Para
a Rede de Tecnologia Social (RTS): Tecnologia Social compreende produtos,
técnicas e/ou metodologias reaplicáveis, desenvolvidas na interação com a
comunidade e que represente efetivas soluções de transformação social.
Também
encontramos o conceito que afirma que “considera-se
tecnologia social todo o produto, método, processo ou técnica, criado
para solucionar algum tipo de problema social e que atenda aos quesitos de
simplicidade, baixo custo, fácil aplicabilidade (e replicabilidade) e impacto
social comprovado...”.
Na verdade, o conceito de Tecnologia Social em todas as suas múltiplas variações é uma construção contemporânea, uma proposta no terreno da inovação com sólida relação com o desenvolvimento socioeconômico baseado na busca de soluções para os problemas e demandas apresentados pelas pessoas, comunidades, territórios, cidades e sociedade em geral. Tecnologias sociais podem nascer nas comunidades, na universidade, em órgãos públicos e até em empresas. Algumas juntam os saberes populares e os conhecimentos técnico-científicos. Já existe um número alto de tecnologias sociais disponíveis em nosso País.
Na verdade, o conceito de Tecnologia Social em todas as suas múltiplas variações é uma construção contemporânea, uma proposta no terreno da inovação com sólida relação com o desenvolvimento socioeconômico baseado na busca de soluções para os problemas e demandas apresentados pelas pessoas, comunidades, territórios, cidades e sociedade em geral. Tecnologias sociais podem nascer nas comunidades, na universidade, em órgãos públicos e até em empresas. Algumas juntam os saberes populares e os conhecimentos técnico-científicos. Já existe um número alto de tecnologias sociais disponíveis em nosso País.
Três
exemplos de Tecnologias Sociais:
Projeto
Luz: A ONG
Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas e da Auto
Sustentabilidade (Ideaas) tem como proposta levar energia solar para pessoas de
baixa renda, a fim de beneficiar aqueles locais onde ainda não existe luz. A
ONG é de Porto Alegre (RS) e o fundador dela é Fábio Rosa, engenheiro
agrônomo que desenvolveu um trabalho de eletrificação rural de baixo custo no
interior do Rio Grande do Sul, proporcionando a pequenos proprietários o acesso
à luz, água e outros benefícios. Com a criação do Projeto Luz, garantiu o
acesso à eletricidade de 25.000 pessoas de baixa renda, em 42 cidades gaúchas.
O Projeto Luz II, apoiado pelo governo do estado, ampliou o alcance desta
iniciativa para mais 160.000 pessoas. A experiência comprova que é possível
instalar energia elétrica de maneira prática e econômica, mediante a utilização
da tecnologia adequada a cada condição natural. Fábio Rosa também trabalha com
manejo ecológico de pastagens e energia solar. Saiba mais: http://www.ecodesenvolvimento.org.br/posts/2011/julho/fabio-rosa-fundador-da-ong-ideaas-conta-sobre-a
Terapia
Comunitária:
alia a sabedoria popular ao conhecimento científico para criar espaços de
tratamento nos quais o principal remédio é a palavra. Um dos principais
elementos do método são sessões em que grupos de 30 a 40 pessoas compartilham
experiências e problemas e aprendem a lidar com suas dificuldades. O projeto
inclui iniciativas como as Casas de Cura e Relaxamento, para cuidados
individualizados complementados por massagens e tratamentos populares, como
banhos de ervas. Esta Tecnologia Social foi criada pelo
psiquiatra e antropólogo Adalberto Barreto. Pela Terapia
Comunitária, a própria comunidade trata as vítimas de transtornos psíquicos e
emocionais. Com uma abordagem com foco no sofrimento, e não na doença, A
tecnologia provou que a maioria das vítimas de transtornos psíquicos e
emocionais em favelas pode ser tratada pela própria comunidade, sem necessidade
de tratamento médico hospitalar. Adalberto já promoveu a formação de 11.500
terapeutas comunitários e seu método já é aplicado em diversas regiões do
Brasil, disseminado por 36 pólos em organização sociais, universidades e
organismos públicos que integram a Associação Brasileira de Terapia
Comunitária. O método já é também aplicado em dois municípios da França e em
breve também será adotado no México e em dois países africanos. A Terapia
Comunitária teve a sua eficácia reconhecida pelo Ministério da Saúde, que
firmou convenio para a formação de 1.100 profissionais do setor de saúde
pública. Saiba mais: http://www.noos.org.br/portal/formacaotci
Projeto
Educacional Coração de Estudante (Prece): O Prece identifica alunos fora
da faixa etária, prepara-os, orienta-os e faz um acompanhamento para que
completem o Ensino Básico através desse sistema. Cria um modelo de apoio
colaborativo, onde o estudante é também o professor tomando a responsabilidade
de disseminar aqueles conteúdos que tem maior domínio e assim se revezam
estudando em grupos de estudos. Esta estratégia faz com que os estudantes não
se desmotivem a continuar estudando, quando encontram dificuldades. Em
seguida, dá-se apoio através de um pré-vestibular com a mesma metodologia.
Fecha-se o ciclo com uma importante parceria realizada com a Universidade
Federal do Ceará, que apoia os estudantes egressos do projeto, fornecendo
residência universitária, alimentação, veículo para transporte e uma bolsa de
extensão para que deem aulas em suas comunidades. Esta tecnologia foi
desenvolvida pelo professor Manoel Andrade. Saiba mais: http://prece-ce.blogspot.com.br/
Podemos citar muitas outras, como “Soros
e Rezas”, “Agência Mandala DSH”, “Banco Palmas”, o “Turismo Comunitário da
Prainha do Canto Verde”, o “Doutores da Alegria”, a “EDISCA”, entre tantas.
Todas essas soluções desenvolvidas pela
sociedade civil são ainda subaproveitadas. Algumas ainda nem tem sua importância
reconhecida. Sua adoção quanto politicas públicas poderia ampliar a capacidade
e eficácia do estado no tocante à superação de déficits sociais históricos.
Um longo caminho ainda nos aguarda até
que se as Tecnologias Sociais sejam reconhecidas e adotadas como ferramentas
imprescindíveis na busca por qualidade de vida, desenvolvimento sustentável,
direitos humanos, superação das desigualdades sociais e transformação do mundo
para melhor. Enquanto isso, milhares de empreendedores sociais por todo o
planeta, vão promovendo uma verdadeira “Transformação Silenciosa” e modificando
o mundo e a alma humana, em caráter irreversível.
Johnson
Sales
Fellow da Rede Mundial Ashoka Empreendedores
Sociais
Consultor em Tecnologias Sociais e Advocacy da Embaixada Social
Conselheiro Administrativo dos Centros Urbanos de Cultura, Esporte e Lazer (CUCAS) da Prefeitura de Fortaleza.
Consultor em Tecnologias Sociais e Advocacy da Embaixada Social
Conselheiro Administrativo dos Centros Urbanos de Cultura, Esporte e Lazer (CUCAS) da Prefeitura de Fortaleza.
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