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terça-feira, 29 de maio de 2012

Atingimos 10.000 acessos

Obrigado aos participantes, visitantes e amigos que tem dividido e enriquecido esse espaço. Manteremos o compromisso com a boa informação e as novidades do terceiro setor, das tecnologias sociais, empreendedorismo social, economia criativa e demais assuntos que fortalecem o advocacy e a mudança do mundo para melhor.



Um salve á tod@s!



Johnson Sales.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

5 pessoas que você NÃO deve adicionar no Facebook

Você é daqueles que sai adicionando todos os seus colegas de trabalho no Facebook? Fique esperto! Nem todas as pessoas que trabalham com a gente são confiáveis para adicionarmos nas redes sociais


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Crédito: flydragon / Shutterstock.com
Novo estudo constata que um empregado está, em média, conectado a 16 colegas de escritório no popular site de rede social
 
Muitos colegas do seu trabalho estão conectados a você pelo Facebook? Um novo estudo da empresa Millennial Branding constatou que um empregado está, em média, conectado a 16 colegas de escritório no popular site de rede social. Apenas 36% desses profissionais listam em seu perfil o local de trabalho, enquanto 80% fornecem informações sobre onde estudou. Assim, enquanto este grupo parece estar tentando manter seus mundos pessoais e profissionais separados, eles continuam juntando, e isso acontece principalmente quando eles adicionam os colegas de trabalho.


Há uma série de fatores no Facebook que podem gerar uma demissão. Um deles é se conectar a pessoas erradas no ambiente de trabalho. Para garantir o seu emprego e a boa convivência no trabalho, veja as 5 pessoas que você nunca deve ter como amigo no Facebook:
 

Seu chefe

Ter amizade com o seu chefe no Facebook pode parecer uma boa maneira de chegar perto dele, mas neste caso, pode ser perto demais para manter o seu conforto no trabalho. Se você é amigo do seu chefe no Facebook o ideal é não compartilhar algo muito pessoal. Eles podem perder a confiança em você, não te levar a sério e possivelmente substituí-lo.  

Representante de RH

Adicionar o representante de Recursos Humanos da empresa reflete as mesmas questões que manter a amizade com o seu chefe. Se você é amigo seu representante de RH no Facebook e, em seguida, revela um segredo da empresa ou criticar seu chefe na rede social, eles vão ter mais do que um motivo para denunciá-lo ao seu superior.  

Seu concorrente na empresa

Se você tem um concorrente na empresa, muito cuidado. Não mantenha seus inimigos mais perto ainda através do Facebook. Alguém que não tem suas melhores intenções em relação a você vai aproveitar qualquer oportunidade para encontrar qualquer deslize para te prejudicar.  

Chefe anterior

Se você deixar uma empresa e quiser manter o contato com o seu ex-chefe por meio das redes sociais, tome muito cuidado. Se você deseja mantê-lo por razões profissionais seja para uma referência ou novo emprego, por exemplo, você deverá tomar o cuidado para deixar as duas zonas da sua vida - pessoal e profissional - absolutamente separadas.  

Pessoas da sua equipe

Você mantém certa imagem no escritório, e é quase impossível manter perfeitamente a mesma imagem on-line, mesmo com as configurações restritas. Sem querer você pode divulgar informações que podem ser prejudiciais a sua carreira. Por exemplo, se você posta uma foto desfrutando das viagens de negócios, você pode perder a credibilidade com a sua equipe.


 Fonte: Universia Brasil

 

domingo, 27 de maio de 2012

Psicologia: Exercícios prometem ensinar criatividade


Em breve, o estudo será transformado em software

por Alexandre Rodrigues

Editora Globo
Por milhares de anos, as pessoas desprezaram o carrapi­cho (aquela plantinha que gruda nas roupas). Até que, em 1948, o suíço George Mestral se inspirou nele para criar o velcro, usado em calçados e roupas. Esse é um dos exemplos que o filósofo, psicólogo cognitivo e cientista da computação Anthony McCaffrey, da Universidade de Massachusetts Amherst, nos EUA, coletou ao analisar a história de 100 inventos modernos e 1.000 históricos para entender como surge a inovação. O resultado da pesquisa é uma série de exercícios que promete liberar a cria­tividade e, em breve, será transformada em software.

As atividades se baseiam na chamada Hipótese de Características Obscuras, o fato de que costumamos olhar para um problema ou mesmo um objeto e enxergá-lo apenas de uma perspectiva, deixando escapar vários aspectos. “Fomos desenha­dos para notar o que é mais comum”, afirma McCaffrey. Porém, o que nos torna inovadores é ter múltiplos olhares para uma mesma coisa — como enxergar a utilidade de um carrapicho.

O pesquisador, então, criou exercícios para treinar nossa mente a notar as várias facetas de algo. Um dos truques é ver um objeto, como um relógio ou um sino, como um conjunto de partes, e não uma peça única. Isso nos ajudaria a pensar, por exemplo, em novos usos para cada parte. E nos deixaria mais criativos.

Para testar a ideia, McCaffrey recrutou um grupo de 28 estudantes. Metade foi treinada com os exercícios criados por ele. Depois, todos receberam 8 desafios à criatividade e improviso, como completar um circuito elétrico sem ter todos os fios de cobre. O grupo treinado teve um desempenho 67% superior.

Com uma bolsa da Fundação Nacional de Ciência dos EUA, McCaffrey agora de­senvolve um software que compilará os principais exercícios para abrir a mente. Inicialmente, é dirigido a engenheiros. “Mas pode funcionar em qualquer área da criação humana”, afirma o pesquisador. Confira abaixo algumas das atividades e verifique se, com elas, você terá mesmo uma mente mais brilhante.

 BOM PRA CUCA | Conheça 3 atividades para deixar você mais criativo.




Sobre a Vida (em Sócrates)


" Sócrates disse, celebremente, que uma vida sem reflexão não merece ser vivida. Queria ele dizer que uma vida vivida sem ponderação nem princípio é tão vulnerável ao acaso e tão dependente das escolhas e ações de terceiros que pouco valor real tem para a pessoa que a vive. Queria ainda dizer que uma vida bem vivida é aquela que possui objetivos e integridade, que é escolhida e orientada pelo que a vive, tanto quanto possível a um agente humano enredado nas teias da sociedade e da História (...) Uma pessoa que não pense na vida é como um forasteiro sem mapa numa terra estrangeira: para alguém assim, perdido e desorientado, um desvio no caminho é tão bom como qualquer outro e, se o rumo tomado conduzir a um local que vale a pena, terá sido meramente por acaso. "
(by A.C. Grayling, O Significado das Coisas.)

Serviço - Facebook dá dicas de lingua portuguesa

Rede social oferece dicas rápidas que ajudam nos erros mais comuns da língua portuguesa 

 


República Imigrante do Brasil

Entre 2010 e 2011, quase 600 mil pessoas vieram morar no Brasil. Nunca tivemos tantos imigrantes por aqui desde 1890. Veja agora um panorama da imigração no país década a década. Conheça histórias de estrangeiros que escolheram chamar o Brasil de lar.

Edição: Frederico Di Giacomo, Karin Hueck Reportagem e texto: Otavio Cohen, Itamar Cardin Edição de arte: Daniel Apolinario Design: Juliana Moreira e Rafael Quick Ilustração: Diogo Blanco, Daniel Apolinario e Fabricio Lopes Vídeo: Fabio Nascimento Desenvolvimento: Cheny Schmeling

 

Veja documenário completo em  http://super.abril.com.br/multimidia/republica-imigrante-brasil-683294.shtml

Meio Ambiente: Consumo provoca alta nos oceanos

IANA SOARES
O uso maciço de recursos hídricos em nosso planeta paradoxalmente tem sido responsável por grande parte da alta do nível dos oceanos constatado ao longo das últimas décadas, calcularam climatologistas em um estudo publicado.

O nível médio dos mares do mundo aumentou, em média, 1,8 milímetro ao ano no período compreendido entre 1961 e 2003, segundo medições feitas ao longo da costa por marégrafos, instrumentos que registram o fluxo e refluxo das marés.

Os cientistas procuravam, depois de um longo tempo, determinar com precisão a proporção desta elevação que poderia ser atribuída ao aquecimento global. Em seu célebre relatório de 2007, o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) tinha chegado a uma estimativa de alta de 1,1 mm neste período, sobretudo devido ao efeito da “dilatação térmica dos oceanos” - fenômeno que ocorre quando a água quente ocupa um volume maior do que a água fria - e do derretimento das geleiras e das calotas polares.

Restava, ainda, uma alta de 0,7 mm ao ano para elucidar, um mistério que levou muitos cientistas a se interrogarem sobre a validade de seus cálculos.

Em um estudo publicado na revista científica britânica Nature Geoscience, uma equipe chefiada por Yadu Pokhrei, da Universidade de Tóquio, calcula que esta alta inexplicável estaria ligada, essencialmente, à água extraída de lençóis freáticos e de lagos para consumo humano.

Certamente, a extração desta água se traduziu, inicialmente, por um recuo muito sutil do nível dos mares. Mas sendo consumida ou evaporada, a água retirada (e geralmente nunca reposta) acaba, na maioria dos casos, chegando ao limite do esgotamento, segundo estimativas de modelos informáticos.



sábado, 26 de maio de 2012

Seminário Cearense de startups


No próximo dia 30, será realizado em Fortaleza o Seminário Cearense de Startups, das 8h às 17 horas, no auditório Luiz Esteves Neto, 5º andar do edifício Casa da Indústria. O evento busca promover o desenvolvimento das startups, como forma de impulsionar a economia do conhecimento no Ceará. Entre os participantes, os israelenses Samuel Jerozolimski e Michelle Shik ministram palestra.

O seminário é aberto e gratuito, voltado ao meio empresarial e acadêmico, tendo como público-alvo representantes de universidades, empresários e filiados aos sindicatos industriais de todos os setores que buscam modelos de inovação. O evento promoverá debates sobre a importância das startups e incubadoras tecnológicas como novas propulsoras da economia e da inovação.

Além das palestras, haverá apresentação de cases, de Israel e do Brasil. De acordo com organizadores do seminário, casos cearenses também serão contemplados.


Fonte:  http://www.opovo.com.br/app/colunas/tecnosfera/2012/05/26/noticiastecnosfera,2846583/seminario-startup.shtml



sexta-feira, 25 de maio de 2012

Mapeamento de Negócios Sociais no Brasil

O mapeamento do campo de negócios sociais no Brasil, foi desenvolvido pelo ANDE Polo Brasil, Potencia Ventures, Avina e Plano CDE e identificou 140 negócios sociais/inclusivos (e foi conhecer 50 deles mais a fundo).


A gente sabe que é muita informação, mas as que mais chamaram a nossa atenção foram:


01. A base da pirâmide não faz parte desse cenário empreendedor (78% dos entrevistados possuem ensino superior ou pós e sabemos que essa não é a realidade de nossas comunidades);
02. Ainda são oferecidos muito poucos serviços para a base da pirâmide relacionados a arte e cultura, educação, tecnologia e saúde;
03. 96% dos entrevistados começaram seus negócios com o objetivo de gerar impacto social, mas apenas metade dos entrevistados mensura seu impacto social;
04. Empreendimentos analisados se propõe a atingir (pelo menos seus beneficiários se enquadram) a base da pirâmide;
05. Foco é vender produtos para pessoas físicas ou para empresas (bem legal ver que elas não estão dependendo de doações ou do governo);

Link para o estudo completo:  http://www.aspeninstitute.org/sites/default/files/content/docs/ande/Mapeamento%20Neg%C3%B3cios%20Sociais_Inclusivos%20-%20Relat%C3%B3rio%20final%20categoria%20neg%C3%B3cios%5B1%5D.pdf

Convite: Conj. Ceará recebe liderança da Prefeita de Fortaleza nesta Segunda Feira 28 de Maio

A atividade faz parte da programação do Conselho Consultivo do Centro de Cidadania que vem conversando com Poder Público, Sociedade Civil e Empresários sobre o desenvolvimento do território e sua vocação para a Economia Criativa.
Participe apoie o Território Criativo!



Seminário Fortaleza Rio + 20: Serviços Ambientais e Cidades Sustentáveis


Em razão das comemorações da Semana do Meio Ambiente, a Prefeitura Municipal de Fortaleza, através da SEMAM, convida para o Seminário Fortaleza Rio + 20 Serviços Ambientais e Cidades Sustentáveis. Dentre os temas a serem discutidos, estão os Desafios da Construção do Desenvolvimento Sustentável no Brasil, o Esboço Zero da Conferência Rio+20 e as contribuições da cidade de Fortaleza para o documento. Um dos destaques da discussão consiste no Programa Cidades Sustentáveis e a participação de Fortaleza na iniciativa internacional que reúne os melhores projetos de sustentabilidade urbana do mundo.

Local: Hotel Gran Marquise
Dia 28 de maio: 8 às 17h
Dia 29 de maio: 8 às 12h

Programação:

Dia 28 de maio (segunda)
Manhã
8:00 – Café
8:30 – Cerimonial de abertura
09:00 – Mesa 1
1. Adalberto Alencar – Políticas Ambientais da Prefeitura Municipal de Fortaleza
2. Weber Coutinho – Políticas Ambientais da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte/ Certificação Ambiental
2. Fator Verde e os Serviços Ambientais - Jeovah Meireles – Geografia da UFC
3. Luís Gonzaga – Biodiversidade da Sabiaguaba – Biologia da UECE

Dia 28 de maio (segunda)
Tarde
14:00 – Mesa 2
1. Elaene Rodrigues – Secretária de Assistência Social
Políticas Sociais da Prefeitura Municipal de Fortaleza
2. Maurício Broinizi - Secretário Executivo da Rede Nossa São Paulo
Tema: Os desafios para a construção de Cidades Sustentáveis
3. Rose Inojosa – UMAPAZ/Secretaria do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo/Boas Práticas – São Paulo

Dia 29 de maio (terça)
Manhã
08:00 – Mesa 3
1. Bazileu Margarido
Ex-Presidente do IBAMA e membro do Instituto Democracia e Sustentabilidade - IDS
Tema: Os desafios da construção do Desenvolvimento Sustentável no Brasil
2. Geraldo Vitor Abreu
Agenda 21 – Ministério do Meio Ambiente
3. Pedro Ivo Batista
Ex-Sec. da Semam e Coordenador do FBOMS (Forum Brasileiro de Ongs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e Desenvolvimento) Tema: A atualidade da Carta da Terra

Pensando com Marx

 (Ilustração: Jacek Yerka)
"Os homens fazem a sua própria história, mas não o fazem como querem... a tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos."
Karl Marx

Diferença entre estágio e trainee

Enquanto o estágio é parte da educação do estudante, o trainee é mais voltado a quem já é formado e está atuando no mercado de trabalho. “Os dois programas são muito importantes na vida profissional, pois as empresas exigem experiência, e não só formação”, explica Renato Grinberg, especialista em mercado de trabalho. Os estagiários costumam trabalhar e receber menos, já os trainees passam por um treinamento mais pesado e têm remuneração maior.

 Publicado em http://mundoestranho.abril.com.br/materia/qual-a-diferenca-entre-estagio-e-trainee

 

quinta-feira, 24 de maio de 2012

De Platão à Ken Wilber - Intuição e Emoção para a Sustentabilidade

Líderes sustentáveis, intuitivos e emocionais

 

 

Estou entre os que acreditam que a análise de realidades complexas, como a da sustentabilidade, e mais especificamente da liderança para a sustentabilidade, não podem mais ser feitas com base em raciocínios simplistas. Isso explica o meu mergulho mais recente no modelo integral, um modelo de pensamento que começou com Platão e a sua definição de bondade, verdade e beleza e, que mais modernamente, foi reinterpretado pelo filósofo americano Ken Wilber a partir da teoria dos quatro quadrantes.

Segundo Wilber, o conceito de integral pressupõe analisar a realidade com base em influências psicológicas (interior-Individual), comportamentais (individual-exterior), culturais (coletivo-interior) e dos sistemas (coletivo-exterior). O fato é que quando o assunto é sustentabilidade, por exemplo, tende-se a uma análise focada em apenas um dos quadrantes, o de sistemas e estruturas. Aspectos individuais como sentimentos, visões de mundo e experiências assim como cultura, educação, imaginário, interações sociais e comportamentos são menos ou nada considerados – nem como fatores de motivação nem como obstáculos. E assim perde-se profundidade.

Por conter variáveis em quatro dimensões, o modelo integral oferece contribuições importantes também para pensar sobre a liderança para a sustentabilidade. Nesse sentido, e procurando ampliar perspectivas já apresentadas no meu livro Conversas com Líderes Sustentáveis (editora Senac-2011), recorro a Barrett Brown, diretor executivo do Integral Sustainability Center e entrevistado da atual edição da revista Ideia Sustentável (27, março de 2012). Ao final de seu estudo de doutorado, denominado Liderança no Limite: Liderando a Mudança a partir da Consciência Pós-Convencional, Barrett definiu 15 competências para líderes de sustentabilidade “com uma lógica de ação avançada” 

15 competências de líderes de sustentabilidade, segundo Barrett Brown

Profundamente conectado
Apoia a prática da sustentabilidade em um sentido profundo – honra o trabalho de sustentabilidade e o vê como uma prática espiritual, uma ferramenta para transformação de si mesmo, dos outros e do mundo. 

Toma decisão de maneira intuitiva – usa formas de conhecimento além da análise racional para colher ideias profundas e tomar decisões rápidas. Acessa esse tipo de informação de forma individual ou coletiva e facilita para que outros o façam também.

Abraça a incerteza com profunda confiança – capaz de, humildemente, descansar em face da ambiguidade, do desconhecido e de mudanças imprevisíveis sem “forçar” uma resposta ou resolução imediata. Confia profundamente em si mesmo e em seus cocriadores e no processo como um todo para navegar através da incerteza.

Conhece a si mesmo
Analisa e envolve o ambiente interno – capaz de ter consciência rapidamente e responder às dinâmicas psicológicas em si mesmo para não influenciar de forma inadequada um trabalho de sustentabilidade. Possui uma sintonia profunda com sua “sombra”, personalidade e forças emocionais, capaz de “tirá-las do caminho” e manter-se “energeticamente limpo” ao se envolver com os outros.

Tem múltiplas perspectivas – capaz de manter intelectualmente e emocionalmente diferentes perspectivas relacionadas a um problema de sustentabilidade, sem estar excessivamente ligado a nenhuma delas. Capaz de discutir a posição e comunicar-se diretamente a partir de diferentes pontos de vista.

Gestão adaptável

Dialoga com o sistema – capaz de, repetidamente, perceber o que é necessário para ajudar a desenvolver um sistema, tenta intervenções diferentes, observa a resposta do sistema e se adapta de acordo com ele.

Caminha com energia – capaz de identificar e aproveitar as aberturas e oportunidades para mudanças no sistema que são bem recebidas por seus membros, construindo, dessa forma, dinâmica e movimento para driblar obstáculos.

Cultiva a Transformação

Autotransformação – capaz de, constantemente, desenvolver-se ou criar o ambiente para o autodesenvolvimento nos domínios intrapessoal, interpessoal e cognitivo, bem como em outras áreas. Capaz de criar comunidades e engajar mentores.

Cria condições de desenvolvimento – capaz de criar as condições iniciais que dão suporte ou desafiam o desenvolvimento de indivíduos, grupos, culturas e sistemas. Possui habilidade para sentir o próximo passo no desenvolvimento.

Gera espaço – capaz de, efetivamente, criar o espaço adequado para ajudar no progresso do grupo, lidando com a tensão de questões importantes, além de manter o potencial energético para o que é necessário.

Maneja as sombras – capaz de dar suporte aos outros para ver e responder adequadamente as suas questões psicológicas e suas sombras “programadas”.

Navega com teorias e estruturas sofisticadas

Teoria de sistemas e de pensamento – compreende os conceitos fundamentais e linguagem da teoria dos sistemas. É capaz de aplicar sistemas de pensamento para entender melhor as questões de sustentabilidade e apoiar o desenvolvimento de sistemas.

Teoria da complexidade e pensamento complexo – compreende os conceitos fundamentais e linguagem da teoria da complexidade, especialmente no que se refere à liderança. É capaz de aplicar o pensamento complexo para melhor compreender as questões de sustentabilidade e apoiar o desenvolvimento de sistemas adaptativos complexos.

Teoria e reflexão integral – compreende os conceitos fundamentais e a linguagem da Teoria Integral. É capaz de usá-la para avaliar ou diagnosticar um problema de sustentabilidade e projetar uma intervenção, comunicação sob medida para diferentes visões do mundo e apoiar o desenvolvimento de si mesmo, de outros grupos, culturas e sistemas.

Gestão de polaridade – compreende os conceitos fundamentais e linguagem da gestão de polaridade. É capaz de reconhecer e envolver efetivamente polaridades importantes, tais como: subjetiva-objetiva, individual-coletiva, racional-intuitiva, masculino-feminino, estruturada-dinâmica.

Fonte: Barrett Brown, em Liderança no Limite: Liderando a Mudança a Partir da Consciência Pós-Convencional.

Algumas dessas competências enxerguei, com maior ou menor ênfase, nos 10 líderes entrevistados para o livro. Cinco delas situam-se num campo que, segundo o modelo integral de Wilber, tem a ver com um certo tipo de mindset, isto é, com características psicológicas muito específicas, dessas que não se ensinam nas escolas de negócio.

Profundamente conectados e conhecedores de si próprios, esses líderes combinam pensamento claro com engajamento emocional. Além da razão, utilizam a intuição como companheira na hora de tomar decisões. Para eles, sustentabilidade não é apenas uma “estratégia” pragmática ou uma “ferramenta”, mas um modo de transformar a si mesmos, os outros e o mundo. Mais do que a média dos líderes convencionais, lidam de modo pró-ativo com a incerteza inerente às mudanças de modelos de negócio porque confiam em si mesmos e se orientam pela força de suas convicções, valores e princípios.

E, por fim, conjugam a boa e velha resiliência – uma dessas competências considerada chave por dez entre dez recrutadores globais –, que funciona como uma espécie de vacina contra a oposição quase sempre contagiante dos céticos, indiferentes e adeptos convictos do bottom line, com uma interessante capacidade generalista de integrar diferentes perspectivas da sustentabilidade sem professar uma delas em particular.

 Líderes sustentáveis são, como bem exemplificou Gemignani, da Promon, mais jardineiros do que comandantes militares. São indivíduos cujo perfil se caracteriza por profunda compreensão humana, orientados por propósitos e causas, movidos mais por aspirações do que ambições.  E eles estão em todas as organizações, nas mais diferentes posições e estratos hierárquicos. Felizes daquelas que, com um olhar integral, souberem criar as condições para a sua semeadura.

 por Ricardo Voltolini

Território Criativo: Estudantes e artistas universitários discutem programação alternativa para Festa Junina do Conjunto Ceará


Jovens artistas e produtores culturais do Conjunto Ceará se reúnem com estudantes e artistas universitários do Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Ceará (UFC) para discutir a programação alternativa da XXXIII Festa Junina do Conjunto Ceará.

Pelo segundo ano consecutivo o tradicional evento junino abre espaço em sua programação regional para manifestações culturais alternativas.

Skate, Rock, Hip Hop, Teatro, Reggae, esportes, seminários e discussões sobre a realidade social e cultural da juventude e da comunidade estarão na pauta durante a extensa programação do evento comunitário.

A parceria com os estudantes e artístas universitários representa mais um importante passo para a conquista do estatus de "Território Criativo" para a região.

A reunião acontece Hoje (dia 24 de Maio/2012) ás 20H, na sala de vídeo da Ciências Sociais/UFC no Campus do Benfica. 
 

IV Feira das Profissões 2012 - UFC

A Universidade Federal do Ceará realizará, entre 8 e 10 de agosto, a IV Feira das Profissões 2012. O evento será organizado pela Pró-Reitoria de Graduação, no Campus do Pici, sendo voltado para alunos do Ensino Médio das redes pública e particular de ensino. Os pré-universitários conhecerão detalhes dos cursos de graduação oferecidos pela UFC, nos estandes montados, estudantes universitários tirarão dúvidas dos visitantes sobre os cursos de graduação.

A Feira das Profissões é uma ferramenta que auxiliará na tomada de decisão da escolha do curso de graduação; o que esperamos venha a diminuir a insatisfação do estudante com seu curso e consequente evasão. As informações esclarecerão dúvidas e agregarão novos dados, que permitirão uma opção mais consciente...


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Novas Profissões (especial Exame.com)

Novas profissões: o futuro chegou para trabalhar

As evoluções tecnológicas e as mudanças demográficas demandam a criação de novas carreiras profissionais — e o Brasil já vive essa realidade

  Divulgação

Sonic e Tails: game conquistou crianças e jovens no Brasil
Design de Games, como o popular Sonic, é uma das novas carreiras possibilitadas pelos avanços técnológicos

São Paulo - O doutor Leonard McCoy, o médico da nave Enterprise, do célebre seriado de ficção científica Jornada nas Estrelas, parecia carregar um hospital numa bolsa a tiracolo. Não importava em que planeta estivesse, ministrava medicamentos e fazia exames complexos, diagnósticos e até cirurgias com equipamentos não muito maiores do que canetas esferográficas.

Suas habilidades eram tão sofisticadas para a medicina conhecida pelos telespectadores dos anos 60, quando o seriado foi ao ar, que ele poderia ser confundido com um engenheiro (quando ajustava uma prótese) ou um químico (ao manipular remédios).

Não por acaso, um dos bordões do personagem era reafirmar a natureza de seu trabalho: "Eu sou médico, não sou físico", ou "Não sou cientista", ou “Não sou” qualquer outra profissão com a qual pudesse ser confundido no episódio do momento.

No mundo do trabalho do século 21, cresce a demanda pelos McCoy — profissionais com aptidões e treinamentos sofisticados, não raro tão estranhos à atividade original que parecem atuar em outras áreas. Genericamente é possível chamá-los de profissionais do futuro. Na prática, eles já existem, dando uma nova feição ao mercado de trabalho.

"Grandes oportunidades de emprego estão surgindo em áreas antes inimagináveis, como a biotecnologia, a robótica, a inteligência artificial e as energias renováveis, que exigem um aumento exponencial de conhecimento e habilidades", diz Neil Jacobstein, presidente da Singularity University, também chamada de universidade do futuro, que funciona no campus da Nasa, a agência espacial americana, no Vale do Silício, na Califórnia, berço de muitas das principais empresas de tecnologia do mundo.  "Nos próximos anos, as profissões vão se transformar — muitas irão surgir e algumas até desaparecer."

Esse processo não é inédito. As profissões estão em constante evolução. Mas, no momento, há uma transformação peculiar no mercado de trabalho graças a uma alteração estrutural em escala global: a massificação generalizada. Massificação das cidades, dos produtos, dos serviços, bem como dos benefícios e dos problemas.

Mais da metade da população mundial vive hoje em cidades, com acesso inusitado a novas tecnologias, uma busca descomunal por produtos e serviços e concentrando a demanda por recursos naturais, como alimentos, água e energia. Um dos governos que se preocuparam em entender os impactos da nova realidade foi o do primeiro-ministro britânico Gordon Brown, cujo mandato estendeu-se de 2007 a 2010.
Brown encomendou um estudo para identificar as tendências que vão impactar o mercado de trabalho em nível mundial até 2050 e apurar quais profissões tendem a ganhar relevância. O levantamento, realizado e divulgado pela consultoria de tendências britânica Fast-Future em 2010, é um dos mais completos já feitos: coletou depoimentos de 486 especialistas em 58 países e chegou a 110 novas carreiras — com destaque para 20 delas.

São listadas profissões curiosas, mas factíveis, como o policial virtual, especializado em solucionar crimes utilizando a internet, o nanomédico, que faz tratamentos com base na nanotecnologia, e o analista de reciclagem, responsável pela destinação e pelo processamento do lixo.

Um dos pontos altos da pesquisa é a apresentação das grandes tendências que devem criar as condições para que essas carreiras se sobreponham às atuais. Entre os componentes da mudança, dois elementos destacam-se. O primeiro é a popularização das tecnologias de ponta. Novidades como celulares conectados em escala global, televisores que se assemelham a computadores e a internet sem fronteiras são a face mais prosaica da transformação.

As novas tecnologias estão alterando os ofícios na indústria do entretenimento, na exploração de minérios, no cultivo de alimentos, na educação, na saúde — exigindo mão de obra cada vez mais especializada e sofisticada.

Para usar um exemplo simplificado: se no passado o médico generalista deu lugar a quase 60 tipos diferentes de especialista, como o pediatra, o oftalmologista e o radioterapeuta, hoje, entre todas essas modalidades, ganha espaço o médico formado para interpretar diagnósticos por imagens, como a tomografia computadorizada.

"A maioria das profissões está evoluindo para agregar tecnologia e se tornar cada vez mais multidisciplinar", diz o indiano Rohit Talwar, presidente da Fast Future e um dos coordenadores da pesquisa.

A tecnologia se une à demografia para determinar o mercado de trabalho do futuro. Em 2050, haverá 1,7 bilhão a mais de pessoas em idade ativa nos países emergentes e 9 milhões a menos nas nações desenvolvidas. Principalmente nos países pobres, a demanda por alimentos e energia deve crescer 50% em comparação a 2009, e a de água doce, 30%.

 Num cenário de escassez de recursos naturais e de mudanças climáticas, a tendência é que as empresas — e seus profissionais — se dediquem à criação de soluções que possam reduzir os impactos desse crescimento explosivo, justamente em países com pouca estrutura para suportá-lo.


A tendência é que ocorra a ascensão de carreiras dependentes de evoluções científicas, como as de biólogo e agrônomo qualificados para o plantio em larga escala de culturas mais produtivas e baratas, ou de engenheiros especializados na produção e na gestão de energias limpas.

Os próximos 30 anos deverão ser marcados pelo envelhecimento em escala global — outra alteração demográfica com enormes consequências. De acordo com as Nações Unidas, quase um quarto da população — o equivalente a 2 bilhões de pessoas — terá mais de 60 anos em 2050, o dobro da proporção atual. Alguns estudos indicam que há 90% de chance de que pessoas hoje com menos de 50 anos possam se tornar centenários saudáveis e produtivos.

Trata-se de uma mudança social e econômica brutal. Os "novos" idosos abrirão espaço para o surgimento de uma série de serviços. O envelhecimento significa, assim, um mercado de trabalho que se abre e que rapidamente se expande. É muito provável que esses serviços sejam pagos pelos próprios usuários — não com o dinheiro da aposentadoria, mas o da remuneração que eles continuarão a ter como trabalhadores.
"Poderemos ter seis ou até sete carreiras diferentes numa vida de trabalho que se estenderá  até 80, 90 anos", diz Talwar, da Fast Future. "A principal competência do trabalhador passa a ser aprender a aprender, para preservar a capacidade de adquirir novas habilidades, a tolerância diante de incertezas, a habilidade de solucionar problemas e a capacidade de se adaptar culturalmente."

O fenômeno é global, mas tem particularidades de acordo com a realidade de cada país. No Brasil, a modernização de diferentes setores da economia já eleva a demanda por profissionais pouco requisitados ou que nem sequer existiam há bem pouco tempo. No campo, o desafio é elevar a produtividade tanto dos rebanhos quanto das culturas sem ocupar mais área.

Nos próximos anos, o cenário é de investimentos crescentes em biotecnologia — e na demanda por profissionais habilitados. Será preciso contratar não apenas pesquisadores mas também pessoal especializado na gestão do cultivo, bem como na venda de insumos e de serviços ligados ao agronegócio.

 Nas cidades, que já concentram a maioria dos brasileiros (84% da população, ante 51% de urbanização na média mundial), é preciso entender uma nova geração de consumidores. Além de exigir o básico — alimentação, moradia, transporte, saúde, educação —, eles buscam produtos e serviços cada vez mais sofisticados.
 
"É nos centros urbanos que prospera a chamada economia do conhecimento”, diz Nathalie Trutmann, diretora de inovação da Faculdade de Tecnologia da Informação, de São Paulo. “A economia baseada na criatividade, que valoriza setores como design, moda, entretenimento e novas formas de comunicação, como as criadas no mundo virtual, em especial na internet, é cada vez mais importante."

Da internet à energia
O campo de trabalho aberto pela internet para os brasileiros é produto do rápido avanço da inclusão digital no país. De acordo com um estudo recente da Cisco Systems, empresa americana especializada em produtos e serviços para a rede, os internautas brasileiros transmitirão oito vezes mais dados até 2015, enquanto no mundo o índice vai ser multiplicado por 4.

Outro levantamento, realizado pela consultoria global Deloitte, identificou que os brasileiros passam cerca de 30 horas por semana diante do computador — quase o dobro das 17 horas gastas assistindo televisão. Além de passar o tempo trocando mensagens em redes sociais, eles fazem compras.

O faturamento com as vendas pela internet no Brasil avança a consistentes taxas de dois dígitos. Entre 2009 e 2010, o aumento foi de 40%. Neste ano, a projeção é que cresça no mínimo outros 30% e chegue a 20 bilhões de reais em transações. Nesse ambiente, as carreiras conectadas com o universo virtual — do publicitário especializado em redes sociais ao designer gráfico de videogames — devem ganhar espaço nos próximos anos.

Trata-se de uma tendência mundial — e, no Brasil, tudo indica que não será diferente.

 Proliferação tecnológica. Aumento da população mundial. Envelhecimento. Preocupações ambientais. Essas são tendências com impacto global sobre o mercado de trabalho. Mas os países têm características específicas, capazes de moldar parte do mercado de trabalho. No Brasil, poucas áreas parecem tão promissoras quanto a de energia, com destaque para a geração a partir de fontes renováveis.

À multiplicação dos parques eólicos no Sul e no Nordeste, soma-se, no Centro-Sul, a base das usinas de álcool para gerar 13 000 megawatts de potência, o equivalente a quase uma usina de Itaipu. No setor de petróleo, a movimentação é ainda mais intensa. Como a exploração do pré-sal é realizada a 300 quilômetros da costa, a profundidades de até 7 000 metros, não é possível utilizar mergulhadores.
Tanto a análise do potencial dos campos quanto a exploração do óleo e do gás têm de ser realizadas por equipamentos controlados remotamente. Nas duas frentes, a demanda por engenheiros e técnicos é gigantesca. "Só agora o Brasil está criando cursos para atender às mudanças no setor de energia e boa parte dos profissionais acaba sendo treinada pelas empresas", diz Adriano Bravo, presidente da Petra, consultoria especializada na contratação de profissionais para indústrias pesadas, como petróleo, gás e mineração.

O grande desafio do Brasil é justamente fazer com que a educação acompanhe a revolução que vai varrer o mercado de trabalho nos próximos anos. Segundo Jacobstein, presidente da Singularity University, o processo promete ser darwiniano e uma transição bem-sucedida de qualquer profissional passa irremediavelmente pela educação.

"Novas tecnologias e o avanço da ciência vão deslocar a abertura de postos de trabalho para atividades que não existiam antes", diz Jacobstein. “A chave para o sucesso nessa transição será qualificar os trabalhadores para preencher os novos postos — apenas os mais preparados poderão enfrentar o desafio da mudança.”

Turbocapitalismo - "na espaçonave Terra, não há passageiros; somos todos tripulação".

Bem-vindo ao mundo da ficção científica

Estamos inseridos no chamado turbocapitalismo, uma saborosa mistura de Blade Runner, com duas xícaras de Segredo do Abismo, três colheres de Avatar e uma pitada de Matrix

  

Marcos Hiller*


Em 1964, o visionário professor Marshall McLuhan disse que "na espaçonave Terra, não há passageiros; somos todos tripulação". Impressionante a nitidez da fala do pesquisador canadense, que estaria com um século de vida esse ano, em delinear uma visão tão lúcida e contemporânea como essa já na década de 1960. E essa sua célebre frase traduz de maneira muito pertinente o verdadeiro universo de ficção científica em que vivemos hoje. Não somos meros passageiros passivos e olhando pela janelinha dessa imensa espaçonave, mas sim seres humanos altamente participativos, prontos para performar e modulando o tempo todo a cena em que estamos inseridos.

Vivemos em um planeta conectado, mas norteado pela constante interrupção. Ao mesmo tempo em que estamos hiperconectados, somos interrompidos por toques, notificações, pop-ups, sirenes e alarmes. Estamos em um mundo veloz, sintético e ansioso, regido por 140 caracteres. Concentrar-se por mais de 20 minutos em uma única atividade é tarefa para poucos. Os jovens, ou nativos digitais, só conseguem ser criativos com 17 abas abertas em suas telas, com a TV ligada, atirando passarinhos com um estilingue e com iPod no ouvido para nossa alegria. Nós nascemos em uma era analógica e estamos migrando para uma digital, na qual eles já nasceram.

Estamos entrando, de modo contundente, em uma nova cultura do espetáculo, da configuração da economia, da sociedade e da política, que envolve novas formas culturais e modelos de experiência. "A chamada era da informação é, na realidade, a do excesso de informação", disse, com muita serenidade, Paulo Vaz, pesquisador da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), há 10 anos. Nosso cérebro e nossa cognição simplesmente não dão conta de tamanho volume de informação que nos tentam impactar por dia. Por exemplo, uma edição de domingo do The New York Times contém mais informação do que a absorvida ao longo da vida por um indivíduo culto no século XVIII.

Vive-se em um universo hiperconectado, onde as máquinas falam e os homens comunicam-se por meio de próteses artificiais. As novas gerações incorporam plenamente essas tecnologias e as colam ao corpo como um elemento a mais de suas roupas: calças, jaquetas e mochilas são fabricados com lugar para o celular. A moda faz com que a corporabilidade abrigue as tecnologias. Quando chego diante da porta de um shopping e ela se abre sozinha, ou quando abro meu carro com o botãozinho e o bip do chaveiro, não é isso que está abrindo a porta, é meu corpo, é uma extensão do meu braço, como se eu fosse Anakin Skywalker, provido de uma força sobrenatural.

Bem vindo à era do YouTube, o canal de televisão mundial. O Twitter é a maturação da internet e posso me conectar e ser ouvido por qualquer pessoa do Planeta. Estamos o tempo todo diante de telas, painéis e tecnologias touch-screen e entramos no epicentro da era do consumo simbólico. Quando as pessoas adquirem um iPhone, por exemplo, estão não apenas comprando um aparato tecnológico, como também vivenciando certo estilo de vida (digital) e se inscrevendo num imaginário tecnológico que enfatiza as ideias de inovação, elegância e distinção econômica, diz com muita sabedoria o pesquisador Erick Felinto daUERJ.

As pessoas, nessa sociedade intensa e paradoxal, buscam uma fixação narcísica por meio das redes sociais, e as marcas também procuram adotar jogos discursivos sedutores nesses novos e envolventes espaços digitais, dizia também McLuhan há 50 anos. E com a explosão das redes sociais, fenômenos desse século, vemos essa sábia frase de McLuhan cristalizada de forma sublime. Esses novos ambientes virtuais são baseados em plataformas digitais e dispositivos interativos móveis de compartilhamento de arquivos e informações são exemplos muito claros dessa condição social-histórica imprecisa, hesitante e incompleta, complementa Felinto.

Já Sherry Turkcle, uma brilhante cientista do MIT, diz que com muita pertinência que nós estamos "always on". E quando estamos conectados, estamos na verdade, negando uma certa solidão. Se estou sozinho em casa logado no meu Facebook, eu não estou mais sozinho, estou fazendo parte da vida de outras centenas de pessoas e de forma muito íntima. A tecnologia, ao mesmo tempo que nos aproxima de pessoas queridas, nos distancia delas. Outro grande pensador contemporâneo, o argentino Nestór Garcia Canclini diz que "chega-se a fenômenos de autismo e desconexão social, devido às pessoas preferirem antes ficar na frente da tela do que relacionar-se com interlocutores em lugares fisicamente localizados". O fato de eu estar conectado o tempo todo não significa que estou interagindo o tempo todo. E nesse universo, muito mais importante do que estarmos simplesmente presentes nas atraentes e viciantes redes sociais, é preciso saber o que fazer lá, saber estar presente de forma relevante e coerente.

Vive-se em um mundo de histórias que se iniciam e não finalizam, cada vez mais interligado por intercâmbios de ordem mercadológica. Todo mundo praticamente está ocupado all the time fazendo business com tudo: diversão, conhecimento, avatares, casamento, sexualidade, estética, reprodução, saúde, beleza, identidade, ideias. As pessoas se tornam um verdadeiro empreendimento comercial nesse novo contexto que vivemos, e com a cauda longa de Chris Anderson mais forte do que nunca. As sociedades vivem hoje um processo de reorganização, sobretudo no âmbito cultural, social, econômico e político, e fica muito evidente como esses fenômenos tecnológicos, como a explosão de redes sem fio, por exemplo, aceleram a dinâmica das relações, onde posso postar tudo que eu quiser, onde eu quiser e na hora que quiser. Não queremos mais estar sucumbidos na impessoalidade da massa, pois agora quero estar conectado apenas com pessoas e marcas que ajam como eu ajo.

Bem-vindo! Estamos inseridos no chamado turbocapitalismo, uma saborosa mistura de Blade Runner, com duas xícaras de Segredo do Abismo, três colheres de Avatar e uma pitada de Matrix. May the force be with us!

*Marcos Hiller é coordenador do MBA Gestão de Marcas (Branding) da Trevisan Escola de Negócios (@marcoshiller).



F onte: http://olhardigital.uol.com.br/produtos/digital_news/noticias/bem-vindo-ao-mundo-da-ficcao-cientifica



 

DNA funciona como um "pendrive"

Cientistas conseguem fazer DNA funcionar como um 'pendrive'

Biólogos fizeram com que a estrutura fosse capaz de guardar dados e apagá-los, assim como a memória de um computador

por Redação Galileu

Editora Globo
Seu HD interno pessoal // Crédito: Shutterstock

Você conhece o DNA como uma espécie de cordão de químicos que define quem somos. Mas agora, cientistas da Universidade de Stanford foram capazes de guardar memórias dentro dessas estruturas. Isso mesmo, armazenar dados, assim como um computador armazena seus arquivos.

Não é o primeiro sistema de armazenamento de dados biológico já criado – pesquisadores já foram capazes de fazer o mesmo com proteínas. Então qual é a novidade? É que ao alterar o DNA, é possível criar células sintéticas e digitais. Ou seja, o DNA pode reprogramar o organismo para funcionar de forma diferente. 

Para chegar a esse resultado os cientistas trabalharam com o DNA da bactéria Escherichia coli, separando seus elementos genéticos. O que sobrou foi um sistema que contem lugares marcados onde esses elementos deveriam estar, indicando para enzimas que o DNA pode ser ‘copiado e colado’ de forma reversa – e é o que acontece por, pelo menos, 16 vezes. 

Até conseguirem esse feito, os cientistas precisaram programar filamentos de DNA 750 vezes. O pesquisador à frente do projeto, Drew Endy, conta que foi como “tentar escrever um código de seis linhas em um computador, mas que precisa de 750 tentativas de debug para funcionar”.

Acredita-se que o novo sistema poderá estar em organismos vivos antes do fim do século.


Via Gizmodo


Fonte:  http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI306405-17770,00-CIENTISTAS+CONSEGUEM+FAZER+DNA+FUNCIONAR+COMO+UM+PENDRIVE.html

terça-feira, 22 de maio de 2012

O Retrato de Dorian Gray (Dica de livro)


O Retrato de Dorian Gray (no original em inglês, The Picture of Dorian Gray) é um romance publicado por Oscar Wilde, considerado um dos grandes escritores irlandeses do século XIX. Foi publicado inicialmente como a história principal da Lippincott's Monthly Magazine em 20 de junho de 1890. Wilde depois reviu, alterou e ampliou essa edição, que foi publicada como a versão mais tarde por Ward, Lock e Company em abril de 1891. 

Lorde Henry (o mais marcante personagem do romance) um lorde, na faixa dos seus 30 anos, que gosta de testar mentes mais “fracas” que a dele e que vai conduzir Dorian Gray à perdição. Sendo usado por Oscar Wilde para criticar a sociedade: 

“(…) todo mundo pode ser bondoso no campo. Lá não há tentações. E é esta justamente a razão pela qual as pessoas que vivem fora da cidade não são absolutamente civilizadas. A civilização não é, de maneira nenhuma, uma coisa fácil de se alcançar. Há apenas duas maneiras de chegar a ela. Uma é a cultura e a outra, a corrupção. Ora, a gente do campo não tem oportunidade de travar conhecimento com qualquer das duas maneiras; por isso fica completamente estagnada(…)”

O mesmo Lorde Henry, também declara: "Eu gosto mais de pessoas do que de princípios e de pessoas sem princípios mais do que qualquer outra coisa.”

O romance trata da história de Dorian Gray um homem inicialmente ingênuo que muda sua percepção e visão do mundo por influência do lorde Henry Wotton.  Ainda, Basil Hallward, um pintor, um artista moralmente correto, que vê em Dorian Gray, o protagonista, sua maior fonte de inspiração, como se os dois vivessem um “romance artístico”, um romance entre a arte e aquilo que a inspira, presenteia Dorian com um quadro quase perfeito de sua imagem. A partir dai um pacto é feito. Gray, de alguma forma sobrenatural se funde à própria pintura, sua aparência física não mais se modifica, enquanto o retrato passa a registrar todas as mudanças, marcas, e cicatrizes, não apenas físicas, mas de sua alma que vai apodrecendo devido á suas atitudes.

É uma mistura de Narciso com Don Juan. E ainda remete ao mito de Fausto, aquele que vendera a própria alma ao Diabo em troca de coisas terrenas.  Dorian Gray ganha beleza e juventude eternas e usufrui delas de forma inconsequente e irresponsável. O personagem é extremamente libertino. Segundo Volpi (2003, p. 5), o narcisista “Usa os genitais como arma contra o sexo oposto e o sexo como meio de vingança”. (hoje esse uso não se limita mais somente ao sexo oposto - percepção minha).
  
O mito de Dorian Gray representa com perfeição a visão do Jean-Jacques Rousseau (Genebra, 28 de Junho de 1712 — Ermenonville, 2 de Julho de 1778) - filósofo, teórico político, escritor e compositor autodidata suíço, quando o mesmo afirma: "O homem é bom por natureza. É a sociedade que o corrompe."  

Todo esse conteúdo e mais, pode ser inferido e decodificado do romance e leva o leitor a refletir sobre vaidade, valores, responsabilidades e consequências. É uma importante obra, muito atual e imprescindível para quem ainda consegue refletir sobre seus próprios atos e responsabilidades, nessa relativizada e acrítica pós-modernidade que nos cobre com seu manto fetichista.

lembrando que nessa obra a vilania, a perversidade e a inconsequência são punidas com o "apodrecimento" da alma e a morte física do corpo.

Boa leitura.

Também vale á pena ver o filme:






  Johnson Sales
Fellow da Rede Mundial Ashoka Empreendedores Sociais
Consultor em Tecnologias Sociais e Advocacy da Embaixada Social