Economia Criativa
Ministra assina cooperação com o Sebrae para ações na Economia Criativa do país

“Hoje em dia não dá para se pensar em uma estabilidade na cultura sem pensar numa política de Estado voltada para a sustentabilidade, porque o setor é informal e desarticulado”, declarou a ministra. Para Ana de Hollanda, a função do MinC é fazer com que a produção cultural chegue até o consumidor, mas explica que para acontecer, “esse trabalho depende de uma parceria como a que estamos fazendo agora com o Sebrae, e com várias outras parcerias que assinaremos em breve”, finalizou ao citar os acordos que o MinC assinará com o Ipea e com o IBGE nos próximos dias.
O Acordo de Cooperação entre o MinC e o Sebrae prevê, além das ações já definidas em acordo geral firmado em 2010, a estruturação de Observatórios da Economia Criativa, que irão sistematizar dados e informações sobre o setor, e a implantação dos Criativas Birô, escritórios que darão suporte técnico aos empresários do setor, inclusive em comunidades quilombolas, indígenas, dentre outras. Até 2015, serão investidos mais de 3 milhões de reais em ações de mapeamento, capacitação, apoio ao mercado, geração de negócios e gestão empresarial para a competitividade.
Segundo o presidente do Sebrae, Luiz Barreto, o mapeamento ajuda a capacitar e melhorar a gestão empresarial dos empreendimentos em economia criativa. “O Brasil hoje é um grande mercado consumidor, tem um avanço forte da classe média e isso é muito importante para essa economia. Isso já acontece em várias cidades do mundo, então o Sebrae quer ajudar essa economia a gerar renda e emprego”, afirmou Barreto.
Também faz parte das ações a identificação de vocações criativas nas 12 cidades que sediarão jogos da Copa do Mundo de 2014. Os dados a serem levantados serão cruzados com as oportunidades já identificadas no Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas nas Cidades-Sede, trabalho encomendado pelo Sebrae à Fundação Getúlio Vargas (FGV).
Para se ter uma noção da dimensão dessa nova economia no país, cerca de 3,7 milhões de pessoas trabalham para algum segmento criativo – design, moda, gastronomia, música, artesanato, novas mídias, games, dentre outros. As micros e pequenas empresas, juntamente com os empreendedores individuais, categoria que fatura até 60 mil reais/ano, representam 99% do total de empresas no Brasil.

A secretária Cláudia Leitão, titular da Secretaria da Economia Criativa, em estruturação no MinC, que será responsável em gerir o contrato, destacou que essa é uma possibilidade de agir em território nacional e obter a parceria dos estados e dos municípios brasileiros. “Estamos afinando essas políticas e esse conjunto de ações que nós podemos realizar juntos, com orçamentos e recursos humanos que vão se somar para o sucesso dos trabalhos”, explicou Cláudia.
(Texto: Sheila Rezende, Ascom/MinC)
(Fotos: Lula Lopes, Ascom/MinC)