Personalidades da Política, Arte, Ciência e Literatura admitiram, ou foram flagradas “com a mão na seda”. Há relatos do uso desde 200 anos antes de Cristo
Os adeptos costumam chamar de “mundo verde”. A maconha é apreciada
por figuras famosas mundialmente, que se destacaram por suas histórias
de vida. Governantes, artistas, cientistas, poetas, pensadores e
filósofos, de diferentes tempos da história até os dias atuais,
consumiram a substância, segundo o escritor americano Lester Grinspoon,
em seu livro, A Medicina Esquecida.
Pesquisas de arqueólogos britânicos da revista National
Geographic concluíram que os faraós egípcios eram grandes apreciadores
de suas propriedades. Pesquisadores concluíram o fato ao estudarem
escritos antigos e vestígios da planta achados em inúmeras tumbas.
O antropólogo britânico Charles Dolphin concluiu e publicou em
sua obra A História da Cannabis, que os Imperadores Liu Chi-nu e
Shen-Nung, dos primeiros séculos da China, foram consumidores da erva.
Fatos são relatados por historiadores chineses, onde falavam de sua
mágica em forma de fumaça. A própria história de seu povo traz um fato
interessante sobre a criação do papel, antes feito do cânhamo.
Charles Dolphin também descreve que a Rainha Vitória, da
Inglaterra, assim como a nobre sociedade inglesa que fazia parte de seu
ciclo de amizades, foram adoradores dos efeitos da “diamba” – como era
chamada a maconha pelos escravos africanos. Os fatos são contados em
diários e agendas, guardadas no Palácio de Buckingham. Nos dias de hoje,
os príncipes Harry e William continuam a tradição, segundo o polêmico
jornal inglês The Mirror, que publicou imagens dos filhos da realeza.
Os quatro garotos de Liverpool, Beatles, enfumaçaram o
palácio, certa vez, no auge de seu sucesso, em visita à Rainha
Elizabeth. Os próprios artistas relatam o fato em pelo menos 60 livros
sobre Paul McCartney, e a história da banda.
A artista plástica Yoko Ono, viúva de Jonh Lennon fez uma
série de fotos na cidade de Nova Iorque. As imagens retrataram o líder
dos Beatles consumindo a erva, e hoje fazem parte de suas exposições
pelo mundo.
Jack Herer, escritor e sociólogo americano, afirma que Abraham
Lincoln, o primeiro presidente dos Estados Unidos, foi consumidor da
erva, além de incentivar massivamente a sua plantação. Mais tarde, o
presidente dos EUA George Washington foi um dos maiores plantadores da
cannabis em terras norte-americanas. O contemporâneo ex-presidente Bill
Clinton, deixou para a humanidade uma das frases mais cômicas
relacionadas ao assunto, onde afirmou “Fumei, mas não traguei”. O atual
presidente Barack Obama já admitiu que fumou “algumas vezes”.
Segundo o professor de Filosofia da Universidade de Oxford
Fritz Allhoff, o poeta, dramaturgo e ativista francês Victor Hugo
admitiu em escritos particulares e para os amigos parisienses que seus
efeitos ajudavam suas criações, transmitidas do coração ao papel.
William Shakespeare, escritor e poeta inglês, também a utilizava para
mesmo fim. Oscar Wilde também a idolatrou.
Carl Segan, renomado cientista e escritor, foi um grande
defensor do seu uso em inúmeras campanhas ao redor do mundo. O pai da
psiquiatria, Sigmun Freud, admitiu que era seu “calmante preferido”,
tema esse abordado pelo psicólogo inglês John Gray, no livro Freud, meu
Herói .
Os escritores de obras de suspense e terror clássicos Edgar
Allan Poe e Stephen King apreciaram a embriaguez da cannabis, assim como
o filósofo Fredreich Nietzshe. Além dele, o novelista e crítico social
Henry Charles Bukowski foi um dos maiores maconheiros da história,
afirma o pesquisador Brian Preston, em sua publicação, Planeta Maconha.
Considerado um dos maiores atletas de todos os tempos, o
americano Michael Phelps, foi flagrado por um paparazzi fumando maconha.
O fato teve grande repercussão na mídia mundial, após publicação.
CINEMA
Entrando no universo da sétima arte, o jornalista californiano
Jeff Henne pesquisou e encontrou nomes de famosos que fazem uso da
cannabis. Henne conviveu décadas nos cenários e escritórios de Hollywood
e observou o mundo paralelo. A pesquisa do repórter relata renomados
diretores, como Francis Ford Coppolla, Hitchcock, Martin Scorsese,
Oliver Stone, Quentin Tarantino. Além desses, a pesquisa inclui nomes
como Ridley Scott, David Lynch, David Cronemberg, Stanley Kubrick ,
George Lucas e Steven Spilberg – que tragaram a fumaça “da verdinha”.
Os atores Julia Roberts, John Belushi, John Wayne, Luke Perry,
Arnold Schwarzenegger, Peter Fonda, Richard Pryor, Jack Black, Steve
Martin, Macaulay Culkin, Wesley Snipes, Burt Reynolds, Harrison Ford,
Cameron Diaz e Johnny Depp são exemplos do quanto a cannabis está
inserida em Hollywood.
MÚSICA
Jeff Henne também cita nomes da música, inclusive existem
nomes brasileiros. O mesmo jornalista esteve no Rio de Janeiro onde
passou as férias de 2006. Ele admite que a lista de maconheiros é tão
extensa de famosos, que poderia ilustrar uma centena de páginas. Tom
Jobim, Vinicius de Moraes e Rita Lee são citados na pesquisa.
Ainda no Brasil, a banda Planet Hemp defende seu uso e mudanças na lei, através das letras de Marcelo D2 e outros membros.
HISTÓRIA
Os efeitos relaxantes e medicinais da curiosa e milenar planta
cannabis sativa ainda causam polêmica e discussão na sociedade médica
mundial sobre seus benefícios e malefícios. Os derivados da
matéria-prima do cânhamo, facilmente se misturam com a história da
humanidade. Há relatos chineses do seu uso recreativo e medicinal há
mais de 2000 anos antes de Cristo, assim como das antigas sociedades dos
Sumérios, Babilônicos e Egípcios. E tem, entre seus defensores,
personalidades famosas na sua odisséia.
Uso da erva como ingrediente na produção de materiais náuticos
se destacou ainda no Velho Mundo. Há antropólogos e historiadores que
afirmam: as cordas que se misturavam entre mastros e velas de navios
ingleses, portugueses, espanhóis e holandeses, eram feitos do cânhamo,
na época da conquista oceânica. O fato é relatado no Tratado Sobre o
Canamo, publicado em Portugal no século XVIII. Na publicação, são
citados fatos como: portugueses chegaram ao Brasil através da força do
cânhamo – ou melhor, a força de suas cordas navais.
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