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sábado, 10 de setembro de 2016

De lá



Eu venho das ruas,
das quebradas,
do fundão da periferia,
de onde tudo é mais difícil.
Eu venho de um forno de poetas,
de um celeiro de gladiadores.
E quem diria?
De um jardim inóspito de muitas flores.
Eu sou produto do encontro incômodo de dois mundos,
o seu, e o meu.
Então, não “se cresça demais”,
baixe a bola, rapaz.
Eu venho de onde o dia é mais quente
e a noite é mais fria.
Não deixe que a eloquência,
o cuidadoso trato com as palavras,
lhe confundam.
Eu venho do gueto, do lumpen.
Eu sou um deles. Eu sou periferia!

DJ de S.