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quarta-feira, 22 de maio de 2013

"Bonita demais para trabalhar" - PHD diz que beleza no trabalho é “maldição””


Britânica de 33 anos diz ter dificuldade com empregos por ser "bonita demais para trabalhar"


Aos 33 anos, a britânica Laura Fernee não teria dificuldades em arranjar trabalho como modelo ou garota-propaganda de cosméticos para rejuvenescimento. O belo sorriso, o olhar expressivo e as curvas perfeitas, no entanto, são apontados pela PHD como uma “maldição para o trabalho”.

A constatação não foi feita pelos superiores, mas Laura relata que largou o trabalho em um laboratório em 2011 porque estaria há três anos sofrendo assédio constante de colegas do sexo masculino e perseguição das mulheres ciumentas.

Laura Fernee garante que nunca lhe faltou inteligência, mas a beleza tem atrapalhado seu desempenho no mercado de trabalho. A britânica de 33 anos é PhD em medicina, mas virou destaque na mídia quando revelou que foi forçada a abandonar o emprego porque ela seria “bonita demais para trabalhar”.


A beldade diz que, apesar de ser uma excelente profissional, ela era frequentemente atacada pelas colegas que invejavam sua beleza. E o pior: parece que as meninas do laboratório ficavam ainda mais irritadas quando descobriam que ela era mais competente, e a briga comia solta.

Em uma aparição no programa “This Morning”, na ITV,  ela revelou aos apresentadores que estava escrevendo um livro para ajudar as mulheres a lidar com situações semelhantes no local de trabalho.

Desempregada, a doutora em Ciências diz que a beleza tem atrapalhado sua vida profissional. O assédio dos homens e a ciumeira das mulheres foram a causa do pedido de demissão do último trabalho.

“Minha boa aparência tem causado grandes problemas quando o assunto é emprego. Eu sei que as pessoas vão me julgar por não trabalhar, mas subestimam a maldição de ser bonita no local do trabalho. Não sou preguiçosa, mas também não sou um brinquedo”, afirmou a doutora, em entrevistas à imprensa britânica.

Sustentada pelos pais, Laura Fernee pretende relatar em um livro as experiências vividas por causa de sua “maldição”.

“As colegas de trabalho viram a cara ou soltam piadinhas, incomodadas pela beleza. Tenho certeza que outras mulheres vivem os mesmos problemas, mas não se manifestam por receio de serem rotuladas”, acredita.

Fonte:  trabalhando.com



Um homem de conhecimento



– “Quando um homem começa a aprender, ele nunca sabe muito claramente quais são seus objetivos. Seu propósito é falho; sua intenção, vaga. Espera recompensas que nunca se materializarão, pois não conhece nada das dificuldades da aprendizagem.”

“Devagar, ele começa a aprender… a princípio, pouco a pouco, e depois em porções grandes. E logo seus pensamentos entram em choque. O que aprende nunca é o que ele imaginava, de modo que começa a ter medo. Aprender nunca é o que se espera. Cada passo da aprendizagem é uma nova tarefa, e o medo que o homem sente começa a crescer impiedosamente, sem ceder. Seu propósito toma-se um campo de batalha.”

“E assim ele se depara com o primeiro de seus inimigos naturais: o medo! Um inimigo terrível, traiçoeiro, e difícil de vencer. Permanece oculto em todas as voltas do caminho, rondando, à espreita. E se o homem, apavorado com sua presença, foge, seu inimigo terá posto um fim à sua busca.”

 (…)
– “E o que pode ele fazer para vencer o medo?”
– “A resposta é muito simples. Não deve fugir. Deve desafiar o medo, e, a despeito dele, deve dar o passo seguinte na aprendizagem, e o seguinte, e o seguinte. Deve ter medo, plenamente, e no entanto não deve parar. É esta a regra! E o momento chegará em que seu primeiro inimigo recua. O homem começa a se sentir seguro de si. Seu propósito toma-se mais forte. Aprender não é mais uma tarefa aterradora. Quando chega esse momento feliz, o homem pode dizer sem hesitar que derrotou seu primeiro inimigo natural.”

(…)
– “Uma vez que o homem venceu o medo, fica livre dele o resto da vida, porque, em vez do medo, ele adquiriu a clareza… uma clareza de espírito que apaga o medo. Então, o homem já conhece seus desejos; sabe como satisfazê-los. Pode antecipar os novos passos na aprendizagem e uma clareza viva cerca tudo. O homem sente que nada se lhe oculta.”
“E assim ele encontra seu segundo inimigo: a clareza! Essa clareza de espírito, que é tão difícil de obter, elimina o medo, mas também cega.”

“Obriga o homem a nunca duvidar de si. Dá-lhe a segurança de que ele pode fazer o que bem entender, pois ele vê tudo claramente. E ele é corajoso porque é claro; e não para diante de nada, porque é claro. Mas tudo isso é um engano; é como uma coisa incompleta. Se o homem sucumbir a esse poder de faz-de-conta, terá sucumbido a seu segundo inimigo e tateará com a aprendizagem. Vai precipitar-se quando devia ser paciente, ou vai ser paciente quando devia precipitar-se. E tateará com a aprendizagem até acabar incapaz de aprender qualquer coisa mais.”

(…)
– “Mas o que tem de fazer para não ser vencido?”
– “Tem de fazer o que fez com o medo: tem de desafiar sua clareza e usá-la só para ver, e esperar com paciência e medir com cuidado antes de dar novos passos; deve pensar, acima de tudo, que sua clareza é quase um erro. E virá um momento em que ele compreenderá que sua clareza era apenas um ponto diante de sua vista. E assim ele terá vencido seu segundo inimigo, e estará numa posição em que nada mais poderá prejudicá-lo. Isso não será um engano. Não será um ponto diante da vista. Será o verdadeiro poder.”

“Ele saberá a essa altura que o poder que vem buscando há tanto tempo é seu, por fim. Pode fazer o que quiser com ele. Seu aliado está às suas ordens. Seu desejo é ordem. Vê tudo o que está em volta. Mas também encontra seu terceiro inimigo: o poder!”

“O poder é o mais forte de todos os inimigos. E, naturalmente, a coisa mais fácil é ceder; afinal de contas, o homem é realmente invencível. Ele comanda; começa correndo riscos calculados e termina estabelecendo regras, porque é um senhor.”

“Um homem nesse estágio quase nem nota que seu terceiro inimigo se aproxima. E de repente, sem saber, certamente terá perdido a batalha. Seu inimigo o terá transformado num homem cruel e caprichoso.”

(…)
– “E como o homem pode vencer seu terceiro inimigo, Dom Juan?”
– “Também tem de desafiá-lo, propositadamente. Tem de vir a compreender que o poder que parece ter adquirido na verdade nunca é seu. Deve controlar-se em todas as ocasiões, tratando com cuidado e lealdade tudo o que aprendeu. Se conseguir ver que a clareza e o poder, sem controle, são piores do que os erros, ele chegará a um ponto em que tudo está controlado. Então, saberá quando e como usar seu poder. E assim terá derrotado seu terceiro inimigo.”

“O homem estará, então, no fim de sua jornada do saber, e quase sem perceber encontrará seu último inimigo: a velhice! Este inimigo é o mais cruel de todos, o único que ele não conseguirá derrotar completamente, mas apenas afastar.”

“É o momento em que o homem não tem mais receios, não tem mais impaciências de clareza de espírito… um momento em que todo o seu poder está controlado, mas também o momento em que ele sente um desejo irresistível de descansar. Se ele ceder completamente a seu desejo de se deitar e esquecer, se ele se afundar na fadiga, terá perdido a última batalha, e seu inimigo o reduzirá a uma criatura velha e débil. Seu desejo de se retirar dominará toda a sua clareza, seu poder e sabedoria.”

“Mas se o homem sacode sua fadiga e vive seu destino completamente, então poderá ser chamado de um homem de conhecimento, nem que seja no breve momento em que ele consegue lutar contra o seu último inimigo invencível. Esse momento de clareza, poder e conhecimento é o suficiente.”


Carlos Castañeda (A Erva do Diabo).


Existencialísmo e Névoa em um dia de sol


Pequenos espelhos d'agua refletindo nuvens brancas imóveis e céu azul. O tempo aparentava estar parado enquanto o relógio movia seus ponteiros com uma graça nada corriqueira. Dias assim são singulares pela beleza e pela generosidade. Poderia caminhar até a praça, ou visitar um amigo próximo, ou ainda ler um livro sentado à sombra de alguma árvore, bem distante da internet e de qualquer coisa que lembre tecnologia ou comunicação de massa. O espírito fica mais livre e ousado em circunstâncias como essa. Mais propício à filosofia ou a um bom romance que trate de alguma forma o existencialísmo como parte ideletável do cotidiano materialísta. Um dia bom. O vento resolveu aparecer e envolvia os corpos com um friozinho que arrepiava a pele e fazia bocejar. Pensou na Islândia, ou Iceland, que significa terra de gelo e que pode chegar a menos quarenta graus celsius. Isso o fez apreciar mais ainda o calor tropical agradavelmente atenuado pela brisa fria. Tem dias em que se está mais suscetível a concepções holísticas de vida. Hoje certamente é um desses dias. Mas não se preocupem, não pretendia sair por ai dizendo: _Bom dia pássaros! Bom dia flores! O materialísmo histórico em sua cultura pessoal funcionava como âncora sempre firme e garantidora contra devaneios ocasionais e sentimentalísmos inconsequentes. Mas hoje talvez termine o dia imerso no gostoso “ Névoa”, romance de Miguel de Unamuno, que em sua abordagem lembra Platão e suas "leis" e Shakespeare e sua teoria de que “o mundo é um palco. E os homens são meros atores. E cada um no seu tempo representa diversos papéis”.


Don Johnson de Sales.