E eu percorria milhares de quilômetros de letras, virava a cada quina de livro, topava em várias semânticas, imaginava fonemas. A geografia do Chipre tomava forma mesmo que totalmente abstrata e situava-se exatamente no centro da minha imaginação, logo ao lado da economia do Peru e um pouquinho afastada da religião do Marrocos. E eu degustava a culinária japonesa enquanto me embriagava com a mais artesanal vodka do Cazaquistão. Nesses instantes singulares, um aroma costurava culturas e povos, nações e autores, o sensorial e o racional, tratava-se do cheiro inconfundível de COLÕNIA 4711, produto alemão da cidade de colônia. Livros! Eles nos fazem Gulliver e Marco Polo. Leia mais e viva muitas vidas ao mesmo tempo e em dimensões sobrepostas.
Don Johnson de Sales.
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