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Agentes criativos da periferia se reuniram no Espaço Cultural Maculelê
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O Polo Criativo do Conjunto Ceará recebeu no dia 17/06/2023, o Seminário
Arte e Cultura da Periferia. Várias referências da cultura periférica estiveram reunidas no Espaço Cultural Maculê e discutiram as demandas, problemas, desafios e potencialidades da arte e cultura produzidas nas periferias.
Organizado pelo movimento Cultura Conjunto Ceará e contando com a participação de vários coletivos criativos, o Seminário movimentou o Polo Criativo e possibilitou a reflexão sobre temas importantes para os fazedores de cultura da periferia e para as comunidades que têm na cultura a principal fonte de inspiração, identificação, resistência e desenvolvimento.
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Ana Cristina - Governança do Polo Criativo do Conjunto Ceará
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A administradora, Ana Cristina Souza, que integra a Governança do Polo Criativo do Conjunto Ceará, falou sobre a cultura da periferia e a falta de atenção e compromisso do poder público. Ela citou o caso do Polo Criativo do Conjunto Ceará que não tem recebido atenção e apoio por parte do poder público, ao mesmo tempo que este mesmo Estado está investindo milhões na tentativa de gerar "distrito criativo" na área nobre de Fortaleza. Ana Cristina também falou da articulação que está acontecendo entre várias gerações da cultura do Conjunto Ceará que juntas estão trabalhando para apontar projetos de futuro e "o mundo que desejamos".
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Kellyene Saldanha (Nós do Teatro) |
Kellyene Saldanha (Nós do Teatro) falou sobre a atuação dos fazedores de cultura da periferia e os desafios enfrentados. Um desses grandes desafios, segundo ela, é a falta de recursos.
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Jô Costa (supervisora do Instituto Mirante) |
Jô Costa (supervisora do Instituto Mirante) falou que muitos dos fazedores de cultura da periferia têm vários empregos para conseguir dar conta das atividades culturais. Disse ainda que a cultura periférica é ameaçadora para o poder público porque chega onde eles não conseguem chegar. No caso das pessoas LGBTQIA+ elas criam um plano para subverter a lógica social, que ainda persiste, de não aceitá-las. E falou também que em se tratando de empregabilidade, não é só dá um emprego, é preciso manter essas pessoas lá.
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Mestre George Louis (Arte de Amar)
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O Mestre da Cultura, George Louis (Arte de Amar), falou sobre a experiência da instituição "Arte de Amar" e da importância da união dos grupos culturais da periferia.
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Lucas Doth - Pôr dos Livros
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Lucas Doth falou sobre as atividades do "Pôr dos Livros" , contou que o coletivo consegue livros de bibliotecas e doações para fazer as atividades na periferia.
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Carla Nayra, Poetisa
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Carla Nayra (mãe, estudante, poetiza e empreendedora periférica) falou dos direitos negados aos fazedores de cultura da periferia.
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Inês (Loja colaborativa Ubunto)
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Inês, da loja colaborativa Ubunto, que trabalha com produtos indígenas e negros, falou da importância da economia solidária e da união entre os fazedores de cultura da periferia.
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Eduardo (Sukita) - Espaço Cultural Maculelê
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O produtor cultural Eduardo Sukita, que atua no Polo Criativo do Conjunto Ceará e Espaço Cultural Maculelê, falou que é importante que a cultura da periferia seja voltada para os espaços periféricos e não para a área nobre.
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Preto Rômulo
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Preto Rômulo questionou se seria possível sobreviver e dar continuidade à cultura periférica sem se vender para o sistema.
Da Redação - Com informações de Andreia Fernandes.
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