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segunda-feira, 29 de abril de 2013

As invasões Bárbaras



...O tempo é muito lento para os que esperam,
muito rápido para os que têm medo, muito longo para os que lamentam,muito curto para os que festejam.Mas, para os que amam, o tempo é uma eternidade.
(As Invasões Bárbaras)
 


À beira da morte devido ao câncer, e com dificuldades em aceitar o seu passado, Rémy procura paz nos seus últimos momentos de vida. Para tal recebe a ajuda de Sébastien, seu filho ausente, de sua ex-mulher, e de velhos amigos.

 As invasões bárbaras (Les invasions barbares, 2003) parte de um clichê batido - os últimos dias de um pai que se acerta com a família e o passado - e o desconstrói. Adiciona referência políticas e culturais, faz uma bem humorada crônica da modernidade e, de quebra, exorciza os fantasmas de toda uma geração (a sua própria). Tudo isso sem esquecer a simplicidade, também conhecida como modéstia. As invasões bárbaras  ganhou em Cannes o prêmio de melhor roteiro e melhor atriz para Marie-Josée Croze.

  Na trama, os mesmos personagens de O declínio do império americano (Le Déclin de lempire américain, 1986), o filme mais famoso do diretor, se reúnem quinze anos depois. O professor de história Rémy (Rémy Girard, irretocável) sofre de câncer num hospital lotado de Quebec. A sua ex-mulher, Louise (Dorothée Berryman), apesar das infidelidades do marido, fica ao seu lado. Ela até consegue chamar de volta ao Canadá o filho do casal, Sébastien (Stéphane Rousseau). Com o reencontro, renasce o conflito. Conquistador incansável, típico intelectual idealista dos anos 60, o pai é o contrário do filho, noivo fiel, pragmático, de futuro financeiro promissor no mercado acionista de Londres.

 Aparentemente previsível, a lavagem de roupa suja não tem nada de banal. O filme nunca parece nostálgico demais com os anos 60, nem ranzinza em demasia com os 90. Num momento, por exemplo, Rémy é obrigado a conversar com a sua filha pela tela impessoal de um computador, já que ela vive num veleiro pelo Pacífico. A tecnologia é fria, mas ajuda. Em outro, os ex-alunos de Rémy são pagos por Sébastien para visitar o ex-professor no hospital. O artifício é reprovável, mas o doente não sabe do embuste e acaba comovido. São toques sutis, cheios de ambiguidades, que fazem o filme ser especial. Essa é a palavra: sutileza.

Com o avanço da projeção, o título se auto-explica. Bárbaros são aqueles que invadem a globalização com a sua cultura ultrapassada. Nesse equilíbrio, Arcand realiza a emocionante releitura de erros passados, à procura de acertos presentes, sempre de maneira sóbria. Você percebe que um filme dramático é diferente dos demais, único no mundo, quando a indução ao choro acontece não de modo ostensivo, mas apenas no clímax final - e o espectador não se sente um boneco de emoções manipuladas. 

Uma pessoa só faz um filme assim depois de ter vivido bastante, lá pelos cinquenta de idade. Já o público deveria assisti-lo por toda uma vida, em intervalos de cinco anos, no mínimo. Arcand (que aparece na tela como o homem que devolve o laptop a Sébastien) fez 62 em 2003 e ainda tem uma bela vida pela frente. 

Neve no deserto

 

Tempestade de neve no deserto árabe surpreende sauditas


Uma onda incomum de frio provocou uma tempestade de neve na cidade de Hael, no nordeste da Arábia Saudita, durante este domingo. A região fica no Deserto Árabe e, apesar das habituais quedas de temperatura durante a noite, o fenômeno surpreendeu a população local.

Segundo a Al Arabya, aulas e serviços comerciais foram suspensos em cinco províncias da Arábia Saudita por questões climáticas.

Além da surpreendente neve no nordeste do país, áreas do sul enfrentam chuvas igualmente incomuns para a região - que provocaram enchentes e deixaram centenas de desabrigados.




Fonte: Terra.


 

O peso da alma




Há um peso, aproximado, da alma. Dizem que a alma humana pesa 21 gramas, sei não! Só sei que em determinados momentos, pesa!

Don Johnson de Sales.