliu a antiga sede do Coletivo Território Criativo (um prédio histórico e de forte afetividade para os coletivos culturais e moradores) sem nenhum tipo de informação ou satisfação para a comunidade.

O referido prédio já havia sido salvo de ser vendido em um leilão da Companhia de Habitação/COHAB Ceará/SEPLAG pela mobilização do S.O.S. Conjunto Ceará. A demolição do prédio de valor histórico, social e afetivo sem que a comunidade saiba se ele será reconstruído, já que há um acordo com o governo do estado para que nele funcione um HUB Social a ser administrado pelos coletivos locais em parceria com a Secretaria da Cultura/SECULT-CE, revoltou o movimento cultural local que resolveu intensificar as mobilizações para cobrar respostas do governo estadual e exigir que o poder público cumpra os acordos que fez com a comunidade.

Atualmente, não é possível saber nem se o projeto que foi elaborado em conjunto com a comunidade é o mesmo que está sendo implementado pela construtora? O diálogo foi interrompido unilateralmente pelo governo e o resultado é o descontentamento geral de quem atua e trabalha no polo de lazer, argumentam os integrantes do movimento.

Os grupos componentes do S.O.S. Conjunto Ceará definiram uma ampla agenda de mobilização que inclui a busca por reuniões com órgãos governamentais e parlamentares; articulação com instituições como OAB, CEDECA e Escritório Frei Tito; e consulta ao Ministério público. Os criativos argumentam que é preciso que o governo apresente para a comunidade o projeto da obra e cumpra os acordos firmados em reuniões entre a Casa Civil do governo estadual, a SECULT, a Prefeitura de Fortaleza e a Comunidade. Os coletivos argumentam, inclusive, que a reforma do prédio que foi demolido consta do valor total anunciado da obra, e se esse valor não foi suprimido ou alterado, como pode terem demolido, e não recuperado, o imóvel?

A comunidade exige a reconstrução do prédio e a implementação de um coworking e um HUB Social para atendimento e fortalecimento do movimento cultural e do Polo Criativo do Conjunto Ceará, e lembra que o prédio havia sido cedido pelo movimento para receber a construtora responsável pela obra de reforma do polo, e que em seguida o governo rompeu com a construtora e o prédio foi abandonado e agora demolido. Os coletivos reclamam de desrespeito para com o patrimônio público e a história do bairro, e esperam respostas do governo do estado, e o cumprimento dos acordos firmados com a comunidade.

 

Cosmos Filho.