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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Só pra não deixar cair no esquecimento (Crack)

Estamos no segundo dia do mês de Maio de 2012 e até agora, nenhuma politica pública de impacto efetivo e duradouro, em escala, e capaz de combater o avanço do CRACK no Brasil  foi apresentada a sociedade.

Muitas foram as tentativas de ajudar o poder público nessa temática. Quem não lembra do "Ceará contra o Crack" ou "Craques Versus Crack" e ainda das "Frentes Criativas de Trabalho"? Todas tecnologias sociais apresentadas aos governos Estaduais, Municipais e Federal como contribuições de muitos atores do terceiro setor. Nenhuma foi aproveitada efetivamente até o momento. 

Os poucos e incipientes esforços como o "Pacto pela vida" da Assembléia Legislativa do Ceará (que não conseguiu ir muito além das discussões prolixas e da edição de alguma publicação), nem se quer levaram em consideração essas propostas. Não trato aqui do mérito ou da boa intenção da referida ação liderada por gente competente e compromissada com as causas sociais. Foco sim, na atitude pouco republicana e arrogante da AL que optou por não dialogar com propostas e atores sociais com ampla trajetória em relação ao assunto, larga penetração nas comunidades e reconhecida base social. Além de boa visibilidade, inclusive na mídia, e com relações institucionais consistentes com o Poder Público do Ceará. Tal escolha,  como não poderia deixar de ser. Terminou por condenar sua atuação a um desempenho tímido e pouco abrangente.

E a juventude segue sendo exterminada e encarcerada. As familias submetidas a um sofrimento sem fim e a sociedade abandonada à sua propia sorte. Enquanto os traficantes e o crime avançam sobre as novas gerações; "rasgando à bala" o tecido social de nosso estado e nação.

E novamente aproximam-se outras eleições. Os candidatos e partidos ocuparão novamente os palanques e a televisão. Falarão pela internet e lhe mandarão correspondências. Entre os diversos assuntos certamente estará o CRACK e seus efeitos devastadores como num djavu grotesco e cruel.

A Sociedade civil tem muito para oferecer no tocante a soluções e estratégias de abordagem. O Ceará é muito rico em tecnologias sociais. Mas os Governos precisam acolher de forma democrática essas propostas. É necessário dialogar com todos e articular ações e políticas públicas intersetoriais, mensurá-las, sistematizá-las, validá-las e transformá-las em politicas de Estado. Os governos necessitam oxigenar suas estratégias e a sociedade civil tem oxigênio de sobra. O crack e suas consequências não sairão do cenário voluntariamente. Salvo se for para dar lugar a algo ainda mais terrível.


Seguimos atentos, compromissados e dispostos a colaborar. Sempre!

 

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