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sábado, 23 de junho de 2012

Fortaleza 2012 - Um "lixão retórico" pode poluir as urnas.

 A Baixaria e a agressividade protagonizada nos primeiros momentos da sucessão municipal em Fortaleza preocupa e anuncia momentos de irracionalidade e desrespeito aos eleitores. A ânsia desmedida pelo poder tem levado políticos e candidatos a proferirem verdadeiros impropérios. 

Não se vê críticas conceituais ou técnicas ao modelo de gestão, apenas ataques pessoais e adjetivações raivosas. Os importantes temas relacionados com a saúde, educação, transporte, saneamento, empregabilidade, cultura, meio ambiente e estratégias de desenvolvimento, por exemplo, passam ao largo dos debates, falas e pronunciamentos. Fortaleza parece não existir. Os pré-candidatos só conseguem perceber a vaga de prefeito que estará disponível em breve.

A nós cidadãos e cidadãs que votaremos (ou não) nas próximas eleições cabe não nos deixar envolver e arrastar para essa "terra arrasada". Política não é essa raiva insana, desrespeito, palavreado chulo, "vale-tudo" pelo poder.

Vamos insistir em discutir a cidade, o futuro, as grandes questões que impactarão sobre nossas vidas e as vidas das novas gerações. Independente de partidos ou grupos, de onde quer que falemos, o façamos compromissados com Fortaleza, respeitosos com as pessoas e responsáveis para com a educação política da juventude. Não vamos permitir que as eleições 2012 em Fortaleza se transformem em um grande "lixão" midiático e retórico. Não entreguemos nossa cidadania nas mãos de detratores.   

De acordo com o doutor em sociologia e professor de ciências políticas da Faculdade Christus, Clésio Arruda, o histórico das últimas eleições tem demonstrado um afastamento daquelas pessoas com nível de conhecimento de prestação de serviços para a população, fazendo surgir indivíduos sem histórico e com perfil de conhecimento baixo de envolvimento com os problemas da cidade, o que segundo ele, tem contribuído para eleições menos propositivas.

"Ele faz uso de recursos escusos já que não tem trajetória e nem currículo que pudesse preservá-lo. Se joga de forma agressiva, porque a agressão que vem de lá não o atinge. O indivíduo não tem patrimônio moral", disse, salientando ainda que as discussões que têm se colocado não são positivas para a cidade, porque não se discute no campo das ideias e o nível tem a ver mais com manutenção de poder.

Matéria completa com o professor de ciências políticas Clésio Arruda sobre o tema no Jornal Diário do Nordeste:  http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1151892


 Johnson Sales.