Despertou em meio a trânsitos serenos de lábios deslizantes. Mas não foi assim mesmo que adormeceu? Degustado cada centímetro de significados e sentidos. Não faz sentido. Pensou sem nada dizer. A lua. Tinha a certeza que ela esteve ali. Logo ali por sobre a nuvem, entre os coqueiros, a nos espiar. Essas são coisas que sempre lhe acontecem em momentos assim. Essa sensação de ser espiada em situações íntimas. Mas nada pode macular essa noite quente, na areia em frente ao mar. Normal, estava certa que não era. Mas também, quem o é? Os normais não vivem tais prazeres; não vão tão longe sem maiores objetivos materiais. Somente os desajustados, outsiders e loucos se deixam arrastar pela felicidade. Mesmo que esta não passe de alguns momentos semi-desperta sob lábios a passear. Don Johnson de Sales.
"Às vezes não tenho tanta certeza de quem tem
o direito de dizer quando uma pessoa está louca
e quando não. Às vezes penso que nenhum de nós é
totalmente louco e que nenhum de nós é totalmente
são até que nosso equilíbrio diga ele é desse jeito.
É como se não importasse o que o sujeito faz, mas a
forma como a maioria das pessoas o vê quando ele faz."
WILLIAM FAULKNER, Enquanto eu agonizoo direito de dizer quando uma pessoa está louca
e quando não. Às vezes penso que nenhum de nós é
totalmente louco e que nenhum de nós é totalmente
são até que nosso equilíbrio diga ele é desse jeito.
É como se não importasse o que o sujeito faz, mas a
forma como a maioria das pessoas o vê quando ele faz."
(São Paulo, Mandarim, 2001, tradução de Wladir Dupont).
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