Não sei se é só um
preconceito meu, se é uma observação mal feita, uma análise leviana ou um conservadorismo
moral à La stalinismo. Mas eu observo pelas redes sociais que a maioria dos
acontecimentos que envolvem atualmente @s militantes de esquerda se referem á
viagens de veraneio, casas de praia, festas e shows e mesas de bar. Teriam
nossos espaços de intervenção política e formulação teórica se restringido á
boemia? Porque, o que me consta é que os problemas e as contradições sociais só
aumentam e se agravam com o sistema. Ao que me parece o povo está sofrendo,
sendo removido de suas casas e comunidades pelas obras da copa e da mobilidade
urbana; milhares de pessoas perdendo seus empregos terceirizados para dar lugar
à outras milhares de pessoas igualmente terceirizadas (só que agora de
coloração diferente); irmãos nossos sofrendo com a seca no sertão; e milhares
de jovens vitimados pelo crack, o tráfico e a violência; as casas de cultura
estrangeira da UFC reduzindo drasticamente as suas vagas e inclusive uma (Casa
de cultura Russa) já fechou. Só pra citar algumas questões que poderiam
justificar ações de mobilização e luta. Estaria o Facebook dando conta de nossa
necessidade de sair às ruas e fazer luta social não virtual? As
"masturbações" políticas, ideológicas e revolucionárias de nossos
agradáveis "papos cabeça" estariam nos contentando? As garrafas de
cerveja, tequila, vinho, whisky e de outras substâncias menos inflamáveis
teriam aposentado para sempre ás de coquetel molotov em nossas práticas e
aspirações? São apenas indagações que faço a mim mesmo e à todas as pessoas que
um dia decidiram que suas vidas seriam postas a serviço de causas e lutas
populares e revolucionárias. Ou talvez sejam bobagens, saudosismo, conservadorismo
moral e incapacidade de entender as novas formas de luta e militância. Por fim,
não pretendo ser injusto, duro, chato, deselegante ou "estraga prazeres". São apenas reflexões!
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