E muitos ignoram o cântico rouco
e cansado que entoamos entre o empoeirar-se e o levantar. Outros desdenham da
firmeza da nossa crença em valores que já lhes parecem ultrapassados e ingênuos
demais. Unanimidade não há. Escolher lados, optar por frontes, seguir atuando
nas sucessivas peças que a vida enfileira sobre e sob o nosso caminhar. Também
há vinhos, prazeres, alegrias diversas, ócio e êxtases intermitentes
preenchendo lacunas entre batalhas memoráveis à moda antiga; na antiga forma de
se lutar, quando o rei seguia à frente do seu exercito e podia não retornar.
Somos reis e rainhas dos nossos reinos utópicos e contraditórios. Afinal,
reinamos apenas sobre os nossos sonhos e projetos pouco ou nada
individualizados. Na verdade, enxergamos nobreza é na plebe! Somos plebeus em
franca peleja contra os aristocratas e monarcas de todos os tempos e tipos.
Muitos não entenderão! E pouco nos importa! Somos feitos de matéria diferente.
Somos compostos de uma outra química. Nos movemos por outras motivações! E é chegado
mais um tempo de desafios e missões. Estamos novamente a caminho! E como já
sugeriu o poeta, não existe trégua, nem harmonia entre vermes e leões! Sigamos
mais uma vez, como sempre fizemos ao longo da nossa história: Impávidos;
ternos; e fortes!
D. J. d'Sales.