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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Organização sem hierarquia é possível?

No livro Emergência (A Dinâmica de Rede em Formigas, Cérebros, Cidades) Steven Johnson descreve como sistemas complexos se organizam sem hierarquia. Para quem gosta de imaginar outras formas de organização social menos autoritárias, o livro é uma grande pedida. Eu recomendo a leitura!

"Ele descreve o fenômeno que batiza o livro, que observa pequenos indivíduos em atividades simples guiarem, inconscientemente, o comportamento macro de coletivos formados por esses seres, sejam formigas ou softwares de reconhecimento de padrão. Assim, descobre que a natureza não trabalha com líderes e descreve o conflito entre a lógica vigente e a emergência como sendo o contraponto entre sistemas "top-down" (de cima para baixo, em que todos obedecem a hierarquias) e "bottom-up" (de baixo para cima).

Traçando paralelos e buscando novos padrões, Johnson passa por campos científicos novíssimos e completamente alienígenas para o leitor médio, como biomatemática, morfogênese e ciência da complexidade. Mas seu grande trunfo é mastigar esses bichos-de-sete-cabeças em uma linguagem agradável e texto fluido, citando pelo caminho referências pop, como o game "The Sims" ou a história da computação." (
ALEXANDRE MATIAS da Folha de S.Paulo).


 Um dos exemplos mais interessantes citados no livro é o discoideum:

"O *discoideum tem uma vida dupla e paradoxal. Ora ele é um, ora ele
é muitos. Tudo dependendo das condições ambientais favoráveis ou
desfavoráveis que se lhe apresentem. “Quando o ambiente é mais hostil, o
discoideum age como um organismo único; quando o clima refresca e
existe uma oferta maior de alimento, ‘ele’ se transforma em ‘eles’. O
discoideum oscila entre ser uma criatura única e uma multidão”. (p. 10)


*Discoideum:  É um eucariota primitivo que transita, durante o seu ciclo de vida, de uma colecção de amibas unicelulaes para um conjunto multicelular e depois para um corpo frutificante.

"O Principe" na Prefeitura de Fortaleza.



No tocante à gestão de Roberto Cláudio na Prefeitura de Fortaleza é razoável acreditar que as medidas mais duras, mais impopulares e que desagradarão até mesmo aos vereadores e aos partidos políticos aliados, ou não, ocorram logo de início e em sua maioria, de uma só vez. É que entre os mentores e detentores de grande infuência sobre o prefeito eleito, pelo menos um, é apreciador dos ensinamentos de Maquiavel em "O Príncipe" e vez por outra costuma recomendar medidas inspiradas no pensador florentino.

Justiça, mídia e política no Ceará. Uma mistura que vai ganhando consistência!

E a política cearense vai aparentemente ganhando contornos mais marcantes de uma ingerência crescente sobre a justiça e uma cumplicidade subserviente explícita da mídia. Resta saber que tipos de reações isso tudo vai provocar. A sociedade moderna não costuma comportar-se de forma catatônica diante do avanço de práticas como essas. Não por muito tempo!