A
“guetização” forçada das juventudes da periferia, empurradas para o
confinamento em áreas urbanas com pouca ou nenhuma infraestrutura, sem acesso a
atividades esportivas, artísticas e culturais, sem políticas públicas, emprego
ou perspectiva, tratadas exclusivamente como questão de polícia e problema de
segurança, funciona como margens que estão comprimindo um rio volumoso que
tende a irromper-se arrastando tudo ao seu alcance. As facções de agora, como
as gangues de outrora, podem ser vistas como “suspiros”, “sangradouros” que
podem preceder enxurradas ainda mais letais.
Sousa, MJS.
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