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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Amizade - Condicionantes preponderantes



Há uma qualitativa diferença entre os vários tipos de amizade que se pode cultivar ou pelo menos aspirar na vida. Toda relação amistosa é desejável. Porém, as amistosidades seguem,via de regra, outros conjuntos de condicionantes que terminam por modelar essa ou aquela forma de amizade. Interesses políticos, sentimentais, econômicos e até sexuais, costumam se entrelaçar e atuar em espiral no interior das amizades. Sendo que uma dessas condicionantes se torna preponderante e dá o tom; e define a forma perceptiva da amizade. Mais a condicionante preponderante é variável no tempo e nas situações que a vida orquestra como pano de fundo de dada amizade.

Afirmar se determinado tipo de amizade marcada por certa condicionante preponderante é boa ou ruim, construtiva ou não, melhor ou pior, é querer definir de forma absoluta algo indefinível na forma do absoluto; é querer absolutizar a relatividade das condições, contextos, momentos e estados de espírito característicos do universo complexo no amâgo do qual nascem, se desenvolvem e perecem as amizades.

De qualquer forma, mais do que examinar, definir e teorizar sobre a amizade, o mais importante, e talvez a única coisa realmente essencial, seja viver as amizades sempre que se julgue que elas valham realmente a pena. E isto também é muito relativo.

Se algo lhe faz bem, convém manter perto de você. Se algo lhe faz mal, o recomendável é que busque afastar de seu convívio. O resto, não tem lá muito significado ou relevância fora do abstracionísmo e do idealísmo que pouco ajudam na difícil e rara arte de bem viver.


Don Johnson de Sales.



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