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sábado, 15 de novembro de 2014

Novembro adiante



Avança o ano deixando folhas caídas pelas ruas e avenidas. Avança a vida jogando memórias por entre as horas de dias apressados. Repentinamente a calma se escala para finais de semana com livros, chá e incensos de cânfora e jasmim.  Pablo Neruda para suavizar a mente carregada de Paul Ricoeur, Kant e René Descartes. Em formato mp3 suavizo a vida com “Pancham Se Gara”. E talvez até sobre um tempinho para assistir “Ventos de Agosto”.


By D.J. de S.



sexta-feira, 14 de novembro de 2014

A cereja, o vinho, a carruagem



Quando a noite derrama suavemente a sua penumbra sobre a bonita cidade que acolhe os meus planos, persigo calmamente a proximidade com os raios prata da lua. São risos tantos, tantas pernas, caras, bocas, olhares tantos. Duas taças, gelo, vinho, musica. As ruas desertas dessa intrigante cidade conhecem bem as rodas e o ronco do motor da minha carruagem pela sua madrugada. E o sol, este vai nascer à minha frente em alguma colina, alguma praia. Quase sempre têm gosto de uva ou cereja os lábios adocicados. Coleção de suspiros, lembranças, êxtases, saudades. Eu já sou parte da lendária busca de significantes nessa cidade plena de significados. E mais uma noite vem, me anunciando o seu chamado.

D.J. de S.

Tangendo ciclones





Enfileiradas no horizonte cotidiano da vida
as oportunidades me olham.
Riso de canto de boca, desafiadores olhares.
Entre a partida e a chegada, ciclones de torcer almas.
No campo aberto de batalhas sucessivas
Um espírito forjado no aço “valiriano”
ensaia movimentos nada graciosos.
Tanger ciclones para fora do caminho
parece ser  a dura e imprescindível tarefa diária
de quem precisa e pretende
alcançar a linha de chegada.

D.J. de S.








domingo, 9 de novembro de 2014

O vento uivante e a lua

Quando a lua se impõe,
o vento se encarrega
de afastar as nuvens;
e uiva em tom de 
regozijo.

D. J. de S


avermelhado



E até as flores tendiam a resguardar o seu perfume naqueles dias avermelhados. O horizonte trêmulo desafiava até mesmo os espíritos mais decididos. Era quase meio de Novembro. E a safra negava socorro ao gigante portador de responsabilidades consanguíneas e sonhos desidratados.

D.J. de S.

domingo, 2 de novembro de 2014

O Anjo da Colina



E havia um canto rouco e quase ébrio que enveredava por entre as ruas semi-vazias da média periferia. Lendas e lutas bordadas em camisetas sujas. Passaram-se anos, meses, dias. E de lá, do topo da colina pouco significante, até então, mergulhava rumo ao asfalto um anjo esfarrapado e exausto com duas adagas nas mãos. Queria vitória o ser alado! Buscava aventura e redenção.

By DJdeS.
(Breve, retomada da página e perfil no Facebook). 


sábado, 25 de outubro de 2014

"Já é Quase amanhã"


A madrugada envolve toda a cidade. Do mar às ruas desertas do lado rico da metrópole. Escrevo, displicente, sob à luz artificial. Esses dias têm passado rápido demais. Tenho pensado sobre os anos que se foram. As bifurcações da vida se impõem como marcos desafiadores da minha capacidade de escolher. Dizem que em certa altura da vida (por mais bem vivida que esta tenha sido) aparecem crises existenciais. Talvez seja mesmo verdade. Mas seja como for, vez por outra, a neblina me chama a rodar pelas avenidas desocupadas ouvindo musicas inconfessáveis e me perguntando sobre causas e efeitos de determinados acontecimentos que me escapam à explicação. É alta madrugada! E o dia, logo vem. Não se encontra tão distante o "Shangri-lá" que motiva alguns arroubos da minha "juvenília" endêmica e impertinente. Sei pouco destas questões sensíveis demais. E o que me resta de mais rebelde nessas "quase manhãs" é misturar a minha "substância pensante" ao universo multiforme das emoções que me sacodem impiedosamente contra a parede da minha memória. E relembrar os momentos dúbios de felicidade e ansiedade, não deixa de ser uma forma suave e relaxada de encontrar comigo mesmo e tratar com carinho as tantas versões já editadas do meu eu. O dia já vem. E vou recolher as tintas! 


Don Johnson de Sales.


terça-feira, 1 de julho de 2014

Cânticos de Guerra




E muitos ignoram o cântico rouco e cansado que entoamos entre o empoeirar-se e o levantar. Outros desdenham da firmeza da nossa crença em valores que já lhes parecem ultrapassados e ingênuos demais. Unanimidade não há. Escolher lados, optar por frontes, seguir atuando nas sucessivas peças que a vida enfileira sobre e sob o nosso caminhar. Também há vinhos, prazeres, alegrias diversas, ócio e êxtases intermitentes preenchendo lacunas entre batalhas memoráveis à moda antiga; na antiga forma de se lutar, quando o rei seguia à frente do seu exercito e podia não retornar. Somos reis e rainhas dos nossos reinos utópicos e contraditórios. Afinal, reinamos apenas sobre os nossos sonhos e projetos pouco ou nada individualizados. Na verdade, enxergamos nobreza é na plebe! Somos plebeus em franca peleja contra os aristocratas e monarcas de todos os tempos e tipos. Muitos não entenderão! E pouco nos importa! Somos feitos de matéria diferente. Somos compostos de uma outra química. Nos movemos por outras motivações! E é chegado mais um tempo de desafios e missões. Estamos novamente a caminho! E como já sugeriu o poeta, não existe trégua, nem harmonia entre vermes e leões! Sigamos mais uma vez, como sempre fizemos ao longo da nossa história: Impávidos; ternos; e fortes!


D. J. d'Sales.