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terça-feira, 14 de maio de 2013

Escrita e Sentidos (de Bule-Bule a Thomas Robbes)



Foi como se cada letra carregasse o peso de todo aquele tempo; as laudas cheiravam à estrada de terra esporadicamente molhada pela mesma chuva que Bule-Bule via mudar o som da batida da cancela; formar frases perfeitas como o prateado da lua nova sobre a abundante relva, isso sim, é uma missão digna de um homem letrado: Botar no papel tudo aquilo que de melhor todos os sentidos coletarem no ambiente que o cerca, e quem sabe, agradar e ou corroborar com Hobbes que pensava que só é possível conhecer algo do mundo exterior por meio das impressões sensoriais que temos dele. Penso que esta é uma das mais apaixonantes possibilidades da escrita.


Don Johnson de Sales.

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