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domingo, 15 de junho de 2014

A "Pátria de Chuteiras", a "Casa Grande" e a "Senzala"

Um sentido novo emerge das minhas digitais em forma de grafia e apreensões bordadas na tela. Decodifico uma luta sem quartéis se avolumando entre as fronteiras da nação. Darcy Ribeiro, Capistrano de Abreu, Sergio Buarque de Holanda e Gilberto Freyre parecem distribuir "chaves de análise" para quem quiser. A minha intuição percebe, assimila e se vê forçada a publicizar o "inverno rigoroso" que se aproxima do "paraíso tropical". Marx traz a luz que falta aos gigantes nacionais supra citados. Ou talvez Negri com a sua "multidão" seja mais adequado. O certo é que a minha vivência e as minhas modestas leituras percebem a questão de "classe". Se aproximam dias desleais em que os mais pobres terão que defender as poucas migalhas que caíram do banquete da elite e que esta agora quer pegar de volta, mesmo que seja para atirá-las ao lixo. Afinal, o ter, o comer e o viver, para eles, é antes de tudo, uma questão de status. Ou, de manutenção de status. Arrefecida a versão midiática da "sociedade do espetáculo" em seu ápice tupiniquim na forma do mito da "pátria de chuteiras" atualizado para os nossos dias (lembrando Marilena Chaui), se intensificará o "espetáculo da sociedade" em luta intra-uterina. Desse momento, emergirá uma renovada nação. Se estará mais para "Casa Grande" ou para "Senzala"? Só a atuação e a percepção de cada um de nós poderá determinar!


Por Johnson Sales.