O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura/CDMAC precisa despertar para a sua potência e responsabilidade em relação ao desenvolvimento sustentável da Praia de Iracema e da cidade de Fortaleza. Nas falas e ações dos representantes dessa instituição, faz falta um conteúdo voltado para a compreensão desse equipamento como catalisador do desenvolvimento da região. O CDMAC é uma potência como HUB Social, a partir desse equipamento, se poderia captar políticas públicas, ações de ESG e parcerias para fomentar, incubar e acelerar negócios criativos na região.
Recomendável seria que os gestores do CDMAC pudessem conhecer os conteúdos do Plano Fortaleza 2040 e Ceará 2050 no que se refere ao papel estratégico da Economia Criativa para a capital e para o estado. Isso poderia ajudar a oxigenar a visão sobre as potencialidades do próprio Centro Dragão do Mar nessa seara.
O CDMAC articulado com os esforços da prefeitura de Fortaleza, no âmbito da montagem do Distrito Criativo da Praia de Iracema, teria a possibilidade de contribuir com a requalificação do território também no tocante à inclusão socioeconômica das comunidades do entorno. O papel socioeconômico do Centro Dragão do Mar precisa incluir a noção de que esse equipamento pode, e deve, liderar o desenvolvimento sustentável dessa que é uma das mais criativas regiões do estado do Ceará. Os planejamentos, escutas e ações estratégicas que serão realizadas pela nova gestão do Centro Dragão do Mar precisam levar em consideração essas possibilidades. Fica a dica!
Mais sobre a nova gestão do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura: https://mais.opovo.com.br/jornal/vidaearte/2023/02/15/desafios-do-entorno-do-dragao-do-mar-sao-prioridade-aponta-helena-barbosa.html
Johnson Sales - Doutorando e Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará/UFC, Fellow da Rede Ashoka Empreendedores Sociais e Consultor Sênior do Coletivo Território Criativo.
