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domingo, 29 de abril de 2012

'"Pequeno ensaio sobre a amizade" por Poeta Urbano.



Quando se percebe que se é procurad@ por alguém somente em momentos difíceis ou diante de problemas que você é consederad@ solução. É preciso refletir sobre essa relação. E se você está fazendo o mesmo com outras pessoas, é preciso refletir sobre seus valores e caráter. É possivel mensurar o quanto é verdadeira e positiva uma relação quando você se vê igualmente presente em momentos agrádaveis de lazer, divertidos e festivos e também nos momentos de stress e dificuldades d@ outr@.

Niguém gosta de ser tratad@ como um almoxarifado de ajudas e soluções. Ou como uma bengala que ao final do tratamento e com o tornozelo já curado, é posta no armário, até que uma nova torção aconteça.

Cuide bem de suas relações, cultive a amizade, valorize as pessoas. Elas são o melhor que a vida lhe oferece. E se vão rápido demais. A vida é efêmera.


Por Poeta Urbano. http://poetaurbanobrasil.blogspot.com.br/

Recomendo: Esta obra de arte. Egídio Guerra nos brinda com um Texto-manifesto sobre os tempos atuais. imperdível!

 CHEGOU A HORA DE PARAR! 
Entre o invisível e o visível destas palavras.

Depois de vários anos lutando nas pastorais, grêmio, UNE, empresa junior, ONGS, Empresas, Partidos, Banco Mundial, Projetos, Governo, ONU...Chegou a hora de parar. Nestes caminhos busquei encontrar algo , e de uma certa forma encontrei uma parte de mim em cada lugar deste, em cada sonho realizado, em cada desafio, conhecimento e valores compartilhados. Porem o preço pago pela vida pessoal é muito alto; e as formas de dialogo e relação entre as pessoas nas instituições estão se tornando cada vez mais troca entre mercadorias. De fato depois de lutar por ser e seres , chegou a hora de parar , para não correr o risco , de se transformar em mercadoria. Porem como sempre disse daqui para frente é tudo bônus , digo que posso morrer a qualquer momento , morro super feliz, realizei quase tudo que sonhei, e estes sonhos nunca couberam nas instituições ; muito menos em mercadorias ou relação de trocas entre pessoas. Fazer política nos partidos é pouco, achar que a Universidade representa o saber menos ainda, que as empresas desenvolvem as capacidades das pessoas pelo contrário, que as igrejas tem espiritualidade há tempos é dizimo. Enfim a questão ética e estética estão cada vez mais distante da arte , mas graças a Deus tudo isto continua pulsando de outras formas para além das instituições; se organizando por outros meios, inclusive pela internet, e outros seres já não cabem mais nos lugares e tarefas que querem que eles ocupem. Depois que cada ser se expande e encontra seu ritmo, a música, a vida, caminha para mudar a história e os múltiplos sentidos que iluminam novos horizontes e lutas. É para lá que estou indo você quer caminhar junto? Sozinho não dá mais! É hora de parar entre o vermelho e a sensibilidade da chuva. A razão dos bastidores castra e não ilumina mais...Por isso que o parar é sem recomeço . Quero que os lugares sangrem , não se pode sangrar sem buscar a cura das dores que crescem, gritar em seu lugares aonde os sentidos desaparecem, já que ate hoje a razão silencia em acordos. E os encontros entre os seres comecem para encontrarem a si mesmos. Muitos hoje se escondem de si mesmo, se entregando aos vazios da cachaça quando pobres ou dos poderes vazios quando ricos. Sem luz , consomem a si mesmos, quando poderiam despertar para vida com novas ideias e horizontes. Nestes casos o fogo congela ao invés de aquecer, as virtudes são silenciadas. A sensibilidade da beleza que desperta nosso olhar busca conquistar a estética e a ética de nossa vida, mas muitos não querem ver nem pensar, apenas esquecer, apenas brincar, quer limpar a sujeira, mais um novo dia, mais mortes na TV e mensagens no facebook, as mesmas preocupações, dinheiro,....É hora de parar entre o azul e o terror do cotidiano. O que cada um quer mais? mais pimenta na comida, um carro nas ruas a mais, uma noite de sexo com mais novidades, mais uma cerveja, menos prazer, menos amor, menos fé... Bem que poderíamos navegar, brincar de forma alegre e livre, deixar as palavras, os lugares, fluírem com seu próprio encanto, enquanto perdemos o medo de amar, de ter fé, pois é hora de parar! Você acha que consegue? Sem continuar a ler este texto, sem lutar, sem se divertir, parar de olhar para o sol, trocar de roupa, visitar novos lugares, novos amores, novas resistências , entre o branco e a vontade de morrer lutando. Entre a melancolia dos ricos e doença dos pobres, entre uma escola que adestra, uma igreja que repete palavras e perdões, o trabalho que você paga com a vida mais batata frita e cerveja, entre a arte idiota de monstros e seres fantásticos, cada vez mais velozes e destruidores. Olho para meu filho ? Enquanto pinguins, soldados, cruzes, melancias, fumaças, dançam uma musica sem ritmo, sem sentido nas propagandas. Todos querem o real, as mercadorias, para se vestir, moldar seus corpos, ir as festas. Entre o preto e o idiota que vive sem pensar, é melhor parar! As nuvens carregam acido, os olhos também, vamos comer etanol ao invés de trigo, vamos vender o sabor como sabonete para limpar tudo que se envergonha dos delírios, vamos queimar o fim de tudo e lançar uma nova moda. Porem enquanto várias destruições acontecem ao nosso redor, um novo vulcão explode, multidões se movem , gente nova nasce. Enquanto o amarelo não virar ouro, a luz não deixa que eu pare, os ventos, as mascaras cai, a neblina, o nevoeiro desaparece, os escombros desta sociedade vira poeira. Os pássaros voltam a voar ,o declínio do capitalismo europeu e americano, abre espaços para novas hegemonias. Não preciso mais dos jornais e das velhas mídias, posso andar de bicicleta e não comer carne , posso amar sem sexo e fazer sexo sem amor, posso lutar contra a corrupção e denunciar empresas e políticos pela internet , independente dos falsos juízes, posso respeitar a sabedoria da terceira idade e proteger o que é sagrado pra mim. Posso escrever estas palavras entre o cinza e o desequilíbrio das cores e das dores; despertar uma nova consciência. Uma barbárie que ao mesmo tempo em que nega , afirma uma paz violenta em cada ser e na sociedade , capaz de despertar a dignidade de novas ideias, valores, imagens, atitudes, e sonhos. Não posso parar! O bale de pássaros e pessoas, os fogos de artificio, a musica, os ecos da natureza, despertam o olhar e a curiosidade das crianças, novas explosões, o silêncio absoluto, cartazes de dores que não voltam mais, nascer de novo, de novo, de novo entre o verde e as certezas tecnológicas. Porque afinal quem somos nós ? Que mesmo querendo não podemos parar, que mesmo chegando às conclusões entre poesias e razões não paramos de pensar e sentir, que mesmo sofrendo, não deixamos de amar, que mesmo que mintam , roubem, traiam, não destroem nossa fé, que potência é esta que carregamos? Assim como a natureza, estas dores e desesperanças, no silêncio emergem como furações. Destruindo e criando novas paisagens, complexidades, tecnologias, que como linhas se entrecruzam a milhares de outras formas, para tecer novas realidades, seres, cores, imagens, poesias, que afirmam a vida entre o invisível e o visível destas palavras.