Capitalismo
Cognitivo é o conceito que tenta dar conta das práticas e características
econômicas da produção do conhecimento cada vez mais mercantilizado no âmbito
do capitalismo global do final do século XX e início do século XXI. Este tipo
de capitalismo tem como base a produção e circulação de bens imateriais.
A Fundação Casa de Rui Babosa ao anunciar um colóquio de pós-doutorado sobre o tema apresenta o Capitalismo Cognitivo nos seguintes termos: No Capitalismo
Cognitivo, é a força de invenção, muito mais do que a força de trabalho, que se
encontra mobilizada, fazendo com que a produção da população ativa resulte na
produção de conhecimento e da própria vida, além de bens e serviços. E, na
medida em que o trabalho tende a se disseminar como trabalho cognitivo, a
cooperação social encontra na rede digital seu âmbito mais apropriado. Por
outro lado, a cidade se torna o lócus de mobilização das redes sociais,
técnicas e institucionais que vinculam as novas atividades produtivas às
tecnologias de informação e comunicação, à virtualização e transmissão de
informações por meios digitais, à cultura, à produção de conteúdos e conhecimento
através de redes telemáticas.
A centralidade
das dimensões cognitivas e imateriais da acumulação representa o deslocamento da
produção “material” em direção à de serviços e bens intangíveis. Sem, no
entanto excluir o “material”. Caminhando cada vez mais para uma hibridização
das formas tradicionais de produção e circulação de mercadorias.
Alguns autores como Michael Hardt & Antonio Negri (2005) creditam esse processo ao Trabalho Imateiral que segundo eles tende a assumir a forma social de redes baseada na comunicação, na colaboração e nas relações afetivas. Para os autores, O trabalho imaterial só pode ser realizado em comum, e está cada vez mais inventando novas redes independentes de cooperação através das quais produzir. Michael Hardt & Antonio Negri (2005) apontam ainda que a capacidade do Trabalho Imaterial de investir e transformar todos os aspectos da sociedade e sua forma em redes colaborativas são duas características extraordinariamente poderosas que este vem disseminando para outras formas de trabalho.
Alguns autores como Michael Hardt & Antonio Negri (2005) creditam esse processo ao Trabalho Imateiral que segundo eles tende a assumir a forma social de redes baseada na comunicação, na colaboração e nas relações afetivas. Para os autores, O trabalho imaterial só pode ser realizado em comum, e está cada vez mais inventando novas redes independentes de cooperação através das quais produzir. Michael Hardt & Antonio Negri (2005) apontam ainda que a capacidade do Trabalho Imaterial de investir e transformar todos os aspectos da sociedade e sua forma em redes colaborativas são duas características extraordinariamente poderosas que este vem disseminando para outras formas de trabalho.
Conceitos como Economia Criativa e Trabalho Imaterial dialogam com o conceito de Capitalismo Cognitivo guardando muitas interseções e sinergias. E a
origem do capitalismo cognitivo está intrinsecamente ligada ao
surgimento e consolidação de outro conceito: A Propriedade Intelectual.
O Analista de sistemas e consultor em gestão do conhecimento About Roney em texto para o site memedecarbono.com.br explica que A Propriedade Intelectual que foi originalmente
criada para garantir que as pessoas capazes de criar conhecimento fossem
recompensadas por isso e assim pudessem gerar mais conhecimento já não
funciona a favor da geração de conhecimento, mas sim de renda. E que o copyright foi criado em 1720, um século onde pouquíssimos eram
capazes de ler e produzir conhecimento. Agora no século XXI até mesmo um
país como o Brasil tem mais de 50% da sua população acessando a
Internet com alguma regularidade e portanto apta a produzir
conhecimento, ou estaria se não fosse impedida pelas leis de propriedade
intelectual.
Faz-se
necessário reconhecer essas relações conceituais e práticas que entrelaçam Capitalismo Cognitivo, Economia Criativa e Trabalho Imaterial, para que não se perca a noção de que “beber dessa
fonte” é “dormir à sombra de um vulcão”.
No universo do Capitalismo Cognitivo, as relações de trabalho, a propriedade privada dos meios de produção,
a privatização do resultado social do
trabalho e a exploração da
“mais-valia” ganham outros contornos e dimensões, mas não perdem a
importância como categorias históricas de análises das relações sociais derivadas
do capitalismo e seu sistema produtor de mercadorias.
Olhar para o
futuro considerando o Trabalho Imaterial
e a Economia Criativa como
possibilidades de promover a inclusão social e produtiva e o desenvolvimento endógeno de muitos
territórios e comunidades requer o compromisso de internalizar e defender um
conjunto de valores sociais, éticos e econômicos que devem acompanhar toda a
trajetória de um empreendedor criativo. Esta é nossa melhor garantia de que o
que estamos construindo efetivamente possa vir a ser uma ressignificação do
papel social da economia no terceiro milênio.
Portanto é imprescindível
a consciência de que tudo isso se dá no âmbito do capitalismo e sob suas regras
e riscos. Afinal, alguns conceitos novos trazem muito de concepções antigas e
históricas. Às vezes esses resquícios e em alguns casos até essências,
encontram-se ocultos ou são omitidos sob o “verniz” da novidade. A análise
critica tem grande importância para evitar surpresas desagradáveis e equívocos
teóricos e ideológicos ao se manusear certas novidades conceituais.
Principalmente para quem zela por uma coerência nesse campo.
Johnson
Sales
Fellow da Rede Mundial Ashoka Empreendedores
Sociais
Consultor em Tecnologias Sociais e Advocacy da Embaixada Social
Conselheiro Administrativo dos Centros Urbanos de Cultura, Esporte e Lazer (CUCAS) da Prefeitura de Fortaleza.
Consultor em Tecnologias Sociais e Advocacy da Embaixada Social
Conselheiro Administrativo dos Centros Urbanos de Cultura, Esporte e Lazer (CUCAS) da Prefeitura de Fortaleza.
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